terça-feira, 8 de março de 2011

CONTACTOS NA RTP INTERNACIONAL VÃO FICAR INCONTACTÁVEIS?

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VEM AÍ MAIS MIXÓRDIA?

A ressaca carnavalesca dá por resultado falta de memória a quem já sem carnaval usa e abusa disso. O resultado ficou à vista e vai agora ser aqui reproduzido. Desculpem as bacoradas que possam seguir-se, decerto que não serão piores que as decisões bácoras de uns quantos e certos que dirigem a RTP, seja ela i ou de a a z. Se antes de existir televisões concorrentes à estatal já aconteciam uns quantos atropelos ao bom senso e à boa prática profissional que era frequente existir na RTP, agora instalou-se a balbúrdia e o descalabro inflacionário de contratar “vedetas” para direcções que de tanto quererem fazer mais e melhor que a concorrência acabam por fazer daquela casa um caneiro de dejectos televisivos a que falta o odor. Mais grave: somos compulsivamente obrigados a pagar os excessos das incompetências de algumas dessas vedetas, incluindo ordenados imorais, abusivos, autênticos roubos ao erário público. Verdade que os abusadores não dizem truz nem mus e vão sacando as imoralidades dos milhares de euros mensais sem o merecerem, a exemplo de muitos dos outros parasitas nacionais, os políticos e toda a choldra que trazem por apego e conveniência ou amiguismo.

Mas a razão desta prosa não se prende com esse parasitarismo-vigarismo nacional que mais cedo que tarde deverá tender a definhar. A razão prende-se com uma série de programas produzidos e realizados em vários pólos ou países onde emigrantes e a lusofonia deve e merece ser defendida e divulgada, trazida até ao mundo televisivo por aquela que recebe dos contribuintes portugueses todos os milhões e mais alguns para desbundar. Os programas chamam-se Contacto. São produzidos desde o Canadá a Timor-Leste. Há nos EUA, no Brasil, na África do Sul, etc, etc. São uns dez ou mais programas com características própria e que nos trazem os odores dos países e comunidades onde são produzidos. Odores muito melhores que os da Marechal Carmona (ai que agora ia escrever da 5 de Outubro).

E não é que há tempos decidiram acabar com os Contactos? Isso significa que os Contacto, tão vistos na RTPi, vão deixar de existir no figurino que agrada a todos – como se percebe pelas opiniões recolhidas. E quem decidiu? A Direcção de Programas? A administração? Os que dirigem a RTPi? O governo? O Departamento Financeiro? Ah! Foi porque decretaram contenção de despesas? Nos Contactos?

Se acaso a razão é por contenção de despesas… Oh meus queridos esbanjadores, inimigos do erário público, comecem pelo topo. A chularia está em muitas das vedetas que abundam nesses gabinetes, com direito a tudo. Só por vergonha não mandam fazer WCs com torneiras de ouro como o Ramiro Valadrão (dono da RTP Salazar-Caetano). Mas em vez disso são capazes de as ter lá nas casas onde habitam, às escondidas dos que lhes andam a pagar demais. Demais? Indecentemente demais. Imoralmente demais. Pela falta de vergonha e menosprezo pela falta de consciência, decência e honestidade o que mereciam era um mês a pão e água… e mais.

Mas… Estou a perder-me no arrazoado devido à indignação causada por alguns certos e incertos feios, porcos e maus. Desculpem. Nem vou adiantar muito mais de minha consideração. Vou, isso sim, dar conhecimento de que há dias que tenho um texto sobre os programas Contacto da RTPi e nem me lembro como é que esta prosa me apareceu aqui, nem sei porque tem por título A PAU COM A ESCRITA, nem sei se o compilei de algum lado, se me enviaram… Nada!

Saibam que é uma enorme aflição não saber como apareceu este texto aqui em arquivo. Sei que está com registo de dia 4… Mais nada. Presumo que a autora é Fernanda Leitão, que não sei quem é (peço desculpa). Mas sei que gosto do texto e que ele diz muito da mixórdia e das negociatas que vão pela Marechal Carmona - que é agora onde mora a sede da RTP, da RDP, da Lusa (?). Carago! Até parece que estamos nos tempos áureos da União Soviética! Ya Camaradas Capitalistas, Chupistas, Gananciosos, Incompetentes, etecetera!

Siga a rusga. Não sem antes usar uma frase dirigida a quem me entenderá, que ainda hoje prezo mas que não vejo há uns largos tempos, por me ter “recolhido” e já não trabalharmos juntos: Oh Isabel, os Contacto acabam porquê? Bate-lhes o pé! AI QUE COISA!

O texto cuja proveniência se me varreu:

A PAU COM A ESCRITA

Fernanda Leitão

São de todos nós conhecidos, sobejamente, os desencontros e incompreensões dos sucessivos governos de Portugal em relação aos emigrantes. Tais e tantos que algumas vezes desejamos não ter ligação nenhuma com o Portugal político para podermos viver em paz. E chegamos sempre à mesma conclusão: os desencontros, por vezes ofensivos, devem-se à completa ignorância dos senhores do poder quanto ao que é ser emigrante e o que é a emigração. É verdade que, para saber desse fenómeno, é preciso vivê-lo. Mas também é verdade que os governos de Lisboa não chamam os emigrantes que sabem e podem ajudar, preferindo mandar para as comunidades pessoas que, vivendo a leste da nossa vida e dos nossos problemas, tratam de nos impor soluções, já de si disparatadas, e ainda por cima sem nos consultarem. Dir-se-ia que essa gente tem o colonialismo na massa do sangue e encara as comunidades de emigrantes como colónias.

Vem este introito a propósito de uma golpada que a RTP está a preparar de conluio, no caso do Canadá, com um funcionário do consulado que se julga ao abrigo de tudo por ter padrinhos em Lisboa. O que se prepara é o seguinte: o programa televisivo CONTACTO deixa de ser feito localmente e passa a ser feito por uma equipa vinda de Portugal. Equipa essa que dará a volta ao mundo várias vezes por ano. Financeiramente, isso significa, por exemplo, que a produção do Canadá-Contacto passa a custar 45 mil dólares por unidade, enquanto actualmente custa 4 mil dólares. Para um país aflito, à beira da bancarrota, a lançar impostos violentíssimos sobre os trabalhadores e os reformados, este acto de gestão diz bem de como a austeridade é entendida pelos aproveitadores e oportunistas do regime. Adiante. Em termos de informação, é evidente que quem vem de fora e nada sabe de como é a nossa vida por cá vai ser manipulado por um ou dois maraus que farão a propaganda de compadres e amigos, segundo as negociatas e conveniências de bastidores. Como aconteceu com as visitas de empresários e emigrantes ao Douro vinhateiro: o marau encaminhou as coisas segundo as suas fantasias e a coisa deu em nada para quem esperava investimentos naquela região. Já por lá dizem dele o que o Maomé nunca disse do toucinho.

Se isto se consumar, será mais uma ofensa feita aos emigrantes e um roubo ao erário público, no mais puro estilo colonialista. Dir-me-ão que há Contactos de fraca qualidade e eu concordo. Mas é mais decente e mais barato dar formação às equipas locais do que fazer delas moços de fretes duns snobs que vêm de Lisboa pendurados na mesa no orçamento. A não ser assim, podemos, e devemos, perguntar aos governos de Portugal onde está a coerência de quem se diz defensor da língua, da cultura e da unidade dos portugueses. Ou será que os emigrantes não são portugueses?

Resumindo: vamos bater o pé a estes colonialistas de pataco.
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1 comentário:

Anónimo disse...

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