segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Portugal: ANO DE ELEIÇÕES ENTRE UMA MÚMIA PARALÍTICA E UM ALDRABÃO

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As suas presenças já cheiram a esturro e ao contrário dos bons actores de teatro ou de cinema eles nunca querem sair de cena, nem que se lhes pagasse um cachê maior para saírem, para estarem quietos, para não terem os poderes de negociarem com os banqueiros, grandes empresários e corporações coisas que guardam a sete chaves nas suas caixas de segredos. Só isso justifica os constantes regressos e teimosias em se manterem em cena ou a ela regressarem quando até já sabem que não são bem-vindos e que deles só se espera mais desgraça para os governados.

Há décadas que estamos a ser governados pelos mesmos e na Presidência da República também acontece o mesmo. Já assim foi com Soares e temos a repetição com Cavaco.

Não obstante o facto de na Presidência da República estar a acontecer Portugal ter por lá uma figura de reprise, um déjávu, a gravidade dos lugares cativos dos políticos portugueses concentra-se sobretudo na governação e suas franjas. Eles, os dos lugares cativos, bem podem dizer que estão ao serviço da Nação que nós não acreditamos. Mais natural será acreditarmos naqueles que dizem que a súcia está ao serviço das corporações nacionais e internacionais que os usam e lhes pagam para que se mantenham no controle dos países, do país neste caso, Portugal.

Já existem portugueses que acreditam nisso, tantos são os que na política permanecem por décadas saltitando de lugar-chave para lugar-chave das decisões e influências de Estado e de Governos. Que outro motivo os incentivaria a permanecerem tão podres e ridículos na porca da política?

Uma vez mais, este ano, repete-se o tal déjávu. Estamos em ano de eleições e lá temos um aldrabão e uma múmia paralítica que tão bem conhecemos. Um do dito PS e outra do dito PSD. Sócrates e Manuela. O que os move? O que os motiva a repetirem-se nas asneiras do passado? Porque levam quase a vida inteira a teimar e conseguir dominar o poder político e poderes correlativos deste país? Esta permanência tão activa, só por si, é muito suspeita. Um e outro não trouxeram a Portugal mais-valia. Um e outro levaram mais fortuna aos que já a tinham e agora mais têm, prejudicando os explorados de sempre. Um e outro não têm servido os portugueses mas sim os interesses daqueles que nos têm explorado e oprimido. Então porque não devemos suspeitar deles e de que fazem parte de algo que nos transcende mas que existe, comparável a um sindicato do crime, a uma camorra muito secreta e bem estruturada que funciona não só em Portugal mas sim globalmente. Repare-se no “sucesso” de Durão Barroso, entre outros. Que fez ele de ímpar e relevante para ocupar o lugar de destaque que ocupa na UE? Não será natural que muitos vivam inquietos e desconfiados ao não entenderem estes “arranjinhos”?

Em Portugal estamos em ano de eleições. Os candidatos elegíveis, como sempre, são um do PS e outro do PSD. Conhecemo-los muito bem e estamos fartos deles. Aquilo que “democraticamente” nos põem para escolha é entre uma múmia paralítica, seráfica, convencida, dura - muitas vezes capaz de tomar decisões de ataque selvagem aos que trabalham e vivem à míngua – e um grandessíssimo ex-candidato aldrabão a quem foi dada uma maioria parlamentar para governar mas que optou por fazer quase tudo ao contrário daquilo que em campanha eleitoral prometeu, com o agravante de estar de volta e meia a ser suspeito de falcatruas que depois são esquecidas até à próxima que surja. Sócrates, um perito em vitimar-se, com uma lábia de banha de cobra que dá, tem dado, para enganar cerca de quarenta por cento dos portugueses, assim aconteceu nas eleições anteriores. Aliás, esta democracia até nisso é gritantemente desonesta, fazendo-me lembrar a mãe que quer que os filhos comam sopa e que para isso lhes dá “democraticamente” a escolher entre duas sopas, de tomate e de agriões, apesar das crianças terem dito que não querem sopa. “Democráticamente” dá-lhes a escolher… Mas sopa é sopa e eles o que não querem é sopa, mas comem. O que não queremos é sempre a mesma porcaria, mas é o que temos de comer.

Neste caso dão-nos duas porcarias políticas a escolher. “Agora qual é que queres, a masculina ou a feminina?” “A muito trombuda ou a muito faladora, cordial e simpática?” Democracia, não é? O que custa ainda mais é que os eleitores vão atrás do jogo, manipulados como estão pelo poderio das corporações que apoiam os “cromos” que os servem.

Os cativos da política e dos lugares cimeiros, não só em Portugal, devem saber bem qual a sua missão e como se comportarem para agradarem aos que não sabemos (ou talvez sim), olhando para os seus umbigos e o resto que se dane.
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