quinta-feira, 23 de abril de 2009

TIMORENSE DOS QUATRO COSTADOS… E DA FRETILIN!

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Meus primos

MAS QUE GRANDE ALEGRIA! E QUE COMEMORAÇÕES!

Tenho estado ausente, pois claro que tenho estado ausente, ando a comemorar. Imaginem que sou cem por cento timorense e não sabia. Mas que alegria me deram!

Provavelmente ainda sou descendente directo do Rei de Atsabe, que uma vez não se estatelou no pó da estrada de Taibessi porque o aparei, amparei, apanhei, e levei com a cabeça do rei mesmo nos lábios que até se puseram logo como os do Gungunhana. Isso porque ele escorregou de cima do kuda, que é um cavalo subalimentado e minorca, porque já tinha bebido tuaka a mais, não podendo por isso participar no desfile de cavalaria comemorativo do 1º de Dezembro – data em que, em 1640, os portugueses expulsaram os espanhóis que tinham ocupado Portugal. Mas o que é que os timorenses tinham que ver com aquela data! Tão longe e a comemorarem a expulsão dos espanhóis, a restauração do reino de Portugal, em mil novecentos e troca o passo. Irra que é demais! Fez muito bem o meu rei em se empielar com tuaka da fortíssima. Uma bomba! Tau!

Pior foi cair do kuda. Pior para mim, já se vê. Tenho a impressão que o kuda também estava meio com os copos, ou púcaros – sim, porque eles bebiam nuns púcaros de alumínio reforçado, não fosse pôr-se às dentadas àquilo e adeus púcaros.

Pois, mas todo este verborreio porque descobri que sou timorense! E mais nada! Só estou para saber é porque razão fui dar a Portugal e disseram-me que nasci em Lisboa num bairro todo snob – porque era fino nascer em casa, com médico e parteira… e o pai a fumar que nem uma besta. Ainda hei-de de descobrir este mistério. Como terá sido tudo isto?

Quem me afirmou peremptoriamente que sou timorense foi uma alma caridosa, um irmão, que escreveu nos comentários do TLN a meu propósito, disse ele que eu era timorense e que era da Fretilin, sou da Fretilin, pelos vistos e sem saber, e que dei uma lista… Para o quê é que já não me lembro, mas era coisa má…

E depois veio outro, também nos comentários que escreveu: “Veríssimo é da Fretilin? É timorense? O Veríssimo deu uma lista de timorenses? Mas o Veríssimo é português! Como é que você faz isso? Pelo escrito, aldrabão é você!” E foi nesta parte que a conversa azedou lá nos comentários.

Mas, afinal, quem tem razão é o da primeira intervenção. Eu sou, de facto, timorense. O irmão que afirmou isso não é aldrabão, coisa nenhuma!

Aquela gente deprecia-se e dá-me um trabalho dos diabos a corrigir o que escrevem. Os tipos são tão poupadinhos que não escrevem com assentos! É tudo à balda e nós que adivinhemos. Que coisa!

Usam até a auto depreciação na escrita, pelo menos. Por exemplo, quando escrevem “Eu fui à caça.” Não. Em vez disso dizem que foram à merda! “Eu fui a caca.” É como escrevem. Bolas! Mas que falta de auto estima!

De auto estima e de higiene. Imaginem que escrevem que têm cagado em casa, quando deviam de escrever que têm cágado em casa. Um animal de estimação, bem giro, principalmente quando está escondido, a hibernar.

Por causa dessas hibernações é que descobri que sopa de cágado é muito boa. Tive um cágado que hibernou na panela da sopa e olhem… cozeu… Bem, deu um sabor tão bom à sopa! Passei a fazer sopa de cágado de vez em quando. Um pitéu!

Agora reparei que este corrector automático, dicionário, ou lá o que é, também é educado demais, o tipo não reconhece a palavra merda. Quero dar-lha e ele recusa. Que pudico. Deve ser beato da sacristia. Falso moralista.

Voltemos ao timorense. Ora quando o tal leitor e comentador do TLN afirmou que eu era timorense e até da Fretilin corri à Torre do Tombo para ver a documentação existente que me conduzisse ao que ele afirmava. E lá estava. Era de facto timorense. De facto!

Claro que quando acabei a pesquisa estava exultante, felicíssimo. Pronto, fui comemorar. Comemorei tanto que só agora é que comecei a atinar com o computador, com as teclas e todas estas coisas informáticas…

Ops! Reparei agora que tenho o monitor ao contrário. De facto as letras e tudo o mais estava a parecer-me estranho… Deixem-me cá endireitar isto.

Olhem, não escrevo mais. Já expliquei. Sou timorense… e da Fretilin, a charneira e o miolo da resistência aos invasores indonésios, pronto. Para mim tudo isso é uma honra!

Tanta conversa para dizer isto. Também, do que é que estavam à espera?!
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1 comentário:

Anónimo disse...

Verissimo

Se es de Timor, entao aqueles sao irmaos, nao sao primos.
E tambem sao do principio dos anos 70 pois ja calcam botas.Antigamente era so mano fulun nas pernas.

eheheheh

Ze da Labia