domingo, 18 de janeiro de 2009

SE FOSSE DE RAÇA BRANCA TAMBÉM “MARCHAVA”?

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IMPOTENTES PROTESTAM JUNTO À PSP NA AMADORA
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Quando um corpo ingere bebidas ou alimentos estragados pode morrer se não se souber defender ou não apareça quem o faça vomitar, é o que acontece com a PSP e restantes polícias, têm no seu corpo agentes estragados que prejudicam o organismo e se não os vomitarem nada mais se espera senão que morra. Uma polícia morta não nos serve nem merece que os contribuintes a mantenham no activo, sob pena de o mal se espalhar e a própria sociedade perecer naquilo que deve de ter de melhor, a justiça.

Existe uma versão perfeitamente credível de que o agente da PSP que, na Amadora, disparou sobre um jovem de 14 anos o executou. Que disparou a poucos centímetros da sua cabeça.

Alegam os que defendem uma PSP inapropriada para a realidade democrática e de Estado de Direito que o menor bramiu uma pistola adaptada contra o agente que o perseguia.

Se o agente se chegou tão perto para disparar a dez centímetros da cabeça do jovem foi porque já o tinha dominado, não poderia tê-lo desarmado? Sabemos que sim. Àquela distância só um paralítico é que não o faria. Apeteceu ao agente resolver logo ali o problema fazendo justiça pelas suas próprias mãos? Melhor será vomitá-lo. A esse a muitos outros que não devem estar a conspurcar a Instituição.

Correm comentários sobre o que aconteceria se o perseguido fosse de raça branca. As vozes pronunciam-se a favor de que se tinha roubado e por isso era perseguido… teria sido levado a tribunal e passadas umas horas estaria cá fora. Estas conclusões vox populi indiciam que naquela corporação policial existe também racismo? Será que os skinheads já lá estão? Se sim, é imperioso que a PSP seja vasculhada de alto a baixo e que os criminosos praticantes de inconstitucionalidades e de afrontas aos mais elementares direitos humanos sejam vomitados de uma vez por todas. Repare-se igualmente na GNR e restantes polícias, já agora e porque existem estranhos indícios de que os abusos policiais estão a caminho de imitar o Brasil neste exemplo tão negativo.

Diga-se e escreva-se o que se disser sobre este triste e condenável caso o que parece é que os ministérios que tutelam as forças da ordem nada fazem e deixam correr o marfim de modo a ser instituído no país polícias cujos crimes são tolerados… em nome do combate ao crime. Isso é intolerável para o país que temos e que queremos. Urge um vómito geral.

Sobre a vox populi: se o jovem fosse branco também “marchava”?

Complementando com uma notícia do Público:

PSP de Casal da Boba
Amadora: Manifestação de 500 pessoas
contra morte de rapaz de 14 anos acaba em violência
17.01.2009 - 17h39 José Bento Amaro, (com Lusa)

Pedras e sacos de lixo arremessados contra a esquadra da PSP de Casal da Boba, na Amadora, marcou o final da manifestação de cerca de 500 pessoas em protesto contra a morte de Kuku, o rapaz de 14 anos baleado por um agente da PSP durante uma perseguição policial no passado domingo, na freguesia da Falagueira.

As grades de protecção em redor da esquadra e as protecções nas janelas não inibiram que os projecteis entrassem no edifício, ferindo pelo menos uma agente, que acabou por ter de ser retirada da esquadra numa ambulância do INEM.

Comércio encerrado, por precaução, e muita tensão marcaram o ambiente deste protesto em que participaram António Pedro Dores, presidente da Associação Contra a Exclusão pelo Desenvolvimento (ACED), e o antigo aluno casapiano e advogado Pedro Namora que colabora com a ACED.

Segundo a agência Lusa, António Pedro Dores e Pedro Namora disseram aos jornalistas estarem presentes nesta manifestação em solidariedade com a família da vítima, tendo o primeiro criticado a falta de respeito das autoridades para com os familiares do jovem baleado não lhes dando qualquer tipo de informação sobre as investigações.

"Nós compreendemos bem a angústia da família perante uma situação dramática sem nenhum respeito das autoridades", disse António Pedro Dores aos jornalistas.

Segundo o dirigente da ACED, "a questão central é que se estão a matar pessoas".

Aludindo a informações divulgadas na imprensa, segundo as quais o tiro fatal teria sido disparado a cerca de 10 centímetros da cabeça do jovem, António Pedro Dores defendeu que os cidadãos portugueses independentemente da classe social a que pertencem devem ter "garantias" de que "coisas destas são para ser investigadas e julgados de facto".

Realçou ainda que existe na sociedade portuguesa uma "insegurança" relativamente à capacidade da justiça "fazer investigações sérias e chegar a conclusões".

Questionado sobre se tem algum elemento ou indício que lhe permita dizer que estão a tentar abafar este caso, António Pedro Dores rejeitou qualquer "teoria da conspiração", mas sublinhou que "a justiça em Portugal funciona mal a todos os níveis".

O mesmo responsável da ACED criticou também a forma de actuação policial nos chamados bairros problemáticos, considerando que muitas vezes este comportamento serve apenas para fins políticos de algum ministro "mais inseguro".

Pedro Namora disse aos jornalistas estar "solidário com esta luta que visa protestar contra a violência policial".

O advogado criticou o facto de alguns responsáveis políticos tentarem "identificar a violência com os negros e os ciganos".

"Mais de que um problema rácico é um problema das pessoas pobres", referiu Pedro Namora, alegando que se o tiro foi disparado a 10 centímetros da vítima isso "é claramente um homicídio e uma execução".
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Segundo o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP informou na altura, a vítima ameaçou a polícia com uma "pistola de calibre 6.25 mm adaptada".
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