quarta-feira, 5 de maio de 2010

BENTINHOS

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OLHÓS BIRA BENTOS!

Por ANTÓNIO VERÍSSIMO

Bento XVI vem aí. O país pára. Porquê? Mas quem é este Bento para fazer parar um país? Tolerância de ponto que significa balda? Não há escolas? Cortes de ruas? De limitação de circulação de trânsito? Que adulação mais estúpida e exacerbada é esta? Será porque este Bento é o tal que está a ser acusado com legitimidade (pelo que se sabe), de ser um protector de eclesiásticos pedófilos? Mas, então, porque não parou o país quando soube dos que encobriam os pedófilos da Casa Pia? Ao menos esses eram de cá da “casa”. Eram e são. E, olhem para eles. Todos em paz e a gozar da santa impunidade. O demorado julgamento foi mesmo só para tapar olhos. Dá em nada ou quase nada. Quem foi abusado que se lixe! Como acontece com este Bento que vai chegar. Claro, as crianças abusadas que lixem!

Um Bento é um consagrado? Se Bento é isso, vamos ali e já voltamos. Consagrado, benzido. Só se for com esperma de pedófilos. Esta é pesada, que é para acordar. Pode ser que sim. Um milagre fazia jeito.

E não têm estes políticos vergonha de andar a voltar atrás? A comportarem-se como Salazar? Portugal, o país dos três efes. Fátima, futebol e fados… A alienação. Que nem é o F de fado. Fado é destino. É a nossa canção por dores de que padecemos. Por F de fome, F de fornicados que estamos, F de furiosos… e mal pagos. Tantos efes que aqui se aplicavam. F de fantoches, que é aquilo que vimos nos políticos que cedem às exigências dos grandes lobies, como a dita igreja de Bento. A igreja, em si, não terá grande maldição. As religiões são no que dão. Os Bentos, esses, têm com toda a certeza maldição com eles. Há Bentos terríveis. Sacrílegos. S. Bento, por exemplo. Catedral onde vimos alegados representantes dos eleitores protegerem outros interesses, que não os dos eleitores. Isso prova-se comparando o que prometem com aquilo que realizam.

E o país pára. E, apesar da crise gastam-se milhares, centenas de milhares de euros (1 milhão)para receber este Bento. E a crise? Já não há crise? Milagre? A crise segue dentro de momentos. Agora não, porque para os Bentos não há crise. Sem crise. Essa é para nós e só para nós, os pecadores. Eternos pecadores. Eles podem ser pedófilos, encobridores de pedófilos, corruptos passivos e activos, charlatães, trafulhas, incumpridores, etc. Mas os excomungados somos sempre nós. Que crise.

E, pategos, lá vão aos milhares ulular ao Bento, aos Bentos. Trouxas. Bentinhos. Que venham os Bira Bentos, do Bulhão e de todas as partes do país.
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3 comentários:

Anónimo disse...

Coitado da linguagem dum educado do séc. XXI, como o do senhor António Veríssimo.

Anónimo disse...

Mais uma ansenira deste sujeito!...

Anónimo disse...

Muito bem observado. Educadinhos e a papar as criancinhas... e depois benzem-se e rezam 1 avé maria e 2 pais nossos. Hipocritas pedofilos.