sábado, 29 de agosto de 2009

A DONA MANUELA QUER MUMIFICAR O QUE RESTA DOS PORTUGUESES

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VAMOS ESCOLHER O SALAZARISMO MAIS RETINTO DESDE 1974?

Poderá não parecer mas tenho acompanhado o que se passa em Portugal. O triste espectáculo é imperdível. Por vezes penso se não teremos regressado a 40 anos atrás, ao ver tudo e tantos tão cinzentos, falo de Cavaco, um cinzentão carregado e tétrico presidente, de Manuela Ferreira Leite, de todos que rodeiam estas duas tristes e horripilantes figuras da nossa política, que apesar de terem um passado vergonhoso nas suas actuações políticas por ai continuam tal qual gatos pingados que nos acompanham morbidamente no funeral, levando-nos até à cova para se certificarem de que de lá não saímos. É demais!

Não me refiro aqui ao outro mórbido Paulo Portas, o Sebastião do CDS-PP, o das Feiras e da manipulação à Hitler New Profile. Se lhe dessem poder absoluto veriam o que quero dizer.

Alguma cor tem mostrado a rosa do PS, uma rosa da cor dos Camisas Castanhas das corporações que o conduzem para onde lhes convém, neste momento está entregue a uma máfia que nem conseguimos definir bem qual é, mas que é máfia disso não duvidamos. Temos visto e experimentado, para mal dos nosso pecados.

Dos outros partidos… (à esquerda). Mas o que dizer dos outros partidos? Nham, nham, nham, nham, pátátiti-pátátá… Dali não saem. Encalharam. Uns estão encalhados em teorias válidas mas que devem sofrer uma actualização radical, caso do Marxismo, outros prenderam-se nos limos de uma Internacional qualquer (já nem sei qual), que nem é carne nem peixe. Ouvir estes tipos falar é uma grande seca. Imaginação e inovação, precisamos!

Existem uns quantos partidos novos, nem sei bem quantos. Como não os analiso pelas bitolas da esquerda ou da direita, estou nas tintas para isso, busco o que propõem. Desculpem lá, mas são tão parcos daquilo que é importante, que acho que devem crescer para aparecer. Amadureçam e digam ao que vêm, é que parece que aquilo que pretendem é alguns lugares lá na AR e depois o resto vai às urtigas, como o Bloco de Esquerda tem feito. Não, desse look os portugueses já deviam estar fartos, mais para sustentar, nem pó!

Só um parêntesis: Quando é que se decidem a reduzir em 40 por cento o número de deputados na AR? Estamos em crise mas a inflação de parasitas não é afectada? E quando é reduzido o que recebem? E as mordomias não vão ser reduzidas? E o tempo de contabilização da reforma dos deputados não é aumentado porquê? É só para nós? Nós, os ursos que sustentam esta chulice toda e que até parece que andamos anestesiados. Ouvimos a esquerda fazer propostas dessas? Não! E a direita? Também não! Mas entretanto falam em nome dos interesses do povo!

Porque não mandamos bugiar estes hipócritas?!

Mas, digamos “aleluia”. Portugal vai rejuvenescer no salazarismo mais retinto que pós 25 de Abril de 1974 alguma vez vimos. Isso, se Manuela Ferreira Leite vencer as próximas Legislativas. Com Cavaco na presidência da República e com Manuela Ferreira Leite em primeira-ministra o melhor será emigrarmos. Fugir.

A senhora Manuela preconiza desfazer-se do Estado, alienar os bens de Portugal e deitar o social às urtigas. Vender a Segurança Social, vender tudo para que haja menos Estado e mais exploração, e menos garantias sociais, e mais ricaços portugueses a ingressar no top da Forbes, a revista dos mais ricaços do mundo. A dona Manuela é um Cavaco de saias. Pronto, vamos juntar aqueles dois? Pois sim, se queremos acabar com isto, com o que resta de bem em Portugal, entreguemos. Mas depois não se venham queixar.

O dilema é… Mas em quem devemos votar? Em nós, nos que produzem e são sistematicamente explorados, nisso estão incluídos os que trabalham, os que andam à procura de trabalho mas não encontram, os que já trabalharam e agora merecem uns anos de repouso na antecâmara da viagem final, os empresários pequenos e médios com provas dadas, os grandes empresários que já provaram perseguir o mais justo possível para os que com eles colaboram – há desses, há – e todos que não estão para sustentar estes clubes de partidos políticos que não passam de associações de malfeitores, de penduras, de chulos dos milhões que se produz.

O que fazer? Estou como o outro. Escolhamos dar-lhes uma lição. Porque não aderir ao movimento que defende a inutilização dos boletins de voto? Votemos nulo! E depois? Depois logo se vê. Pode ser que a parasitagem se aperceba de que afinal não somos tão parvos quanto isso e que vão ter de fazer as malas. Votar assim, pelo menos, dará para aquilatar sobre a nossa consciência política e será um sinal para os que nos têm vindo sistematicamente a enganar. Importa saberem que estamos fartos, que não queremos continuar assim, que não os queremos mais a cimentarem-se nos Poderes que nos tramam e estão a fazer deste país um coio de bandidagem de colarinhos brancos!

Era muito interessante que em Portugal, os portugueses, conseguissem de uma vez acertar agulhas. De certeza que fosse quem fosse posteriormente eleito, em outras e repetidas eleições, como está legislado, ficaria a saber que os tontos afinal não o são tanto quanto julgam.

Claro que não podemos acreditar que os portugueses sejam capazes de perceber o alcance de uma atitude destas e pô-la em prática, mas sonhar não custa. Melhor isso do que ter pesadelos com uma múmia e saber que Manuela Ferreira Leite vai mumificar o que resta dos portugueses. Essa não, por favor. Pior que Sócrates, só ela!
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