quinta-feira, 19 de junho de 2008

DILEMAS DE RAMOS HORTA E MAUS PALPITES MEUS

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RAMOS HORTA NA ONU?
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A notícia já tinha sido ventilada mas agora caiu nas redacções pura e dura. Ramos Horta pode muito bem vir a aceitar o cargo de alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos. É uma tentação a que Horta poderá não resistir por motivos vários e um deles prende-se com a sua sobrevivência enquanto pessoa. É que se teimar em ficar em Timor-Leste e se se dispuser a fazer muitas "flores" podem voltar a "limpar-lhe o sebo", desta sem falhar, mas qual é dúvida?
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Primeiro a Notícia:
ALTO CARGO NA ONU DEIXA RAMOS HORTA EM "GRANDE DILEMA"
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O Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos Horta, admitiu hoje em Díli que a candidatura ao cargo de alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos o deixou num "grande dilema".
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"Estou relutante porque fui eleito por cinco anos para chefe de Estado e porque gosto de estar aqui no meu país", afirmou hoje José Ramos Horta em conferência de imprensa.
"Mas se aceitar o cargo, posso ajudar outros países e Timor-Leste poderia ter uma contribuição para a comunidade internacional", acrescentou.
O nome de José Ramos Horta está entre a lista restrita de candidatos ao lugar de alto comissário de Direitos Humanos, conforme a agência Lusa noticiou a 20 de Maio.
O presidente timorense explicou hoje que a sua escolha seria mais fácil "se o país estivesse cem por cento estável e (o Presidente da República) não fizesse tanta falta". O chefe de Estado timorense remeteu a sua decisão para depois de uma conversa telefónica que terá nos próximos dias com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e que poderá levá-lo a aceitar ser entrevistado pelo painel de selecção do alto comissário.
"É uma decisão muito difícil de tomar e que tenho ponderado muito. Tenho consultado com várias entidades timorenses e com amigos internacionais", acrescentou.
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José Ramos Horta referiu ter ouvido o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, o secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, a ex-ministra da Administração Estatal e sua primeira mulher, a deputada Ana Pessoa, e o presidente do Partido Social Democrata (PSD) e ex-governador sob a ocupação indonésia, Mário Viegas Carrascalão.
O chefe de Estado timorense afirmou hoje que, após uma abordagem inicial de vários países, rejeitou a ideia de se candidatar, em favor de permanecer em Timor-Leste e cumprir o mandato de cinco anos para o qual foi eleito em Maio de 2007. No entanto, "perante a insistência desses países", José Ramos Horta reconsiderou a ida para Genebra (Suíça), sede do Alto Comissariado, e ainda não abandonou a corrida.
"É um lugar muito difícil que não deve ser ocupado por alguém que seja apenas jurista. Deve ser ocupado por alguém com experiência política e diplomática", perfil que o próprio Ramos Horta diz possuir.
"Alguns países comunicaram-me que apoiavam a minha candidatura porque eu correspondo ao perfil do cargo, que exige alguém capaz de criar pontes e de estar à-vontade entre as super potências ou os países em desenvolvimento", adiantou.
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Na hipótese de se candidatar ao cargo e de vir a ser escolhido, Ramos Horta poderia ser substituído por eleições presidenciais antecipadas ou por uma escolha do Parlamento entre os seus deputados, explicou hoje o chefe de Estado.
"Esta seria a opção mais inteligente num cenário da minha saída", defendeu o Presidente da República. José Ramos Horta confirmou ter proposto a ideia, ainda que de forma preliminar, à Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) e ao maior partido da oposição, a Fretilin.
"O benefício para Timor-Leste, como tal, não seria nenhum se eu ocupar o cargo, mas seria um timorense a ocupar um dos cargos mais importantes das Nações Unidas", respondeu o presidente timorense quando questionado pela Lusa sobre o impacto pessoal e político da sua candidatura. - Notícias Lusófonas
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AQUI PODE HAVER GATO...
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Horta tem razão, na realidade é um grande dilema. Será para ele e para qualquer individuo que pelo menos tenha dois amores: a vida e Timor-Leste. Abstraindo-nos do facto de este convite poder constituir um dilema para o Nobel PR dos timorenses, há ainda a considerar que em tudo isto pode haver "gato" ou "muitos gatos". É que se Horta for para a ONU será da conveniência de todos os intervenientes excepto de Timor-Leste e dos timorenses.
Essa é a verdade e ninguém me convence do contrário mesmo que a vaca tussa!
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Para Horta interessa o desempenho do cargo porque gosta, julga poder vir a ser útil, passará a viver num mundo melhor, mais requintado, passará a ter melhores condições de trabalho, melhor vencimento e sobretudo... a sua vida não correrá os riscos que corre em Timor.
Só por isso já valia a pena ter-se decidido.
É que Horta pouco ou quase nada pode fazer para que não o abatam. Lembremo-nos que aquilo que anteriormente aconteceu não foi por acaso e é muito provável que nada tivesse a ver com Alfredo Reinado. Os que quiseram assassinar Ramos Horta continuam em liberdade, com poderes... e a vida de Horta em Timor depende de estar "quietinho ou leva no focinho".
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Sem pôr muito mais na escrita - também quero ir ver o Portugal x Alemanha - mas procurando concluir parcialmente este raciocínio, vejamos:
Que Horta saia de Timor-Leste interessa à Austrália porque será ele, agora, o único obstáculo a abusos ainda mais despudorados que quer cometer, para além dos que já cometeu e aqueles que tem em marcha.
Interessa à Indonésia porque Horta se lhe oporá de igual modo em certos abusos.
Interessa a Lasama porque já está na calha para o ir substituir e está confiante na super ajuda da Igreja e do satânico padreca Martinho Gusmão de má memória. Lembram-se?
Interessa a Xanana Gusmão porque sem mais esforços passará a ser o "Rei Sakarov das Liberdades", agindo e pensando que em terra de cegos quem tem olho é rei.
Todos os outros da AMP são folclore... Verdade seja dita que Mário Carrascalão vai andando com um toque daqui e outro dali, características híbridas de um partido tal qual o PSD de Timor.
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Resta a actual oposição, a Fretilin. O plano é acabar com ela. Assim vai ser muito mais fácil... teoricamente.
Mas, se os militares australianos tomarem as rédeas do país - o que não custa nada - e derem a protecção há tanto tempo disponibilizada especificamente para os "operativos oficiais"...
Oh, pá! Vai ser uma grande treta e lá vai ter de haver novamente resistência no mato, ou talvez não... se "eles" forem fazendo tudo muito devagarinho.
Com papas e bolos se enganam os tolos.
Vamos ver. Ramos Horta sabe muito bem aquilo que está em causa e também que sozinho quase nada pode fazer. Talvez por isso deixe os timorenses entregues aos bicho e de fora, na ONU, possa de algum modo intervir para "aliviar" o tormento timorense que se desenha.
Oxalá me engane... mas aqui pode haver "muitos gatos". Ou serei eu que hoje estou pessimista? Também estou convencido que Portugal vai perder com a Alemanha... Palpites, maus palpites que infelizmente podem estar certos.
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2 comentários:

Anónimo disse...

Alo Dili

Alo Antonio o teu comentario e identico ao meu mas em poucas palavras. Poes no Timor Lorosae blog.
Querem livrar dele como nao foi morto deram este cargo uma estrategia bem elaborada.

Adeus

De Aikurus

Anónimo disse...

Alo Dili

Alo Antonio o teu comentario e identico ao meu mas em poucas palavras. Poes no Timor Lorosae blog.
Querem livrar dele como nao foi morto deram este cargo uma estrategia bem elaborada.

Adeus

De Aikurus