segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O DIABO ESTÁ NOS DETALHES, EM BELÉM, EM SÃO BENTO…




Em conformidade com o reportado por Inês Escobar de Lima, enviada da agência Lusa à Cimeira Ibero-Americana, realizada em Assunção, Paraguai, Cavaco Silva, que participou na referida cimeira – vá-se lá saber porquê – fez declarações sobre a Cimeira da EU ocorrida dias atrás da passada semana e disse ele à repórter que as “conclusões”, da EU, “vão no sentido correto”, mas “o diabo às vezes está nos detalhes”… Fala quem sabe.

Fala quem sabe e até tem usado os tais detalhes para nos ludibriar, dizendo uma coisa em campanha eleitoral, ou não, e depois fazer outra completamente diferente, segundo as conveniências de minorias e em prejuízo das maiorias, aqueles que realmente trabalham quase de sol a sol, pagam e não bufam, os plebeus. Aqueles “detalhes” que Cavaco referiu, que são a tal cortina de fumo que permite aos políticos do jaez daqueles europeus que ele refere e de que faz parte integrante - desde que foi por dez anos primeiro-ministro – ludibriarem quem lhes dá na gana e sempre os mesmos, os eleitores, as vítimas de servidores dos mercados que olham a números e não a pessoas. Claro que Cavaco sabe muito bem como é. É o mesmo que perguntar a um cego se quer ver.

Fala Cavaco – presidente eleito por uma enorme minoria de portugueses eleitores – do “diabo nos detalhes”, na verdade é terrível mas usual, mas muito mais terrível e usual é os portugueses terem um diabo à espreita no Palácio de Belém. Alguém que a imensos portugueses deixa impregnada a sensação de que não usa a honestidade propalada por uns quantos em prol dos interesses dos interesses da maioria que sobrevive em Portugal.

Resumindo e concluindo: o diabo está nos detalhes e em Belém, paredes-meias com o pior presidente da República de sempre em Portugal, exceptuando os da ditadura Salazarista, obviamente. Aliás, com quem Cavaco Silva muitas vezes se parece nos tiques e nos truques.

Fica a prosa da Lusa já aqui a seguir. Do que diz Cavaco a relevância vai para o diabo. O diabo que o carregue, porque os portugueses famintos já estão fartos de carregar tais diabos. Eles, mais que os referidos detalhes, são a causa da fome e miséria que nos aguarda ao abrir dos olhos todas as manhãs, isto para os portugueses que ainda dormem e que ainda não conseguiram suicidar-se ou emigrar, fugir do país tão atormentado por tais diabos. Cavaco Silva pode falar, falar... Mas quem é que acredita naquilo que ele diz?

UE/Cimeira
Conclusões "vão no sentido correcto", mas "o diabo às vezes está nos detalhes"

Inês Escobar de Lima, enviada da agência Lusa - Destak

O Presidente da República considerou hoje que as conclusões da última cimeira da zona euro "vão no sentido correto", mas que há "detalhes técnicos" por esclarecer, e observou que "o diabo às vezes está nos detalhes".

Segundo o Presidente da República, que falava numa conferência de imprensa no final da XXI cimeira Ibero-Americana, em Assunção, no Paraguai, "é muito importante que, tão rapidamente quanto possível, se esclareçam os detalhes que devem estar por detrás das conclusões que apontam em sentido correto, e passá-las à prática rapidamente".

Aníbal Cavaco Silva reforçou que isso deve acontecer "muito mais rapidamente do que aquilo que aconteceu em relação às decisões do dia 21 de julho", em relação às quais "foi preciso esperar cerca de três meses", até à cimeira desta quarta-feira, que terminou já de madrugada.

De acordo com o chefe de Estado, que ressalvou não ter ainda estudado "em detalhe" as decisões desta cimeira da zona euro, essa noite parece ter terminado de forma "bastante positiva", tanto quanto conseguiu ler nas notícias divulgadas.

"Posso dizer, por aquilo que li, que, em minha opinião, as conclusões vão em sentido correto, tal como, aliás, iam em sentido correto as decisões que foram tomadas no Conselho Europeu do dia 21 de julho. O que falta agora é esclarecer alguns detalhes técnicos. E, como sabem muito bem, nós costumamos dizer que o diabo às vezes está nos detalhes", disse.

"O Conselho Europeu chegou a decisões que nós esperamos que acalmem definitivamente - é o nosso desejo - os mercados financeiros internacionais", acrescentou.

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