Sobre os acontecimentos nacionais, europeus e até mundiais, quase que não precisamos de nos actualizar e darmo-nos à tarefa de consumirmos aquilo que vem nos jornais, revistas, ouvirmos os noticiários na rádio ou na televisão, para sabermos sobre a lástima em que os povos do mundo estão a sobreviver. Valha-nos para consolo a Revolta Árabe ou, se quisermos, a Revolta Muçulmana.
Na Síria as elites tiveram agora o desplante de dar por findo o Estado de Emergência declarado e em vigor havia quase 50 anos. Bolas que é demais! Decerto que ao decidirem tão “afoita medida” se sentiram uns “mãos largas”, uns “deuses”, quando afinal não passam de dejetos humanos que oprimem milhões. Este é o grande problema das elites. São merda, fazem merda, dizem merda e acham-se “deuses”, alegando com mentiras que é tudo a bem dos povos e das nações. Na verdade não são menos que uns grandessíssimos vigaristas, intrujões, egoístas, fascistas ou comunistas – porque entre uns e outros venha o Diabo e escolha, não existem grandes diferenças práticas, só na teoria!
A evidência da realidade Síria, daquele exagero, decerto que a maioria dos povos ignorava. 50 anos a sobreviver em Estado de Emergência é inadmissível, intolerável, mostra quanto os das elites são capazes para subjugar os povos. Através de pretextos e contextos que dramatizam procuram encontrar as justificações para se servirem e conterem os povos, dominá-los e explorá-los. É assim na Síria e um pouco ou muito por toda a parte.
Vimos em Portugal a caminhada regressiva que as elites nos têm imposto a partir da noite de 25 de Abril de 1974, ainda mal refeitas das benesses exclusivas que haviam perdido. Vimos os que então contestavam o regime fascistóide Salazar-Marcelista e que até haviam sido perseguidos por esse regime, tomarem os seus lugares, estabelecerem-se como elites e de imediato, sob a falsa defesa da democracia, da liberdade, da paz, e etc., laborarem na construção de uma sociedade subjugada, progressivamente subjugada e condenada à exploração desmedida em beneficio desses “democratas”, refugiados em confederações, em partidos políticos que não são menos que associações criminosas por via dos bandidos de topo que as constituem e que formam sociedades secretas que pugnam pelos seus benefícios e mordomias exclusivas em prejuízo dos portugueses. Quanto maiores os partidos políticos são em termos de representatividade - conseguidas através de repugnantes mentiras eleitorais e/ou sistemáticas – mais afoitos se tornam na roubalheira e na tomada de medidas “inteligentemente” impostas sob o falso pretexto da defesa da democracia e do país. Quando sabemos, pelo menos há uns quantos que sabem e denunciam, que tudo que engendram se destina a implementar medidas de proveito próprio para as elites a que pertencem. É uma minoria que progressivamente vem subjugando a maioria, o povo, os portugueses, os povos do mundo. Uns quantos fazem-no conscientemente e outros nem por isso, alinhando por razões de egoísmo e de proporcionar bem-estar às suas famílias e amigos, seres fúteis – o que vai dar no mesmo.
A tudo isto a ONU chama democracia e considera que nesta Europa os Direitos Humanos estão preservados e são respeitados, isso mesmo assim é considerado pela ONU, na Europa, nos EUA… A ONU, desde que se façam umas eleições mal-amanhadas – como no caso de Angola e de muitos outros países do mundo – já considera que os povos vivem em democracia e que os Direitos Humanos estão a ser respeitados. Se Eduardo dos Santos está no poder presidencial há 32 anos isso não interessa nada (ele até diz que em breve vão haver eleições, que se prevêem mal-amanhadas). Pois então o maior “cancro” mundial está exatamente na ONU. Somos levados a considerar assim. A ONU aprova o que os EUA deixa aprovar. Vimos isso sobre todas as medidas que são goradas contra a nação assassina israelita. Vimos isso sempre que serve ou não serve aos interesses políticos e económicos dos EUA.
A Ditadura dos Mercados de que somos vítimas e em que nos estão a obrigar a sobreviver por todo o mundo, subjugando-nos, tem o conluio dos políticos. Podemos até tomar em consideração que os políticos não chegam ao topo da pirâmide da elite se aqueles que controlam os mercados assim decidirem. Em Portugal tivemos e temos Sócrates, como antes Durão Barroso – depois ainda mais compensado com lugar de topo na UE. Que lugar de topo europeu ou mundial está reservado para José Sócrates? Sabemos que em Portugal já se perfila Passos Coelho, pela mão de Cavaco Silva, para representar os interesses dos Mercados e a sua repelente ditadura. Sorte, coincidência… Nada disso. Não por acaso, ditam os Mercados, agora até vai dar muito jeito “Um Presidente, Uma Maioria, Um Governo”. “Democraticamente”, através de grandes lavagens ao cérebro pelos meios de comunicação social e declarações de “sapientes” analistas, chupistas, comodistas, pseudo-jornalistas e outros istas, os portugueses vão ficar com a cabeça feita para cumprir o resultado desejado. Aliás, não é por acaso que a tão apregoada “alternância” nos poderes mundiais se resume a dois partidos políticos na maior parte dos paíse ditos democraticos. Ai de quando os povos tomam outras decisões. Claro que o Mercado tem vários antídotos para resolver essas “crises” pontuais em países que não passam de “salpicos desobedientes” nesta ou naquela outra parte do globo. Pena é que depois tudo acabe por redundar em ditaduras – caso de Cuba. Cuba é um caso triste e perdido por responsabilidade de Fidel e das elites que o rodearam e rodeiam. Ele, Fidel, é tão responsável da “nódoa” de Cuba, agora, como meritório do louvor e da responsabilidade de ter libertado o país do Baptistismo Norte- Americano, ou imperialista, como ele prefere dizer. Agora é tarde para fazer melhor o que devia de ter sido feito há muito tempo. Por isso Cuba, os cubanos, vão passar pela “liberdade” de serem subjugados pelo Mercado depois de terem sido subjugados por dois irmãos estúpidos chamados Castro. Mais cedo que tarde Cuba dará muito que falar e o cor-de-rosa que nos mostrarem será negro. Tão negro como a “liberdade” e o “poder do povo” do comunismo da ex-União Soviética e satélites – Cuba incluído. Comunismo? Fascismo? Na prática qual tem sido a diferença? Nem Estaline nem Fidel saberão explicar cabalmente. E nós, no “mundo livre” vivemos em democracia?
Povos de todo o mundo. Se continuarmos a “deixar andar” estamos fodidos!
Muito se pode escrever sobre tudo isto. O meu saber e registo fica pela rama mas creio que importa mais este alerta para os menos avisados. A fossa nacional fede, a europeia tresanda, a global fede tanto que em circunstância alguma devemos esquecer!
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