Somos um país cúmplice de criminosos globais e isso tira o sono a qualquer indivíduo que tenha por principio a paz e o respeito à vida. Além do mais quando implicitamente represente carga negativa a queda na realidade que mostra que se somos portugueses jamais podemos deixar de o ser. Usemos ou não truques administrativos, mesmo que nos naturalizemos de outras nacionalidades… Jamais conseguimos deixar de ser portugueses. É como alcatrão que se agarra à pele e nos acompanha até à cova ou até ao forno crematório. Assim acontece com a naturalidade portuguesa como com outras. Jamais nos livramos disso.
Como se não nos tivesse bastado em história recente determinadas chacinas e massacres do exército e policias portuguesas nas ex-colónias, eis que presentemente e desde há dezenas de anos fazemos parte do exército global que assassina civis e outros sem olhar a quem por quase todo o mundo. De seu batismo NATO ou OTAN, braço armado da defesa dos interesses dos EUA, de Inglaterra, França e Alemanha – estes últimos com cartas de principais lacaios, e com os criados para todo o serviço e aceno permanente de cabeça outros países, entre os quais Portugal.
É essa mesma NATO que anda mundo fora a assassinar civis a eito, classificando essas suas hediondas ações de Danos Colaterais. A coberto de uma organização chamada de tratado do atlântico norte a NATO vai ao fim do mundo matar quem estiver no seu caminho em bombardeamentos aéreos ditos de enorme precisão mas que levam sempre vidas inocentes de civis de modo indiscriminado. Os tais Danos Colaterais. Assassínios é o que cometem. Assassinos são o que são os generais e os pilotos nojentos das grandes máquinas voadoras e sofisticadas da NATO. Indivíduos sub-humanos – já que estão tão recheados de desumanidade e tão robotozidos.
Os casos de assassinatos de civis por pilotos da NATO vem de há muito. Avulso lembremo-nos um comboio com mais de uma centena de pessoas – mulheres, homens, crianças, novo, velhos… Foi na guerra no leste europeu com a Sérvia… Mas a vidas roubadas pela NATO, vidas de civis, explana~se por todo o lado onde capricha nas suas ações terroristas – a não ser que matar civis inocentes não seja terrorismo. Bem, mas para uns açõe desse género é terrorismo e se for práticas da NATO não é?
E lá temos o terrorismo no Afeganistão, no Iraque, na Líbia… Tudo com o selo de garantia dos EUA, principalmente coadjuvados pelas mini-potências europeias – Inglaterra, França e Alemanha.
Os norte-americanos, as elites, os generais acowboiados, as sucessivas administrações e um número razoável da população robotizada decerto que dormem na paz dos anjos, independentemente de terem no seu historial de mortandade e de invasões de outros países muitos milhares de mortes de inocentes. O mesmo parece estar a acontecer com os ingleses, os franceses e… os alemães (cuidado com estes e com a exumação de um Hitler que para uns quantos já tarda em reaparecer).
Mas, e os portugueses estão a dormir sem pesadelos? Parece que não. E não é só por causa da Crise Nacional. Quer parecer que lá bem no fundo do subconsciente moram culpas por Portugal fazer parte de uma organização ao serviço dos EUA que anda a assassinar civis inocentes a eito em nome da “paz”, da “democracia”, da “ajuda humanitária” e de todos esses epítetos hipócritas empregues por militares e políticos que são principais autores dos crimes contra a humanidade. Por vezes de modo muito mais efetivo que aqueles que denominam de terroristas. E são, são terroristas. Uns e outros. Terroristas são todos aqueles, pessoas, organizações ou países, que aterrorizam as populações. A NATO também.
A subserviência da ONU e do seu Secretário Geral Ban Ki-moon, o Conselho de Segurança (terrorista), todos os que de algum modo são a elite daquele circo e estão venerandos, obedientes e agradecidos aos EUA, decerto que também dormem que nem Paxás. Por isso deliberam intervir aqui e ali. Agora na Líbia. Quantas vidas de inocentes já ceifaram? E dormem descansados, os da ONU? Também?
Sabemos que Kadafhi é um monstro. Sabemos que alberga no seu grupo próximo outros monstros que o servem e se servem. Sabemos que são grandes assassinos. Sabemos que os líbios têm uma vida sob ditadura. Mas não tem sido os EUA e seus comparsas criminosos de outros países europeus que têm apoiado o ditador Kadafhi? A esse como a muitos outros ditadores pelo mundo fora? Quem tem apoiado os ditadores africanos? Os EUA e aliados. Tal qual como a Rússia e a China. Mas esses, segundo é dito no ocidente têm democracias muito dúbias. E têm. Pois têm. Mas o ocidente também tem espécies de democracia muito dúbias. Tão dúbias que manipulam os cidadãos e andam por aí a assassinarem civis inocentes a eito sem que os seus cidadãos os questionem e impeçam. Sem que lhes exijam que usem estratégias inteligentes e pacificas para levar a justiça e a democracia aos outros povos. Que é o que pretextam os EUA querer levar aos afegãos, aos líbios, aos iraquianos… Pretextam e mentem.
Os EUA deviam de ter vergonha por uma vez das horrendas ações que tem praticado contra os povos da América do Sul. Logo ali no seu “quintal das trazeiras”. Mas disso Obama demonstrou não se envergonhar. Ainda agora, há dois meses, em périplo por vários países sul-americanos se recusou apresentar desculpas aos povos pelas políticas dos seus antecessores criminosos. São centenas de milhares no Chile, no México, no Brasil, no Peru… Tantos. Crimes hediondos e apoios descarados aos ditadores assassinos. Ainda hoje a política dos EUA ali, naquele continente – como nos outros – vai nessa direção: apoiar ditadores com aparência de democratas. Em Angola temos Eduardo dos Santos, próximo da lusofonia… Muitos outros existem por todo o mundo. Agora mesmo na administração Obama.
Obama foi uma esperança. Quase todos o encarámos com carinho. Iludidos. Até foi galardoado com o Nobel da Paz sem ter feito um mínimo de esforço por isso – o colégio Nobel anda há muito ao sabor do estapafúrdio e não acerta uma. Agora vimos e sentimos que afinal está ali um Obama homem da guerra. Tão vil e tão cobarde quanto muitos dos seus antecessores. Alguém que assume representar o polícia, o juiz, o carrasco e o cangalheiro sem problemas de consciência. Vindo logo em seguida, se necessário, evocar justiça, direitos, democracia, liberdade… Um escroque. Mais um, a juntar aos que na Europa o são há muito. Quase todos eleitos e consentidos pelos povos ocidentais, os da NATO.
De Portugal recordo Durão Barroso e as mãos sujas que mantém por via do Iraque e de todo o apoio, mentiras e omissões que proporcionou a Bush, outro criminoso… Mas em Portugal há muitos mais destes recos de focinho achatado que não se cansam de chafurdar em busca de seus interesses pessoais e exacerbadamente egoístas. Durão Barroso, por exemplo, nunca imaginou vir a ser tão bem “pago” pela sua ação de apoio ao terrífico e nefasto Bush. Foi-se Bush e agora sobra um Obama. Os genes de mentes criminosas não escolhem a pigmentação das peles. As peles são apenas as capas de invólucros de aspeto humano… Imensas vezes desumanos.
Paz. Queremos paz para os povos. Na ONU resolvam as diferenças pelo diálogo ou em duelos entre eles, os das elites. Os sabujos que decidem a Guerra com a maior das displicências e segundo as conveniências, opções e decisões dos EUA. Um nariz de palhaço em Ban Ki-moon seria uma grave ofensa para os palhaços. Algo achatado e próprio para a chafurda decerto que lhe assenta bem, só que tem de ser invertebrado, rastejante, como Ban e outros dos séquitos.
E eis então, nesta longa prosa, que chega a hora de mostrar a NATO no seu vocacional sentido de defensora das liberdades, da democracia, da justiça… Tudo tangas. Mais uma demonstração do desprezo pelas vidas dos cidadãos plebeus, ainda mais quando usa os seus resquícios racistas e desprezíveis.
A notícia é do The Guardian e vem colada já a seguir. Mais uma ação terrorista da NATO sem disparar um tiro. Mais uma mostra da sua propensão para desprezar as vidas de inocentes e indefesos cidadãos do mundo. Bem pode agora a NATO desmentir que essa tem sido a sua desprezível vocação. Bem pode agora vir manipular aqui e ali, por todo o mundo… Claro que os do The Guardian não são loucos, nem anti NATO, e as fontes deles também não. O que podemos admitir é que haverá no plantel militar da NATO generais e outras patentes importantes ou menos importantes que são loucos mascarados de mentes sadias e humanas, justas e democráticas. Quando estes se juntam com políticos do mesmo calibre – que é o que não falta – estamos tramados. Que é o que os povos estão. Tramados e sem poder dormir em paz. Dormimos quando morrermos. Graças à NATO e aos Obamas. Será o sono dos justos e injustiçados.
Notícia do jornal britânico "The Guardian" acusa aliança de não socorrer migrantes africanos
NATO nega ter deixado morrer migrantes no Mediterrâneo
A NATO desmentiu “categoricamente” a acusação, feita pelo jornal britânico "The Guardian", de ter deixado morrer de 61 migrantes africanos, que foram deixados à sua sorte num barco no Mediterrâneo, depois de alertarem a Guarda Costeira italiana e terem passado por um porta-aviões da Aliança Atlântica.
Segundo o diário britânico, a embarcação com 72 passageiros, incluindo mulheres, crianças e refugiados políticos, tinha saído de Trípoli, Líbia, para a ilha italiana de Lampedusa quando se viu em apuros. Fizeram soar alarmes, pediram ajuda da guarda costeira italiana e tentaram contactar um helicóptero militar e um navio da NATO... mas não houve qualquer tentativa para os socorrer.
Depois de 16 dias, 68 dos ocupantes do navio estavam mortos. Onze chegaram a terra, mas dois morreram pouco depois. Nove sobreviveram para contar a história. “Todas as manhãs acordávamos e encontrávamos mais corpos. Deixávamo-los no barco durante 24 horas, e depois atirávamo-los ao mar”, contou Abu Kurke, um dos sobreviventes. “Nos últimos dias, já não nem sabíamos quem éramos.. Todos estavam a rezar, ou a morrer.”
Lei marítima obriga a ajuda
Depois de 16 dias, 68 dos ocupantes do navio estavam mortos. Onze chegaram a terra, mas dois morreram pouco depois. Nove sobreviveram para contar a história. “Todas as manhãs acordávamos e encontrávamos mais corpos. Deixávamo-los no barco durante 24 horas, e depois atirávamo-los ao mar”, contou Abu Kurke, um dos sobreviventes. “Nos últimos dias, já não nem sabíamos quem éramos.. Todos estavam a rezar, ou a morrer.”
Lei marítima obriga a ajuda
“Houve uma renúncia da responsabilidade que levou àmorte de 60 pessoas”, acusou Moses Zerai, um padre eritreu em Roma que dirige uma organização de refugiados e que esteve em contacto com o navio pelo telefone satélite da embarcação, enquanto a bateria deste durou. “Isto é um crime, e um crime não pode ficar sem castigo só porque as vítimas eram migrantes africanos e não turistas num cruzeiro.”
A lei internacional marítima, sublinha o "Guardian", obriga a qualquer navio, incluindo unidades militares, a prestar auxílio a outras embarcações em dificuldades sempre que possível. Uma porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os refugiados pediu mais cooperação dos navios comerciais e militares. “O Mediterrâneo não se pode tornar no Wild West”, comentou Laura Boldrini. “Os que não ajudam as pessoas não podem continuar impunes.”
As revoltas e instabilidade em países do Norte de África levaram a um aumento do número de pessoas que tentam chegar à Europa de barco – nos últimos quatro meses, acredita-se que 30 mil migrantes tenham tentado atravessar o Mediterrâneo de barco. Muitos morreram.
Ninguém admite contacto com barco
A lei internacional marítima, sublinha o "Guardian", obriga a qualquer navio, incluindo unidades militares, a prestar auxílio a outras embarcações em dificuldades sempre que possível. Uma porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os refugiados pediu mais cooperação dos navios comerciais e militares. “O Mediterrâneo não se pode tornar no Wild West”, comentou Laura Boldrini. “Os que não ajudam as pessoas não podem continuar impunes.”
As revoltas e instabilidade em países do Norte de África levaram a um aumento do número de pessoas que tentam chegar à Europa de barco – nos últimos quatro meses, acredita-se que 30 mil migrantes tenham tentado atravessar o Mediterrâneo de barco. Muitos morreram.
Ninguém admite contacto com barco
Este barco tinha saído de Trípoli a 25 de Março levando 47 etíopes, sete nigerianos, sete eritreus, seis ganeses e cinco sudaneses. Havia 20 mulheres e duas crianças pequenas – uma delas tinha apenas um ano.
No caminho para Lampedusa, quando estava no mar há apenas 18 horas, a embarcação começou a ter problemas e a perder combustível.
O “Guardian” reconstruiu a história com base em testemunhos dos sobreviventes e pessoas que estiveram em contacto com o barco. Os migrantes começaram por contactar o padre Zerai, que alertou a guarda costeira italiana – que lhe assegurou que tinha dado o alarme e que as autoridades estavam a par da situação.
Um helicóptero militar apareceu pouco depois e forneceu pacotes de bolachas, água, e deu indicações de que o barco deveria manter-se na sua posição até chegar um navio de ajuda. Mas nenhum país admite ter mandado este helicóptero.
Itália diz ter avisado Malta para o barco, Malta nega ter tido qualquer contacto com os migrantes.
No caminho para Lampedusa, quando estava no mar há apenas 18 horas, a embarcação começou a ter problemas e a perder combustível.
O “Guardian” reconstruiu a história com base em testemunhos dos sobreviventes e pessoas que estiveram em contacto com o barco. Os migrantes começaram por contactar o padre Zerai, que alertou a guarda costeira italiana – que lhe assegurou que tinha dado o alarme e que as autoridades estavam a par da situação.
Um helicóptero militar apareceu pouco depois e forneceu pacotes de bolachas, água, e deu indicações de que o barco deveria manter-se na sua posição até chegar um navio de ajuda. Mas nenhum país admite ter mandado este helicóptero.
Itália diz ter avisado Malta para o barco, Malta nega ter tido qualquer contacto com os migrantes.
O capitão ganês, não vendo sinais do navio de auxílio prometido, decidiu que poderia chegar a Lampedusa com os 20 litros de combustível que ainda tinha. Mas dois dias depois de ter partido da Líbia tinha perdido o rumo, ficado sem combustível, e estava ao sabor da corrente.
O porta-aviões da NATO
A corrente levou-o para perto de um porta-aviões da NATO, tão perto que seria impossível não terem sido vistos. O “Guardian” tentou descobrir que navio da NATO seria este, e descobrindo que o Charles de Gaulle operava no Mediterrâneo nestas datas, tentou obter comentários. Recebeu uma resposta dizendo que o porta-avião francês não estava no local. Confrontado com notícias que falavam da presença do Charles de Gaulle na região na altura, um porta-voz da NATO recusou-se a fazer comentários.
Entretanto, a organização já disse que apenas um navio italiano, o Garibaldi, estaria relativamente perto do local e negou categoricamente que tivesse tido conhecimento de qualquer embarcação em apuros, lembrando que navios da organização já salvaram "centenas de vidas" no mar. Sobreviventes contaram, pelo seu lado, que dois aviões saíram do porta-aviões e sobrevoaram o seu barco. Alguns mostraram os bebés esfomeados, tentado despertar a atenção de alguém. Mas não houve resposta. As correntes levaram de novo o barco para longe do porta-aviões. E sem combustível, comunicações ou comida, as pessoas começaram a morrer.
“Guardámos uma garrafa de água para os bebés, e continuámos a alimentá-los depois da morte dos pais”, contou Kurke, um etíope de 24 anos, que fugia do conflito étnico no seu país, e sobreviveu bebendo a própria urina e comendo pasta de dentes. “Mas depois de dois dias os bebés acabaram por morrer, porque eram tão pequeninos”.
O barco acabou por chegar a uma praia na costa da Líbia, perto de Misurata, com onze sobreviventes. Um morreu quase de imediato ao chegar a terra, outro morreu pouco depois na prisão – os sobreviventes foram detidos pelas forças de Khadafi e ficaram na prisão durante quatro dias.
Entretanto, a organização já disse que apenas um navio italiano, o Garibaldi, estaria relativamente perto do local e negou categoricamente que tivesse tido conhecimento de qualquer embarcação em apuros, lembrando que navios da organização já salvaram "centenas de vidas" no mar. Sobreviventes contaram, pelo seu lado, que dois aviões saíram do porta-aviões e sobrevoaram o seu barco. Alguns mostraram os bebés esfomeados, tentado despertar a atenção de alguém. Mas não houve resposta. As correntes levaram de novo o barco para longe do porta-aviões. E sem combustível, comunicações ou comida, as pessoas começaram a morrer.
“Guardámos uma garrafa de água para os bebés, e continuámos a alimentá-los depois da morte dos pais”, contou Kurke, um etíope de 24 anos, que fugia do conflito étnico no seu país, e sobreviveu bebendo a própria urina e comendo pasta de dentes. “Mas depois de dois dias os bebés acabaram por morrer, porque eram tão pequeninos”.
O barco acabou por chegar a uma praia na costa da Líbia, perto de Misurata, com onze sobreviventes. Um morreu quase de imediato ao chegar a terra, outro morreu pouco depois na prisão – os sobreviventes foram detidos pelas forças de Khadafi e ficaram na prisão durante quatro dias.
Os últimos nove sobreviventes estão agora escondidos na casa de um etíope na capital líbia. E consideram tentar, de novo, chegar à Europa. Por barco.
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