sábado, 26 de abril de 2008

O QUE FAZ O PGR MILONGUEIRO MENTINHOS?


Em entrevista à PNN, Mari Alkatiri realçou mistérios que envolvem o ataque ao primeiro-ministro, segundo fontes do secretário-geral da Fretilin, o veículo de Xanana Gusmão inicialmente apresentava impactos de duas balas, pouco depois foi apresentado com a marca de 16 tiros.
«Enviámos imediatamente uma pessoa ao local que tirou fotografias», contou Alkatiri, «dizia-se que o carro tinha ido pela ribanceira abaixo, e depois estava parado na estrada. Só mais tarde é que foi pela ribanceira.»

É exactamente assim que Mari Alkatiri se expressa em entrevista à PNN e que também foi publicada no TLN, sobre o presumível atentado a Xanana Gusmão sendo facto que desde o principio que muitos dizem que tudo não passa de uma patranha, que aqui há gato, foi montagem, etc.

Sendo público aquilo que Alkatiri afirmou à PNN o que faz o PGR ignorar tais afirmações? Para mais existindo provas fotográficas e testemunais de que de um momento para o outro a viatura saiu do local em que originalmente ficou para descer o declive e ainda que de dois impactos de bala passou a dezasseis.
Então como é? O que faz Longuinhos Monteiro ignorar tais declarações e tais provas testemunhais?
Não compete ao PGR, entre outros apurar a verdade dos factos? Como se pode continuar a falar de um atentado a Xanana Gusmão se não ocorreu mas sim uma encenação?
E porque houve uma encenação? Quem disparou dois tiros? Quem disparou, posteriormente mais catorze tiros? Quem foi que, posteriormente, empurrou o carro para a ribanceira? Porque? Para quê? Porque são as declarações de Xanana e de outros seus acompanhantes no “atentado” tão inconsistentes?

Longuinhos Monteiro, o PGR, que em nome da República de Timor-Leste deve apurar a verdade demonstra ignorar todas estas questões e prossegue nas investigações a dois atentados quando afinal parece que só houve um, a Ramos Horta, Presidente da República.
Ficamos sem saber – com muito boa vontade – se Longuinhos Monteiro ignora tudo isto ou se faz por ignorar. Certo seria ele chamar Mari Alkatiri para saber se confirma tais declarações e solicitar-lhe as provas fotográficas assim como a identidade dos que testemunharam a diferença de impactos de bala bem como as diferentes localizações da viatura “atentada” e recolher os seus depoimentos, dando seguimento a investigações nesse sentido.

Tomando por certas as declarações de Mari Alkatiri o que se nos depara é que Xanana Gusmão algo terá a ver com toda esta embrulhada e que é natural que algo tenha a ver com o real atentado a Ramos Horta. Ou não será legitimo admitirmos esta possibilidade?
Outros motivos não se vislumbram para que se procedesse a toda aquela encenação. Ou Alkatiri está a mentir? As referidas fotografias não existem? E os testemunhos?
Dificilmente qualquer individuo faria declarações tão bombásticas, e comprometedoras para o primeiro-ministro, sem fundamentos. Exactamente à luz desses princípios e dos seus deveres é que o PGR devia actuar, agindo para que tudo se esclareça e se faça justiça.
Aliás, um dos principais interessados seria Xanana Gusmão. Devia ser ele a requerer tais investigações se o PGR não manifesta iniciativa para as fazer.
Em vez disso, aquilo a que assistimos é um e outro assobiarem para o lado, criarem manobras evasivas… Oh, o costume!
E como podemos nós, humildes cidadãos, conseguir abstrair-nos de que Xanana Gusmão terá algo a ver com o atentado a Ramos Horta e a Alfredo Reinado?
Olhem que é uma séria hipótese a considerar.
Como? Não concordam que se pense assim?
Ah, é simples! Tornem tudo transparente! Esclareçam-nos! Longuinhos Monteiro que faça o trabalho como deve e deixe de ser Milongueiro Mentinhos!

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