Nádia Dinis, da Lusa, oferece-nos esta manhã uma notícia sobre as bisbilhotices do Wilileaks que, como tantas outras do mesmo organismo, são de conteúdo inerte e que só têm lugar na referência de uma agência de notícias porque já é comum oferecerem-nos “palha”.
Ela, a jornalista, fala-nos de cães de água portugueses. Que eles existem não há dúvidas. O que não nos fala é dos outros cães. Dos cães realmente amigos da central de terrorismo global que existe nos EUA e que é muito mais bem estruturada e ativa que qualquer Bin Laden ou outro terrorista do piorio. A grande diferença é que os EUA podem aterrorizar à vontade cidadãos em qualquer parte do mundo porque tem cães amigos de raça dita humana por todo o mundo. Em Portugal tem Paulo Portas, por exemplo, que anos idos, afirmou ter visto provas da posse de armas de destruição no Iraque de Sadam. Então, Paulo Portas era ministro da defesa de Durão Barroso quando visitou George Bush. Escusado será dizer que mentiu com todo o descaramento a abanar a cauda. No entanto não era, nem é, um cão de água português. Ele agora até é ministro de estado e dos negócios estrangeiros em Portugal. O que dá um certo jeito porque sempre tem melhores condições para ocultar aquilo que possa existir naquele ministério, se ainda existir, sobre os voos ilegais da CIA no que diz respeito a Portugal.
Apesar de não valer de quase nada, aparentemente, a notícia de Nádia Dinis, tem a particularidade de nos recordar estas grandes nuances da política portuguesa. Só temos de agradecer por, sem saber, ela, a jornalista, nos avivar a memória e recordar-nos quanto servis são os políticos portugueses às administrações norte-americanas. As pagas estão à vista. Durão Barroso é um homem de confiança em cargo de destaque na UE, Portas… novamente ministro. Os cães de raça humanóide portugueses até estão agora bem ativos e em força nos poderes decisórios em Portugal, começando por Belém, passando por São Bento e acabando em travessa estreita de Lisboa, na Lapa, sede do PSD, ou no Largo do Caldas, do CDS, por troca com o Largo do Rato, do PS. Se queres um amigo em Washington despoja-te da coluna vertebral e da coerência anti-terrorista, do terrorismo praticado por indivíduos, organizações ou estados – venham de onde vierem. Porque isso da CIA norte-americana andar pelo mundo inteiro a sequestrar cidadãos e a levá-los para Guantanamo, sob acusação de terrorismo sem que realmente fossem isso, também é um terrorismo intolerável. Pelo visto e sabido há canídeos portugueses fieis a Washington que encobrem. Que tipo de rações e de ossos é que lhes dão para roerem… Sabemos de alguns e imaginamos sobre outras enquanto não soubermos toda a verdade. Até lá, se acaso viermos a saber toda a verdade, continuemos a “latir”, arreganhando as presas.
Segue a notícia, sem alçar a pata trazeira, por falta de poste.
WikiLeaks: "Se queres um amigo em Washington, arranja um Cão de Água" português
Nadia Filipa Pessoa Dinis (LUSA)
Lisboa, 26 ago (Lusa) -- "Se queres um amigo em Washington, arranja um Cão de Água" português, aconselha a embaixada norte-americana em Lisboa, num telegrama de março de 2009, tornado público pela WikiLeaks, sobre o animal de estimação da família Obama.
No telegrama, de 10 de março de 2009, a diplomacia norte-americana em Lisboa confirma que "a aceitação de um Cão de Água [pela Casa Branca] iria gerar enorme publicidade positiva" para a administração dos Estados Unidos da América em Portugal.
Reportando que a imprensa está "animada" com o facto de "a família [presidencial] Obama poder estar interessada em adquirir um Cão de Água português", a embaixada refere que o Turismo do Algarve pretendia oferecer um animal daquela espécie à Casa Branca.
© 2011 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
*Foto EPA
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