segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

OS CAVALOS DA GNR VOLTARAM A ATACAR? ISSO, ERA ANTES!

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ESPEREMOS QUE A JUSTIÇA E A DIGNIDADE SEJAM REPOSTAS

Seja preto, branco, amarelo, mulato, cor-de-rosa, azul, vermelho ou de todas as cores do arco-íris, seja planta, ponte, poste, móvel ou imóvel, seja cão, gato, porco, vaca, cabra, burro, leão ou saguim, seja vivente ou inerte, vivo ou morto, merece sempre o respeito dos que se dizem seres racionais, respeito e trato adequado.

Por causa desta contenda que vai aqui (ver Timor Lorosae Nação) sobre a actuação da GNR no Carnaval de Díli parece que afinal a vedeta do Carnaval foi a GNR, pela negativa. Isto porque um elemento de comando (?) não se mostrou racional nem guardou o respeito aos foliões, às pessoas, nem cumpriu as normas mínimas de decência humana de que não se agride uma pessoa quando já está no chão ou quando está algemada. Um ser racional, decente, é o que deve fazer, ainda mais se for um(a) agente da autoridade e não da “autoridade”.

Esta peripécia desagradável com alguns da GNR em missão em Timor mascarada de boçal, prepotente e cobarde, incomoda os que ao longo dos anos, desde a meninice, viram, em Portugal, nos agentes da GNR os “cavalos”, os “69” (cavalo sobre cavalo) que deitavam os portugueses ao chão por nada e os pisoteavam, esmagavam, com os cascos dos cavalos que montavam – era um cavalo montado noutro, pejorativamente, claro).

Pois era. Só que isso acontecia antes de 25 de Abril de 1974, em Portugal. A GNR era uma força de repressão impressionante ao serviço do regime fascista. Havia cavalgaduras nos seus quadros, nos seus comandos na sua “recrutagem” que quase não via uma letra do tamanho de um comboio e que era estupidamente servil a Salazar. Isso, foram outros tempos, que nos ficam na memória principalmente quando somos garotos ou bastantes novos. É a agressão gratuita de bestas mal formadas que sentem prazer em “malhar” nos outros, fora do racional. Isso, foram outros tempos. Tempos que não queremos que voltem. Para que isso não aconteça, o descontrole, a preparação dos agentes de autoridade, dos agentes policiais, deve ser soberba e não facilitada em nada. É uma profissão ingrata… mas foram os próprios que a escolheram e até se souberem ser correctos a profissão não será tão ingrata quanto possamos julgar.

Pelas descrições do que aconteceu em Díli os “cavalos” da GNR voltaram a atacar e a exorbitar as suas competências por falta de contenção e sabedoria no exercício da sua profissão. Também são pessoas, pois são, mas com a importante profissão de zelarem pelas outras pessoas e no caso não parece que existissem outras pessoas em risco, somente um ou dois foliões mais apaixonados ou desobedientes que deviam ter sido controlados em conformidade com as normas aprendidas pelos para-militares desde a instrução, a não ser que na instrução os ensinem a “malhar” gratuitamente, selvaticamente. Isso não é crível. Foi mau desempenho e agora devem ser apuradas responsabilidades e retirar os que não sabem cumprir a função de proteger do contacto com as pessoas e puni-los, nem que seja recambiando-os para que não deixem o nome da GNR manchado e muito menos o nome de Portugal.

Neste caso a tarefa compete aos superiores hierárquicos directos e indirectos, não há que facilitar. Aos portugueses, como eu, custa bastante saber que estamos muito mal representados por dois ou três cobardolas incompetentes que “malham” em pessoas que estão derrubadas e imobilizadas. É uma agressão selvática e mais que ilegal, mas principalmente desumana e a antítese de proteger os cidadãos. Nem que os agredidos fossem terroristas, se estavam imobilizados tudo o que for agressão é disciplinar e criminalmente punível.

O intendente Luís Carrilho, da PSP, que vai ou já está a comandar a UNPOL, que sabe e sempre soube representar muito bem Portugal e as polícias portuguesas já tem o que fazer. Não é admissível que forças policiais portuguesas tratem seres humanos conforme as narrações que temos aqui recebido na Fábrica, nos comentários e por email. Mesmo dando algum desconto ao que relatam é evidente que houve excesso de procedimentos incorrectos que devem ser encarados, reflectidos e punidos. Cidadãos de país nenhum querem ter tão maus representantes em missão noutros países, muito menos em país irmão, muito menos a malhar em irmãos nossos da lusofonia. Urge apresentar-lhes desculpas e se os superiores hierárquicos não o fizerem, nem o ministério da tutela acompanhar o incidente como deve, então está aberta a porta para a má fama, para o denegrir injusto da maioria dos bons profissionais de GNR que nos têm representado em Timor-Leste e de que nos temos orgulhado.

A esperança é a última a morrer, esperemos que a justiça e dignidade sejam repostas.

Nota: Por favor, deixem-se dessas coisas de portugueses, brasileiros, timorenses, morenos, louros, etc. Não se trata disso mas sim de in-com-pe-tên-cia e da importância que as pessoas merecem, incluindo os GNRs.
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1 comentário:

Anónimo disse...

O que é de lamentar é que quem escreve estas noticias aqui ainda acredita no pai natal, sem factos so porque alguem disse la vai esta besta criticar a gnr. so nao o faz a psp porque tem la cunha. O anornal de merd@ vai trabalhar e deixa os outros sossegados.