sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O ANO DOS BURROS, COM MEDOS E MUITA TRAMPA

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Família a caminho das urnas de voto, carregando a lenha para se queimarem
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EANES SEM MEDOS

Eanes disse que somos um povo com medos, que até temos medo do medo. Eanes não tem medo de nada, como Ramalho que se preza. Mas Eanes tem razão e os portugueses também têm razão por ter medo. É que 99 por cento dos portugueses não confiam nos políticos que existem, que mentem, que os enganam e que os dominam a seu bel-prazer.

Eanes nem sequer deve entender esta linguagem por estar tão distante. É alguma ignorância que lhe possibilita não ter medo. Medo de quê? Medo, se ele está garantido, se faz parte do topo e até consta na história de Portugal, talvez com algumas história mal contadas.

"PORTUGAL ESTÁ BLOQUEADO POR MEDOS”, diz ex-presidente Ramalho Eanes

Portugal Digital

Eanes considerou a situação dramática para Portugal porque "o medo, crónico" bloqueia-lhe a abertura e a acção.

Lisboa - "A sociedade portuguesa é uma sociedade com medo dos medos. Medo pelo presente, medo do futuro, medo pelos filhos, pela sorte dos pais, medo pelo emprego, medo dos poderes políticos", disse o general Ramalho Eanes, ex-presidente de Portugal, na conferência que proferiu, terça-feira (10), no Instituto de Defesa Nacional, em Lisboa.

Ele considerou a situação dramática para Portugal porque "o medo, crónico" bloqueia-lhe a abertura e a acção, noticia hoje o jornal português Correio da Manhã.

Sob o tema ‘Contributos para uma Estratégia Nacional’ e perante autoridades governamentais e militares, o primeiro Presidente da República eleito democraticamente em Portugal após a Revolução dos Cravos, em 25 de Abril de 1974, abordou a situação política e económica do país e os factores da ‘crise permanente’ que a todos afecta.

Eanes disse que "em Portugal nunca foram correctas as relações entre o Estado e a sociedade civil' e mostrou-se crítico em relação à União Europeia porque se mostrou "incapaz de contribuir, com relevância (...), para muitas crises económicas dos últimos 30 anos".

Segundo Ramalho Eanes, "sem projecto bem definido, sem um grande propósito mobilizador de unidade – ser uma grande potência entre as potências, uma ‘potência tranquila’ e civilizadora –, a UE é em política externa senão ausente, pelo menos enferma de preocupante atonia".

“Ê CÁ, SE FOSSE POLÍTICO BORRAVA A CARA DE MERDA!”

E cá pelo Alentejo da nossa alma um alentejano letrado agarrou-se a esta notícia que publico a seguir. Notícia que diz que “99% dos portugueses desconfia dos políticos”, vinda no Jornal de Notícias de ontem (12).

Andou com ela às voltas, mirou-a, remirou-a, só então quebrando o mutismo: “Ê cá, se fosse político borrava a cara de merda e nem saia de casa só de ler esta notícia!”, exclamou.

Depois de mais uma prolongada meditação lá se saiu com mais: “Ora até “quenfim” que fico sabedor de que os portugueses são mesmo estúpidos e que vão sempre votar naqueles em que não confiam.”

E depois de mais uma pausa: “Ora então este vai ser o ano dos burros a triplicar. Pois se vão haver três eleições este ano e eles vão votar em quem não confiam, ficamos sabendo que em vez de 8 milhões de portugueses votantes vamos ter quase 24 milhões de burros!”.

Depois do aprontamento e feitura de um cigarro: “Eh, tanta trampa! Oh compadre António, mas onde cabem tantos burros neste país?”

Passo-vos a pergunta. Quem souber que responda. Só espero que não desatem todos a cagar, quando não este país fica a cheirar mal demais. Disso também tenho eu medo.

99 POR CENTO DOS PORTUGUESES DESCONFIA DOS POLÍTICOS

Jornal de Notícias – 12.02.09

Os bombeiros são os profissionais que mais confiança inspiram aos portugueses, ao contrário dos políticos, que conquistam apenas uma em cada 100 pessoas, segundo um estudo feito a mais de 10.500 assinantes da revista Reader's Digest.

O estudo, feito anualmente desde 2000, avalia as marcas e profissões em que as populações de 16 países europeus mais confiam e tem uma margem de erro de 3,4 por cento. De acordo com as conclusões do "European Trusted Brands 2009", os bombeiros, os pilotos de aviação e os farmacêuticos são as profissões mais confiáveis, conquistando todas mais de 9 em cada 10 portugueses.

No pólo oposto encontram-se os políticos, que mereceram a confiança de 1 em cada 100 inquiridos e os vendedores de automóveis, em quem confiam 10 em cada 100 portugueses.

Da lista das profissões menos confiáveis constam ainda os jogadores de futebol (com 15 por cento), os líderes sindicais (com 17 por cento) e os advogados, que conquistam quase um quarto (24 por cento) dos portugueses.

Ao contrário das profissões ligadas à Saúde (farmacêuticos, enfermeiros e médicos), tidas como das mais confiáveis - assentando nas terceira, quarta e quinta posições da lista -, os ofícios ligados à Justiça são vistos com desconfiança.

Além dos advogados, que ocupam a 15ª posição de uma lista de 20, também os juízes se situam entre os menos confiáveis (13º) e até os polícias não passam do oitavo lugar, com apenas 64 em cada 100 a confiarem na profissão.

Exactamente a meio da lista, no 10º lugar, ficam os padres, com metade dos inquiridos a dar-lhes crédito, atrás dos meteorologistas (62 por cento), dos professores (81 por cento) e dos agricultores (83).

Os padres ficaram, no entanto, à frente de taxistas (43 por cento) e de jornalistas (36 por cento).

Os políticos também foram os profissionais em que os portugueses perderam mais confiança nos últimos 5 anos, já que 75 por cento dos inquiridos admitiram confiar menos nessa profissão hoje do que em 2004.

Entre os que mais perderam a confiança dos portugueses contam-se também entidades como o Governo, além de presidentes de multinacionais e a publicidade.

Por outro lado, os ambientalistas, a Internet, os professores e os médicos ganharam a confiança dos portugueses, melhorando as suas posições em relação há 5 anos.

Na lista das marcas em que os portugueses mais confiam não houve alterações significativas em relação ao ranking do ano passado, dela constando empresas nacionais como a TMN, a Galp, a Delta, a Caixa Geral de Depósitos e a RTP1.

A lista inclui ainda as marcas portuguesas Abreu, Sapo, Sagres, Continente ou CTT e as estrangeiras Mercedes-Benz, Nokia, Canon ou Ben-U-Ron.

Realizado entre 17 de Setembro e 28 de Novembro passado, o estudo analisou os níveis de confiança nas marcas em 37 categorias, das quais 20 são comuns ao todos e, no caso de Portugal, 17 são especificamente adaptadas à realidade nacional.
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2 comentários:

Anónimo disse...

"Pai com apenas 13 anos de idade"

Verissimo!

Quando li esta noticia, pensei que estavam a falar no macho da Francisca, la do monte.

Ze da Labia

Cristian disse...

Eu acho que a única maneira de ter sucesso é um país com confiança se os políticos não têm profissionais confiáveis ou não confiáveis provavelmente não está fazendo as coisas direito e não sair antes de um rápido.