quarta-feira, 10 de agosto de 2011

LÍNGUA PORTUGUESA - QUO VADIS TIMOR-LESTE?




MAIS DEPRESSA APANHAMOS MENTIROSOS QUE COXOS

A notícia é de ontem mas os propósitos dos protagonistas são antigos, tão antigos quanto a ligação de Kirsty Sword Gusmão à luta de libertação de Timor-Leste, assim dizem e assim deve ser. A língua portuguesa em Timor-Leste nem sequer tem os dias contados porque muito poucos são os que a sabem e utilizam naquele país. Agora, ontem, em despacho da PNN e referenciado em Sapo TL deparamos com o título Timor-Leste: REFORMA NO ENSINO BÁSICO PRETENDE ABOLIR LÍNGUA PORTUGUESA, que o Página Global transcreveu.

Por lá podemos aperceber-nos que Xanana Gusmão e a sua mulher, Kirsty Sword Gusmão, são os principais mentores da ideia de em Timor-Leste a língua portuguesa ir pelo esgoto abaixo. E isso não é novidade! Só por uma questão de estratégia Xanana Gusmão dava ares de não concordar com a mulher em reuniões – até em sua casa em Balibar – em que a sua consorte se mostrava adversa ao português ser língua oficial em Timor-Leste. A estratégia devia-se a iludir certos e incertos ingénuos e até desse modo receberem as contrapartidas de milhões de dólares que os contribuintes portugueses com todo o prazer (mas ludibriados) destinavam a Timor-Leste.

Manifesta falta de tempo não permitem que neste momento a abordagem ao assunto seja completa, a pesquisa a fazer sobre este “historial” será morosa. Por esse motivo importa para já que aqui conste o seguinte:

- No ano de 2009 ( a confirmar documentalmente) o Timor Lorosae Nação  na sua primeira edição anunciava que Kirsty Sword Gusmão era mentora ativa e paladina fervorosa de que o português devia ser banido do ensino timorense e da Constituição da República. Facilmente se conclui que a sua intenção é anglofonizar Timor-Leste, porque esse sempre foi o propósito da Austrália, de Inglaterra e dos EUA, mesmo antes da independência se concretizar. Não por acaso Kirsty conheceu Xanana Gusmão na prisão indonésia. Quem não percebe isso? E tal não invalida que não se tivesse apaixonado. E disso nada nem ninguém tem direito de pôr em dúvida ou desrespeitar. Aliás, fruto desse amor estão à vista os lindos filhos que vimos!

- Dias após a publicação sobre o tema, no Timor Lorosae Nação foi feita transcrição pela PNN, salvo erro no Jornal Digital (a pesquisar). Kristy Sword Gusmão escreveu à PNN a desmentir, afirmando-se uma acérrima defensora da língua portuguesa em TL. A PNN publicou o desmentido. O Timor Lorosae Nação compilou esse desmentido. Mas manteve a afirmação de veracidade daquilo que havia publicado.

Porque então, na época e nesse blogue, o mais ativo membro da equipa redatorial e de colaboradores era António Veríssimo, Kirsty Gusmão escreveu ao bloguista afirmando-se paladina da defesa da língua portuguesa no país em que já então o seu marido era PM…

Muito mais há para abordar sobre o assunto. E nada melhor que seja devidamente documentado. Só falta tempo para pesquisar e trazer à saciedade o máximo de conhecimento que possa contribuir para o esclarecimento sobre o assunto. Irá acontecer dentro do possivel.

Conste que os timorenses são livres de optar pelo ensino que quiserem. Devem ser eles a regular a sua soberania no país que lhes pertence por direito próprio e à custa de muitos sacrifícios e de muitas vidas perdidas nessa luta de libertação. Conste também que ninguém tem o direito de ser tão cínico ao perseguir um objetivo que visa impor o que quer que seja aos timorenses. Eles não merecem mais deslealdades para além daquelas de que já foram vítimas pelos que lhes têm ocupado o país e até por políticos seus. Que sejam os timorenses a escolher o caminho será o justo. Em último caso talvez um referendo sobre o tema da língua portuguesa ou não em TL fosse uma razoável solução. Mas sem sofismas. Devidamente fiscalizado pela UNICEF, pela ONU, por exemplo.

Por último, por agora, um reparo: A Lusa não sentirá necessidade de informar em português sobre o que se passa? Ou não será politicamente correto perguntar aos cínicos defensores do escorraço do português em TL sobre o que andam há tanto tempo a arquitetar? É que a Lusa ainda não deixou sair uma palavra que fosse sobre o tema, tanto quando resulta das pesquisas online.

Assunto com pano para mangas e a carecer de maior precisão, em breve, seguramente.

6 comentários:

Embaixadora Edukasaun disse...

É de lamentar o facto do autor deste artigo ("Timor-Leste: REFORMA NO ENSINO BÁSICO PRETENDE ABOLIR LÍNGUA PORTUGUESA") não ter estudado bem a matéria. A “Política da Educação Multilingue Baseada na Língua Materna” pretende ajudar o estado timorense a alcançar os seguintes objectivos, em conformidade com as normas e a boa prática internacionais:

♦ Objectivos da aprendizagem através da facilitação de maior acesso às matérias curriculares, incluindo cognitivamente a busca de informação e
capacidades abstractas. Todos os alunos poderão ser multilingues (falando fluentemente todas as línguas visadas) e multiliterados (aptos a ler e escrever todas as línguas visadas) a fim de maximizar os benefícios cognitivos e comunicativos.

♦ Objectivos Linguísticos através do ensino da literacia inicial na primeira língua dos aprendizes, provendo bases de competências que prontamente possam ser transferidas para as línguas adicionais (Tetun, Portugês etc.)

♦ Objectivos sociais e conómicos através da optimização da conexão casa-escola, criando maior coesão da família, maior taxa de participação nas escolas, melhorias nas taxas de sucesso em todas as escolas, e realização mais equitativa em toda a linha divisória de gênero, regional, rural e da classe social.

Pode-se ler o texto completo da Política e o seu Plano de Implementação aqui:

http://www.scribd.com/collections/3046404/Education-Policy-Law-and-Research

Anónimo disse...

Ora tomem lá!

A Embaixadora da Educação esclareceu devidamente a questão.
Espero que tenham aprendido alguma coisa...


Sempre prontos para difamar Xanana e Kirsty, não perdem uma oportunidade de o fazer e, ainda por cima, ignoram propositadamente outras variáveis da Política Nacional da Educação.

A isto se chama desinformação, campanha de difamação, conspiração... tudo 'mui nobres atitudes' sim senhor!

Basta de política baixa!

Anónimo disse...

E eu recomendo vivamente a leitura do documento da Política da Educação Multilingue Baseada na Língua Materna, o qual dá resposta a todas as mentiras e acusações falsas do artigo.

http://www.scribd.com/doc/49147895/)

Anónimo disse...

O senhor Veríssimo faz-se de santinho mas de santo nada tem e paladino da defesa dos e das timorenses é que ele não é.

Seria interessante saber, por exemplo, o que levou o TimorLorosaeNacao (inicial) a desaparecer da internet? Será que tentando apagar o que por lá se dizia e abrindo outros blogs a coisa deixaria de ser conexa com a "conspiração" daqueles que de uma maneira ou de outra tentam por todos os meios difamar, manipular a própria história das coisas e até aniquilar lideranças timorenses?

António Veríssimo disfarça quando usa palavras como "devidamente documentado". Lábia, pois a "verdadeira documentação" é forjada pelos próprios. Quando algures diz que até a "Procuradora Geral da República" receia avançar, nada mais é que atirar areia para os olhos. Que avance! Não basta acusar por acusar num blog ou em 100, não é isso que credibiliza as alegadas matérias.

António Veríssimo tenta "cegar" quem lê mas se ele não sabe vai sabê-lo, há mais gente acordada do que ele pensa e as suas manobras são velhas como as barbas, com todo o respeito aos idosos barbudos.

Este blog não passa de mais um mecanismo de propaganda do grupo de malais a soldo da clique dita "de Maputo". Conhecem-se de gingeira e sabe-se que o tombo vai ser grande, para o ano, naturalmente tudo farão para atingirem os seus objectivos.

Ainda sobre a "língua" e para se dar conta de que o assunto em manipulação não é novo, nem os seus métodos, releia-se sobre a temática a resposta de Isabel Feijó a essas "manipulações" a que António Veríssimo tanto gosta de dar estampa:

http://umalulik.blogspot.com/2010/05/transparencia-e-clareza-isabel-feijo.html

Não faça as pessoas de parvas, António Veríssimo.

Anónimo disse...

e António Veríssimo "atira o barro à parede" a ver se pega com a Lusa. Pode ser que consiga tal embora não esteja no terreno o amigo jornalista Pedro Rosa Mendes que fazia o favor à clique.

Anónimo disse...

De fato é um grande aborrecimento verificar que há os que não se calam perante os atropelos, artimanhas contra os interesses dos timorenses e crimes que ainda estão por ser julgados. Mas um dia tudo será mais evidente e esperemos que seja feita justiça. Será nesse momento que muitos agradecerão ao Sr. António Verissimo por andar à tantos anos a quase "pregar no deserto", a denunciar e a provocar debates que para alguns não são convenientes.

Muito agradecida Sr. Veríssimo, continue.