domingo, 2 de outubro de 2011

TRÊS TEXTOS SOBRE TRÊS PAÍSES E TRÊS TRASTES




Não tem sido por falta de acontecimentos que me revelo faltoso nas habituais prosas de ocasião que aqui publico… Talvez preguiça… Talvez por estar tocado pela realidade que imbui indignação e desalento por tantos “casos” que nos revelam os sevandijas que são os políticos e líderes de países ou de organizações mundiais – como a ONU, p.ex.. Fiquemos por Portugal, Angola e Timor-Leste.

Portugal: UM REACIONÁRIO EM BELÉM – CAVACO SILVA, UMA REVISITAÇÃO DE OLIVEIRA SALAZAR

Estamos a assistir ao inimaginável pela maioria dos portugueses. Tão inimaginável que ainda hoje uma parte muito substancial dos portugueses se revela amorfa relativamente aos “sacrifícios para todos” que a classe política nos exige com o maior dos desplantes e a maior das injustiças. Os “sacrifícios para todos” são na realidade somente para a classe média e para aqueles que quase nada têm mas que estão a ser conduzidos para uma situação de quase esclavagismo ao perderem os direitos que confere ao patronato plenos poderes para sujeitar ou despedir os que neste país são a força produtiva.

Há cerca de duas décadas que assistimos à incompetência e ao depauperar de garantes constitucionais produzidos pela pessoa de Cavaco Silva desde que num nefasto dia foi fazer a rodagem do automóvel a um congresso do PSD em Aveiro e de lá saiu dono do burgo laranja, passando a dono do burgo nacional pouco depois, ao ser votado com maioria em eleições que lhe deram acesso ao cargo de primeiro-ministro. Com maior incidência foi exatamente a partir desse momento que os portugueses começaram a ver malbaratados os seus direitos, liberdades e garantias. Os milhões então provindos da CEE, atual União Europeia, transformaram-se em alcatrão e em betão, os latifúndios renasceram, os grandes da agricultura viram os seus cofres a abarrotar num processo que teve o macabro mérito de destruir a produção agrícola nacional. O mesmo se passou nas pescas. O mesmo se passou quase por toda a parte. Portugal transformou-se num razoável entreposto mercantilista em que o negócio imposto era não produzir. Por esse não produzir os cada vez mais ricos arrecadaram milhões. A decadência do país e dos portugueses começou com Cavaco Silva. Os que lhe seguiram, do PS, quase nada fizeram para contrariar as políticas erradas de Cavaco durante cerca de uma década como primeiro-ministro. O PS em muitos casos ainda agravou mais a situação.

Assistimos ao regresso de Cavaco há meia dúzia de anos… para concretizar ainda mais as políticas de descalabro que geram miséria e fome para os portugueses de menores recursos. Os homens de mão que o rodeiam e que representam o regresso ao passado quase salazarista estão espalhados por todos os poderes na atualidade. Não é por acaso que Cavaco Silva pouco diz e se revela presidente de uma república que não é a da maioria dos portugueses. Cavaco Silva está recheado de falsidades na perseguição de um objetivo: servir os portugueses mais ricos e os da alta finança internacional, que ficarão cada vez mais ricos. Cavaco Silva personifica a nossa destruição enquanto país. Felizmente é impossível destruir este povo, moldando-o à sua imagem e semelhança, por mais que procure fazê-lo. É evidente que ele representa aquilo que não queremos, que se traduz no provincianismo bacoco e na miséria para onde nos tem empurrado.

Hoje (01 de Outubro), os portugueses, alguns, vão sair à rua e manifestarem-se contra estas políticas semelhantes em muito ao salazarismo derrubado em Abril de 1974, a organização do protesto é da Intersindical Nacional – CGTP, que dizem afeta ao PCP. Que lhe é afeta… será. Mas isso que importa se a razão está daquele lado? Vamos ver a aderência ao protesto e só depois poderemos fazer a análise justa. Certo é que os trabalhadores portugueses que produzem a maior parte da mais-valia estão a ser roubados por este regime cavaquista e da ala laranja do PSD submetida a Cavaco Silva. Foi ele na qualidade de PR que afirmou que teríamos de fazer bastantes sacrifícios, todos os portugueses, “mas com justiça”, disse. Com aquele ar seráfico, tenebroso, afirmou-o. Afinal onde está a justiça dos sacrifícios que nos estão a impor? Cavaco já se insurgiu contra as injustiças? Não. Antes pelo contrário. Afinal para ele e os de sua eleição, que o rodeiam, a vida é fácil. Até têm beneméritos que lhes compram ações da bolsa com valores muito superiores à sua valia. Caso de Oliveira e Costa, do BPN, o benemérito que deu lucros inadmissíveis a Cavaco e à filha. Por nada, só porque o homem estava em dia de fazer ofertas de negócios a perder. Praticou a boa ação com Cavaco Silva e com a filha… Mas podia ter sido um pobretanas anónimo qualquer a beneficiar. Calhou a Cavaco, sorte… naquele dia. E, talvez ainda mais sorte nos dias que nem sabemos… Passos Coelho não passa de um instrumento dos sevandijas. Formado na juventude laranja, onde lhe extraíram a coluna vertebral, como a tantos outros.

Cavaco nem consegue ser eminência parda mas sim à vista; só não sabe quem não quer saber, que esta obra de avanço selvagem da direita e do capital também é dele. É ele um dos principais causadores dos que trabalham estarem a ser levados para uma situação esclavagista. Obra que começou há cerca de duas décadas e que agora quer finalizar pela parte que lhe cabe. A obra é dele, ao serviço do patronato e do capital reacionário.

Ele e o seu governo com Passos Coelho tiveram parte da resposta dos trabalhadores no protesto que ainda há pouco (01 de Outubro) terminou em Lisboa e no Porto, onde se manifestaram cerca de 180 mil portugueses, segundo a CGTP. Na semana de 20 a 27 de Outubro está prevista uma vaga de protestos e greves conforme o que foi aprovado nas manifestações. As ações de luta por certo que se vão radicalizando contra os sevandijas que na política servem interesses adversos aos mais elementares direitos dos que trabalham. Vamos ter tempos de muita luta por via do presente e as perspetivas futuras já serem de fome e miséria.

Angola: DITADURA EDUARDISTA NA PLENITUDE, NA FALTA DE MELHOR

Abordar Angola em termos políticos e humanistas é descoroçoante. Assistimos a uma versão moderna das práticas Politburo da ex-URSS naquele país, representada por Eduardo dos Santos e pelo MPLA. Eduardo dos Santos,  dono do MPLA, é também o dono de Angola. As injustiças, a fome, a miséria, a repressão, a corrupção, os roubos das riquezas angolanas também pertencem por “direitos próprios” ao dono do MPLA e de Angola. Testemunham os que o rodeia, os filhos, outros familiares e, principalmente, pelo sabemos, a filha – uma magnata angolana à custa do surripiado aos angolanos. Todos o sabem, quase todos o dizem, mas ninguém muda o curso do esvaimento das fortunas roubadas.

Ultimamente Angola tem sobressaído pela repressão aos grupos de jovens universitários e não universitários que assumiram a coragem de contestar a permanência do ditador Eduardo dos Santos na presidência da república há 32 anos sem que nunca se sujeitasse a sufrágio eleitoral. Mas há muito que Angola é palco de uma das maiores ocupações de outro país: Cabinda. Políticos portugueses em conluio com Eduardo dos Santos fizeram tábua rasa de documentado e comprovado acordo entre o reino de Cabinda e de Portugal há alguns séculos. Nesse documento está provado que Angola não vai territorialmente de Cabinda ao Cunene, como é dito por Eduardo dos Santos e por Cavaco Silva e outros das conivências ocupacionistas. Grosso modo, documentalmente, Cabinda ainda hoje poderia ser um protetorado de Portugal se os cabindenses assim desejassem, nunca fazer parte integrante de Angola como é pretendido e efetivado por Angola. Essa é a luta justa de Cabinda, pela autonomia, pela independência. Procuraram o diálogo para resolver a questão, optando pela luta armada quando constataram que o que de melhor podia acontecer era um monólogo, uma conversa de surdos. Também a repressão tem feito parte do quotidiano de Cabinda. Afinal não são só os jovens corajosos de agora os opositores ao regime ditatorial eduardista. A luta dos cabindenses existe desde que Angola decidiu ocupar o território e fazer ouvidos poucos das aspirações legítimas dos naturais e habitantes daquele território.

Historicamente, assistimos a uma repetição de um método sempre usado pelos mais fortes em detrimento dos mais pequenos e mais fragilizados. O gigante Angola passou de país oprimido e ocupado pelo colonialismo português a opressor e ocupante de uma pequena nação sua vizinha, Cabinda.

A história também nos em demonstrado que todas as ditaduras têm um fim e que todas as ocupações territoriais seguem igualmente esse destino. Temos por isso a garantia de que independentemente do tempo que possa passar Eduardo dos Santos e o seu regime vão cair e que Cabinda conseguirá a almejada independência.

Detentores dessa certeza, podemos agora e no futuro, questionar sobre as vantagens de que o justo seja o prémio dos que ontem, hoje e amanhã lutam em Angola contra o ditador Eduardo dos Santos e seu séquito partidário. Pergunte-se o que virá a seguir no futuro de Angola e dos angolanos depois do eduardismo. É uma grande incógnita. E é isso mesmo porque não parece que o maior partido da oposição ao MPLA de Eduardo dos Santos seja confiável e competente para governar os destinos do país e do povo. Esta ansiedade invade o espírito de todos aqueles que não sendo angolanos estão contra o sistema ditatorial, ladrão e criminoso, do atual regime. Será que tal ansiedade também ocupa a mente e os sentimentos da vasta maioria dos angolanos e que por essa razão não aderem massivamente aos protestos dos jovens? Ou será só por medo da repressão do regime e da dependência que muitos têm dele a nível de empregos e de tábua de salvação para sobreviverem?

Na realidade os líderes da UNITA não demonstram ser escrupulosos, honestos e indiscutivelmente capacitados para governar Angola com justiça e democracia para todos os angolanos até agora injustiçados. Entregarem de bandeja o país à homogeneidade dos EUA e dos da finança global não é a solução. Não foi para isso que os mais velhos lutaram no mato. Não foi para isso que morreram na luta milhares de combatentes angolanos. Esta nova geração de políticos da UNITA deixa muito a desejar. Intui-se isso mesmo através de comportamentos e de declarações. Sobre a FNLA é melhor nem dizer uma vaia, tão “estranho” tem sido o seu depauperante percurso.

Em Angola existem outros partidos políticos. O Bloco Democrático, há pouco tempo oficializado, poderá constituir uma esperança capacitada para governar Angola e garantir a justiça social para a população? Poderá garantir a democracia, um verdadeiro estado de direito eleito pelo povo e a governar no estrito interesse dos eleitores? Talvez, mas não para já. Ainda não se vislumbra no Bloco Democrático lideres devidamente capacitados para tarefa tão árdua e importante. Para já é uma questão de tempo. Tempo que os angolanos carenciados e injustiçados não têm. Também com o tempo a UNITA ou outros partidos poderão revelar-se alternativa pós derrube do eduardismo. Tempo. Repito: tempo é aquilo que o povo angolano não tem para que Angola seja um estado de direito e se liberte da ditadura eduardista que atualmente vive a sua plenitude mascarada de democrata.

É através deste dilema que Eduardo dos Santos joga e vai garantindo a sua perpetuação. Em maior parte o dilema foi criado pela repressão e assassinatos praticados pelo regime eduardista. Mas também pela gula, egoísmo e servilismo de alguns lideres dos partidos da oposição, que a troco de uma colher mal cheia de mel coado e de algumas mordomias alinharam – ao engano ou não - com o MPLA numa aparente democracia. Quem é que agora pode e deve confiar neles? Este “carapuço” serve principalmente à UNITA. Derrubar o ditador e o regime imposto de democracia podre para outros ocuparem os poderes e voltarem a fazer o mesmo com outros figurinos não é aquilo que interessa aos angolanos. Porque não têm tempo, devido a um manancial de injustiça os causticarem, é chegada a hora de melhores e bons líderes se revelarem, principalmente que sejam honestos, justos, democráticos, e devolvam ao povo angolano aquilo que lhes tem sido roubado pelo regime eduardista. Aliás, num mundo promissor de justiça não seria para admirar que Eduardo dos Santos e o seu séquito fossem justamente acusados de depauperarem o que legitimamente pertence aos angolanos. Daí a fome, as doenças e a falta de quase tudo, que agora está a surgir a conta-gotas para efeitos de o eduardismo continuar a ser dono de Angola e dos angolanos que vilipendia.

Sobre Cabinda é sabido que também não será o novo regime que venha a substituir o eduardismo em Angola que entregará de mão-beijada Cabinda aos cabindenses. Muita água correrá sob as pontes. Mas a independência é certa porque a luta é justa. É uma questão de tempo. Os cabindenses têm todo esse tempo, ao contrário dos angolanos – que não o têm, para resolver os seus problemas de fome e miséria completa a vários níveis.

Timor-Leste: XANANA GUSMÃO, O DITADOR MEIA-TIJELA

Timor-Leste também é um caso sério. Por lá se perfila um candidato a ditador que cegou e ensurdeceu com o poder. É com penosa desilusão que aponto Xanana Gusmão. Como um mal nunca vem só, segundo o adágio, a dupla Xanana-Kirsty Sword Gusmão continua na senda de procurar minar o país em conformidade com os seus apetites e de onde consigam tirar mais vantagens. A prosseguirem nos poderes parece que tudo descambaria à imagem e semelhança de um ditador Marcos e de uma Imelda adaptados às máscaras horrendas deste século.

Felizmente para Gusmão que poucos são os jornalistas com personalidade bastante para não sentirem a arreata do dono. Por certo que o efeito arreata lhes perturba o raciocínio e os impede de cumprir a sua função principal: informar, ser veículo de esclarecimento.

Não fosse existir a certeza absoluta de que Xanana Gusmão e o seu governo concordaram em aprovar um projeto que pretende excluir a língua portuguesa do ensino básico timorense e aqueles a que esse conhecimento chegou julgariam ter tido um pesadelo ou estarem a enlouquecer. É que em Portugal, quando da recente visita do PM timorense, finda há dias, nem um único jornalista questionou Gusmão sobre o assunto. Nem o jornalista da TSF, Manuel Acácio, que lhe fez uma entrevista de 13:13 minutos tocou no assunto. Fez, no entanto, um bom trabalho dentro das possibilidades, quer dizer: apesar do efeito arreata. Talvez tenha sido o único profissional de informação que destoou do nacional-carneirismo português a que consentiram ser votados os profissionais de informação em Portugal. Não só com Xanana Gusmão mas também com Eduardo dos Santos e com muitos outros. Todos os que convenham aos seus donos. Pena que esses profissionais não tenham um sindicato que adquira poderes bastantes para comprar umas facas com a finalidade de cortar as arreatas de uma vez por todas, para efeitos de aqueles que lhes compram o produto de seu trabalho (leitores, ouvintes e telespetadores) serem devidamente informados e esclarecidos.

Voltando à entrevista – parece que a única existente durante a visita a Portugal já que a entrevista a Maria Flor Pedroso, da Antena 1, não aparece na pesquisa, somente o seu anúncio – que o jornalista Manuel Acácio fez a Gusmão deve-se salientar que a pertinência das perguntas esbarrou num ritual do entrevistado já conhecido desde o golpe de estado de 2006 em Timor-Leste. Ritual que tem vindo a aperfeiçoar-se até aos dias de hoje: a culpa é sempre dos outros. Não importa que Gusmão saiba que sabemos dos envolvimentos da Austrália no golpe de estado tão em sintonia com o PR de então, que era ele. Nem importa que existam manuscritos em que ele dava ordens expressas ao “revoltoso” major Reinado – que acabaria por ser executado em 11 de Fevereiro em Díli depois de “romper relações” com o “comandante” Xanana e de o ter acusado de ser o mentor do golpe de estado. Também não importa que exista no seu governo quem ganhe 100 e gaste 10.000. Sim, porque corrupção no seu governo AMP é coisa que não existe. São manobras difamatórias da oposição Fretilin. Essa sim, extremamente corrupta quando governou com orçamentos irrisórios. Onde estão os então ministros da Fretilin que exibem fortunas e casamentos de milhão de dólares, como o de sua filha Zenilda Gusmão ainda há meses? E os palácios desses ex-ministros onde estão? E os grandes bólides? E as garbosas ostentações de riqueza?

Sobre a entrevista quase mais nada se oferece dizer porque o entrevistado foi igual a si próprio e mais igual ainda seria se acaso o jornalista tivesse a sorte ou o azar de apanhar o PM embriagado (cito Ramos Horta) porque ele nessa condição sabe mesmo ser deselegante e nada o impediria de virar costas e ir embora ou meter o jornalista fora porque nas circunstâncias parece que a montanha foi a Maomé Gusmão.

Nem a propósito, por virar costas, temos um caso deveras caricato e mostruário inconfundível da peça que é Gusmão. Este título desencadeou uma das maiores vagas de ânsia de conhecimento de que possa haver memória. A iniquidade demonstrada por Gusmão levou muitos a isso, a quererem conhecê-lo melhor, a quererem desenganar-se. Curiosamente, uma vez mais, a atitude de ditador é de Gusmão… mas a culpa é sempre dos outros. Neste caso… do outro, melhor dizendo. Exatamente de Gaspar Sobral. Um discursante que mal começou a fazer soar a voz em assembleia presidida pelo PM Gusmão na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Para não faltar à exatidão passo a transcrever o inicio da notícia da Lusa:

“Coimbra, 28 set (Lusa) -- O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, abandonou hoje à tarde um encontro com timorenses que estão a estudar em Portugal, poucos instantes depois do início da reunião, na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (UC).

Xanana Gusmão saiu da sala quando um timorense que vive "em Portugal há 30 anos", mestrando em Ciências Jurídicas naquela Faculdade, Gaspar da Costa Sobral, afirmou, no início da sua intervenção, que "os discursos de ocasião são muito bonitos", mas "o que é preciso é uma política de educação".

O primeiro-ministro de Timor-Leste levantou-se da mesa em que presidia à sessão, com a presença de cerca de uma centena de timorenses, dirigiu-se a Gaspar da Costa Sobral e, depois de lhe dizer que não estava ali "para ouvir políticas", saiu da sala, em passo acelerado.” O restante poderá ser lido AQUI.

A reação de Gusmão é incompreensível por nem dar oportunidade de o orador prolongar um pouco mais a sua intervenção e a assembleia se aperceber minimamente do conteúdo. Aliás, facilmente se presume que ninguém conhece o conteúdo, para além do autor. Como é possível que um PM em visita a um país abandone uma assembleia com estudantes do seu país sem um mínimo de lógica tolerável. Representou efetiva falta de educação e de respeito pelos presentes. Demonstrou a propensão ditatorial do pseudo democrata Xanana Gusmão, do pseudo humanista hipersensível que lacrimeja por tudo e por nada mas que ali demonstrou que se está borrifando para os seus conterrâneos, que longe do país buscam conhecimentos para contribuir para o seu próprio desenvolvimento e progresso - e do seu país por inerência, Timor-Leste.

Não merece o tempo e espaço pôr mais na escrita. Lamentavelmente o ditador mostrou a sua raça. Lamentavelmente, a comunicação social portuguesa faz questão de mostrar o Timor-Leste cor-de-rosa que convém ao regime xananista em vez de ser imparcial e também falar da fome que assola certas regiões daquele país do sudeste asiático, da miséria onde não chega o desenvolvimento prometido, falado e refalado por Gusmão e pelos seus pares, nem dos milhões alegadamente gastos nesse desenvolvimento mas que não correspondem de forma alguma à obra feita. Que o sistema é altamente corrupto não restam dúvidas. Xanana Gusmão diz que não e dá a cambalhota para falar do governo que ele próprio derrubou num golpe de estado. Para ele é inútil dizerem-se verdades porque esbarram sempre no ritual já conhecido desde o golpe de estado de 2006 em Timor-Leste. Ritual que tem vindo a aperfeiçoar-se até aos dias de hoje: a culpa é sempre dos outros, ou os outros são sempre piores que ele. Ele, o ditador Meia-Tijela.

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