SOBA GUSMÃO DECIDE: TIMORENSES NA DIÁSPORA NÃO TÊM DIREITO A VOTO

Notícia em Sapo TL (hajam Deuses!) sobre Timor-Leste (uma única notícia que é para não viciar), deixam perceber que os timorenses na diáspora não têm direito a voto nas eleições que ocorrerão em 2012, para a presidência da República e para o Parlamento Nacional. Esta é uma novidade do governo de Gusmão-AMP que supostamente traz “água no bico”. Quer dizer: mais uma machadada na democracia.

Podemos ler em Sapo TL (hajam Deuses!): “O Conselho de Ministros de Timor-Leste aprovou a Terceira alteração à Lei Eleitoral para o Parlamento Nacional e à Lei Eleitoral para o Presidente da República, na qual os timorenses residentes fora do país não poderão exercer o direito de voto durante as eleições de 2012, refere comunicado final da reunião de quarta-feira, dia 28.” O resto do texto consta na postagem a seguir, do Sapo TL (hajam Deuses!) porque parece que a Agência Lusa, que tem lá delegação, está de férias.

Sem muitas considerações, até porque as razões de tal decisão do governo corrupto de Gusmão-AMP não constam no anunciado, o que se pergunta é se existem timorenses de primeira, de segunda, de terceira e de quarta categoria – que devem ser os que estão na diáspora. Ou será que Gusmão e seus apaniguados no governo em que se governam consideram que os votos dos timorenses na diáspora não favorecem os partidos de Gusmão e associados? Ou será para evitar gastos nestes tempos de austeridade para os povos e de mais roubo para os que se governam? Ficamos sem resposta, para já. Provavelmente para sempre. Ou poderemos encontrá-la se consultarmos os resultados eleitorais anteriores. Logo ali se verá se as razões de privar os timorenses na diáspora de votarem têm que ver com mais uma golpada para evitar desvantagens nos resultados de Gusmão ou se será por outra razão qualquer que nada tenha que ver com putrefação ética de Xanana Gusmão e “sus muchachos e muchachas”.

Seja por que alegada razão for, a decisão ministerial é inadmissível. Os timorenses na diáspora não merecem tal desconsideração e falta de respeito porque também foi a diáspora desses timorenses espalhados pelo mundo que lutou para que o país vencesse a ocupação e tirania indonésia. E são os timorenses que hoje estão na diáspora que em muito contribuem para a remessa de divisas em apoio às suas famílias e se estão a formar para serem os futuros cérebros, a massa cinzenta com mais valia, que poderá guindar o país para o verdadeiro desenvolvimento e melhor estádio de democracia. Talvez que até sejam o melhor do futuro timorense. A mentalidade segregacionista que o governo de Xanana Gusmão-AMP tem demonstrado sobre os que estão na diáspora atualmente evidencia que uns são filhos e outros enteados. Timorenses não são só aqueles que integraram a resistência no terreno mas também os que como refugiados representaram a luta timorense pela libertação. Além do mais, neste governo Gusmão-AMP, inúmeros vagabundos e oportunistas que o ladeiam também não estiveram no terreno durante a luta de libertação. Dois pesos e duas medidas?

*Publicado em Página Global, blogue onde o autor colabora.