E A PRAIA DE XABREGAS, A DE PEDROUÇOS E AS OUTRAS AO LONGO DO RIO?
Façamos umas férias da política mais contaminada e falemos de algo interessante que há tempos é falado, que está nos projetos da Câmara Municipal de Lisboa mas que nunca mais vê a luz do dia. Há que tempos que a praia fluvial de Lisboa, junto ao Terreiro do Paço, está para se concretizar. Parece que é desta vez.
E porque não recuperarem a praia de Pedrouços e a de Xabregas? E até na Expo, agora chamado Parque das Nações, ali nas suas imediações, recuperar a praia que antes lá existia? Os lisboetas agradeceriam e não viveriam tão virados de costas para o Rio Tejo.
Veja-se no Cais do Sodré o “bunker-mamarracho” que construíram para a Transtejo, ou empresa semelhante, e que tapa completamente o rio nas imediações. Em vez de retirarem o que ali estava de edifícios velhos e abrirem o Cais do Sodré completamente ao rio tiveram a ousadia de construir ali aquele mamarracho. Mas que arquitetos são estes? Mas que inimigos de Lisboa temos nós na CML quando aprova determinados projetos urbanísticos e outros? E ainda são pagos a peso de ouro pelos lisboetas, pelos portugueses, para taparem algo tão lindo como é o Tejo. Mas que presidentes de câmara os lisboetas elegem para depois deixarem que estas aberrações aconteçam? Que “luvas” andam ali pelos “entretantos”? Não será dos presidentes mas que sempre se sabe por ditos e mexericos que há os que passam a viver à grande e à francesa, acima das suas possibilidades de rendimentos, é verdade. E agora quem quiser que engula a “pastilha”. Como se diz: “Não acreditamos em bruxas mas que elas existem, ai isso existem”. E é ver os bólides que adquirem, e as casas, e os luxos… Que se investigue, que se apure, que se puna.
Lisboa está em festa neste período dos Santos Populares. Lisboa ainda é linda apesar de tantos criminosos a desfeitearem. Os verdadeiros lisboetas é que já são muito poucos, infelizmente. Lisboetas são os nados e criados nesta cidade e que a amam como a uma mulher por quem se sentem incondicionalmente fieis, que a viveram e a vivem, que chegam à velhice sem se fartarem de olhar e até lacrimejar pelas belezas de Lisboa e pelos terríveis atentados de que é vítima. Os restantes cidadãos que ocupam Lisboa não passam de vai-e-vens que só pisam a capital para virem para os seus empregos de manhã e abalarem ao fim da tarde. Nada vêem, nada vivem, por ela não se apaixonam nem se sentem lisboetas – mesmo que nascidos ocasionalmente numa maternidade da cidade. Atarefados como sobrevivem nesta selva empresarial e de trânsito caótico nos acessos à cidade nem tempo têm para ver e sentir a cidade.
Mas aqui começa-se com a boa notícia. Praia na baixa lisboeta. Que maravilha. Vamos ver se atrás disso não acontecerá mais uns atentados à cidade. Se acaso em compensação não haverá projeto para tapar o rio em outro local com mamarrachos inconcebíveis que visem única e simplesmente o lucro, ferindo os direitos paisagísticos e outros dos lisboetas e daqueles que querem ver Lisboa como a pintamos, mais que não seja com memórias - sempre linda!
Quer fazer praia na Baixa de Lisboa? Vai ter de esperar só mais um ano
Dentro de dois meses avançam as obras para requalificar a Av. Ribeira das Naus, que vai ter jardins e uma praia fluvial
Dentro de dois meses, a zona da Praça do Comércio, em Lisboa, vai estar outra vez de pantanas. Até ao fim do Verão começam os trabalhos para requalificar a área envolvente da Avenida Ribeira das Naus. Primeiro vieram as obras da estação de metro do Terreiro do Paço, depois chegaram os esgotos e agora será a vez de uma praia fluvial e jardins ocuparem a frente ribeirinha do Tejo.
São 10 milhões de euros suportados pela Sociedade Frente Tejo (capitais públicos), fundos europeus (3,5 milhões) e ainda pela câmara municipal para construir em terra e ainda conquistar 18 metros de terrenos ao rio.
Ter uma praia na Baixa de Lisboa e ainda passear por quatro hectares de espaços verdes colados ao rio não vai acontecer para já. Segundo explicou ao i fonte da autarquia, concluir a requalificação da Ribeira das Naus demorará "pelo menos um ano", podendo até estender-se por "mais algum tempo dado a complexidade da obra". Demorando mais ou menos tempo, espera-se que a zona ribeirinha seja devolvida aos lisboetas e turistas até à época balnear de 2012. Só que antes disso, será preciso eliminar um grande obstáculo - o trânsito. Para isso, a Avenida Ribeira das Naus terá de ser desviada através de uma estrada paralela ao rio e à praia fluvial, suportada por estacas metálicas enterradas a mais de 30 metros de profundidade.
Dois pontões, colocados nas extremidades da plataforma, vão suportar a rampa rodoviária, que vai entrar pelo rio adentro. Será portanto um viaduto destinados aos peões, bicicletas e automóveis com cerca de 200 metros, rodeado de água pelos dois lados. Estacas cravadas até à rocha e uma grande laje que vai roubar 18 metros de terrenos às águas do Tejo, vão dar estabilidade à praia fluvial. As áreas pedonais e de lazer vão estar alternadas entre zonas relvadas, calçada branca e ainda espaços cobertos de basalto.
Outros planos. A reabilitação da Ribeira da Naus é só um dos três projectos planeados para as zonas que, em Junho de 2010, deixaram de estar sob a alçada da Administração do Porto de Lisboa (APL) e passaram para a gestão da Câmara de Lisboa. Na área da Junqueira/Belém, por exemplo, já começou a ser construído o edifício onde ficará o Museu Nacional dos Coches; e para o Poço do Bispo/Matinha está planeado um espaço verde de uso público, ligado ao novo parque urbano do Oriente.
Das seis áreas sem uso portuário que passaram para a autarquia, há três zonas com projectos ainda em fase de estudo. Na área envolvente à Torre de Belém, a câmara quer reconverter o espaço verde para actividades de lazer. O espaço envolvente ao Espelho de Água, junto ao Museu de Arte Popular, será igualmente requalificado.
A autarquia pretende ainda repensar a função da Praça do Cais do Sodré com o objectivo de articular o rio e a parte alta da cidade. Estas são as áreas administradas pela câmara de Lisboa, mas o acordo com a APL prevê ainda uma gestão partilhada de outros três espaços.
A Doca de Pedrouços é um deles e vai receber em 2012 a Volvo Ocean Race, a mais importante regata com escala mundial. Neste local deverá manter--se o "Edifício da Lota", que será reconvertido. A requalificação inclui ainda o desmantelamento dos viadutos metálicos entre a Avenida de Brasília e a Avenida da Índia, que serão substituídos por "micro túneis".
Na área envolvente ao Cais de Santos está prevista a demolição de alguns edifícios industriais sem interesse arquitectónico. Esta zona terá ligação, através de passagens pedonais, com as áreas dos Planos da Boavista Nascente e Poente, onde a EDP vai ter a sua nova sede e está projectada uma urbanização de Carrilho da Graça, arquitecto que vai também a redesenhar a área para onde estiveram previstas as Torres de Norman Foster.
A última área de gestão conjunta - o Parque Oriente - conta com três grandes operações urbanísticas: os Jardins Braço de Prata (Renzo Piano), o Loteamento da EDP (antiga Tabaqueira) e o Plano de Pormenor da Matinha, que prevê a reconversão dos antigos gasómetros.
Com Lusa
São 10 milhões de euros suportados pela Sociedade Frente Tejo (capitais públicos), fundos europeus (3,5 milhões) e ainda pela câmara municipal para construir em terra e ainda conquistar 18 metros de terrenos ao rio.
Ter uma praia na Baixa de Lisboa e ainda passear por quatro hectares de espaços verdes colados ao rio não vai acontecer para já. Segundo explicou ao i fonte da autarquia, concluir a requalificação da Ribeira das Naus demorará "pelo menos um ano", podendo até estender-se por "mais algum tempo dado a complexidade da obra". Demorando mais ou menos tempo, espera-se que a zona ribeirinha seja devolvida aos lisboetas e turistas até à época balnear de 2012. Só que antes disso, será preciso eliminar um grande obstáculo - o trânsito. Para isso, a Avenida Ribeira das Naus terá de ser desviada através de uma estrada paralela ao rio e à praia fluvial, suportada por estacas metálicas enterradas a mais de 30 metros de profundidade.
Dois pontões, colocados nas extremidades da plataforma, vão suportar a rampa rodoviária, que vai entrar pelo rio adentro. Será portanto um viaduto destinados aos peões, bicicletas e automóveis com cerca de 200 metros, rodeado de água pelos dois lados. Estacas cravadas até à rocha e uma grande laje que vai roubar 18 metros de terrenos às águas do Tejo, vão dar estabilidade à praia fluvial. As áreas pedonais e de lazer vão estar alternadas entre zonas relvadas, calçada branca e ainda espaços cobertos de basalto.
Outros planos. A reabilitação da Ribeira da Naus é só um dos três projectos planeados para as zonas que, em Junho de 2010, deixaram de estar sob a alçada da Administração do Porto de Lisboa (APL) e passaram para a gestão da Câmara de Lisboa. Na área da Junqueira/Belém, por exemplo, já começou a ser construído o edifício onde ficará o Museu Nacional dos Coches; e para o Poço do Bispo/Matinha está planeado um espaço verde de uso público, ligado ao novo parque urbano do Oriente.
Das seis áreas sem uso portuário que passaram para a autarquia, há três zonas com projectos ainda em fase de estudo. Na área envolvente à Torre de Belém, a câmara quer reconverter o espaço verde para actividades de lazer. O espaço envolvente ao Espelho de Água, junto ao Museu de Arte Popular, será igualmente requalificado.
A autarquia pretende ainda repensar a função da Praça do Cais do Sodré com o objectivo de articular o rio e a parte alta da cidade. Estas são as áreas administradas pela câmara de Lisboa, mas o acordo com a APL prevê ainda uma gestão partilhada de outros três espaços.
A Doca de Pedrouços é um deles e vai receber em 2012 a Volvo Ocean Race, a mais importante regata com escala mundial. Neste local deverá manter--se o "Edifício da Lota", que será reconvertido. A requalificação inclui ainda o desmantelamento dos viadutos metálicos entre a Avenida de Brasília e a Avenida da Índia, que serão substituídos por "micro túneis".
Na área envolvente ao Cais de Santos está prevista a demolição de alguns edifícios industriais sem interesse arquitectónico. Esta zona terá ligação, através de passagens pedonais, com as áreas dos Planos da Boavista Nascente e Poente, onde a EDP vai ter a sua nova sede e está projectada uma urbanização de Carrilho da Graça, arquitecto que vai também a redesenhar a área para onde estiveram previstas as Torres de Norman Foster.
A última área de gestão conjunta - o Parque Oriente - conta com três grandes operações urbanísticas: os Jardins Braço de Prata (Renzo Piano), o Loteamento da EDP (antiga Tabaqueira) e o Plano de Pormenor da Matinha, que prevê a reconversão dos antigos gasómetros.
Com Lusa
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