domingo, 18 de maio de 2008

OS “BANHA-DA-COBRA” MUDARAM DE POISO… MAS ANDAM AÍ!

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ASSIM, POBRES CIGARROS!

José Sócrates esteve na Venezuela e andou fazendo charme pela América Latina. Tal qual como o faz em todo o lado.
Olhar para ele faz-me lembrar aqueles vendedores de outrora, que sem levarem banha da cobra na mala, sem fazerem o aparato que amiúde víamos nas ruas e que juntavam imensas pessoas curiosas com aquilo que da mala sairia, mais não faziam que enganar-nos.
Bem postos, engravatados, eles falavam, falavam, iludiam-nos, iludiam-nos… e no final tiravam da mala uma insignificante pomada-mistela que prometia aliviar-nos dos calos mas nada fazia e até cheirava mal. Mas havia quem comprasse!
São recordações de infância que guardo na memória e que este “engenheiro” veio reavivar.

Nesse tempo, miúdo que era, ouvia as loas do vendedor à espera da cobra ou de algo fantástico que viesse a sair da mala… Mas dali nada saia de especial e que alimentasse as minhas expectativas. Era sempre uma enorme frustração.
Felizmente que se acabaram esses vendedores de banha da cobra, que nos assaltavam a cada esquina, enfeitiçando-nos, usando a nossa inocência, manipulando-nos.
Ao olhar e ao ouvir José Sócrates até parece que recuo seis décadas e deparo com o “mágico” vendedor de banha da cobra da minha infância.
Em Portugal, desses havia uns quantos, que em ruas, praças e jardins nos enganavam.
Com o passar dos tempos, com as ditas evoluções, os “banha da cobra” sofisticaram-se. Podemos encontrá-los em ditos lugares de destaque, já nem carregam as malas – deixando-as para os assessores – viajam leves e céleres aproveitando-se de ingenuidades e manipulações desenvolvidas em técnicas superiores, universitárias, mas em muito semelhantes aos primários antecessores.
Que asco!

Nesta visita de Sócrates à América Latina ressaltou a sessão de fumo no avião.
“Eu nem sabia que não se podia fumar”. Foi o que disse o experimentado charlatão.
“Por causa deste incidente decidi deixar de fumar”. Aproximadamente foi o que disse.
Claro que o “banha da cobra” vai passar a fumar às escondidas. Dizem que é tão sacana que isso será capaz de fazer, dizem… e acredito.
Fumar ou não fumar nem considero relevante… tenho pena é dos cigarros caírem na boca em que caem, melhor seria que, intactos, virgens, viajassem pelos esgotos até ao Tejo e se espraiassem na baía de Cascais maravilhados com a paisagem.
Assim, pobres cigarros!

1 comentário:

Anónimo disse...

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