“Três foi a conta que deus fez”. Sempre ouvi dizer isto e nunca entendi. Tenho pelo entendimento que falavam do deus dos católicos apostólicos romanos porque ouvi a frase muitas vezes quando era convenientemente obrigado a frequentar a catequese. Onde apanhei a estúpida de uma freira que pela Páscoa metia nos sapatos da miudagem uma “pedrinha” para sofrermos um pouco “como Cristo e dar valor”. Por causa dessa “pedrinha” perguntou-me o meu avô porque coxeava… E eu disse-lhe que tinha uma pedra no sapato (era mesmo o caso). “Então tira-a”, disse ele. “Estás parvo ou o quê?”, ripostou eriçando o farto bigode. “Não posso porque a freira disse que se tirasse a “pedrinha” era excomungado, que é pecado”, expliquei.
Claro que o corpulento ex-chefe do Batalhão de Sapadores Bombeiros largou uma daquelas que só posso descrever assim: “… e se ela metesse a pedra num sítio que eu cá sei era o melhor que fazia… Tira já a pedra do sapato… Aiii!” E pronto, tirei. Lá fui eu excomungado. A partir daí nunca mais tive sorte… e o meu avô morreu. Passaram muitos anos até que morreu. Mas morreu. Isso para mim foi como que um castigo porque adorava partilhar a vida com ele. Raios parta a excomungação, a “pedrinha” e a freira estúpida que queria ser mais deus que deus. Ela chamava-se Maria da Adoração, a irmã… De deus não sei o nome próprio nem outro, só do filho, Jesus. Perdi-me na prosa. Valha-me Jesus!
Os três, era por aí que eu vinha. Perdi os três... mas já os recuperei. Ora vamos então ser sucintos, coisa que em mim é quase impossivel:
Cavaco Silva, o presidente desta república afundada e ocupada por estrangeiros que nos levam a soberania que Passos oferece a troco daquilo que mais tarde veremos, falou hoje com gestores de topo, como refere a Lusa, agência de notícias. Quando li topo lembrei-me do Topo Giggio… Adiante.
No título do Jornal de Negócios diz: Cavaco pede a gestores de topo para ajudarem Portugal neste"momento difícil”.
E mais, já agora quase tudo da prosa:
“O Presidente da República reuniu-se hoje em Belém com um grupo de "gestores de topo" portugueses em grandes empresas multinacionais, a quem pediu para ajudarem o país neste "momento difícil" e falou sobre a internacionalização da economia nacional.
Segundo fonte da Presidência da República, o objectivo do encontro foi associar estes gestores à acção desenvolvida por Cavaco Silva "no sentido de melhorar a imagem de Portugal nos mercados internacionais".
"O Presidente Cavaco Silva convidou os gestores a não esquecerem o País em que nasceram e a ajudarem Portugal neste momento difícil", referiu a fonte.
Os gestores, que estão em Lisboa para participar no Fórum COTEC "Portugueses reencontram-se", que contará igualmente com a presença do chefe de Estado esta tarde, ouviram ainda Cavaco Silva falar sobre a necessidade de conferir um novo impulso à dinâmica de internacionalização da economia portuguesa e do papel que podem desempenhar nesse sentido a diáspora e as redes de "amigos de Portugal".
Com o encontro, que foi seguido de um almoço no Palácio de Belém, o Presidente da República pretendeu também "salientar publicamente o mérito daqueles que se têm destacado no mundo das grandes empresas, através de uma opção profissional de elevada exigência e sacrifício, envolvendo risco pessoal e, muitas vezes, familiar", acrescentou a fonte de Belém.”
"O Presidente Cavaco Silva convidou os gestores a não esquecerem o País em que nasceram e a ajudarem Portugal neste momento difícil", referiu a fonte.
Os gestores, que estão em Lisboa para participar no Fórum COTEC "Portugueses reencontram-se", que contará igualmente com a presença do chefe de Estado esta tarde, ouviram ainda Cavaco Silva falar sobre a necessidade de conferir um novo impulso à dinâmica de internacionalização da economia portuguesa e do papel que podem desempenhar nesse sentido a diáspora e as redes de "amigos de Portugal".
Com o encontro, que foi seguido de um almoço no Palácio de Belém, o Presidente da República pretendeu também "salientar publicamente o mérito daqueles que se têm destacado no mundo das grandes empresas, através de uma opção profissional de elevada exigência e sacrifício, envolvendo risco pessoal e, muitas vezes, familiar", acrescentou a fonte de Belém.”
Abordando o último parágrafo, vamos ao almoço pago por todos nós, portugueses. Até mesmo pelos portugueses que nem um euro têm para almoçar porque já lhes roubaram tudo e ainda lhes querem roubar mais (estamos para saber que mais).
Mas estas conversas têm sempre de ser seguidas de banquetes, jantares e almoços? E a austeridade é para quem? Quanto foi gasto no almoço? Para quantos almoços de portugueses famintos (que há cada vez mais) daria a verba gasta na opípara refeição destes topo giggios? Ou Cavaco Silva ofereceu o almoço dos seus cerca de 10 mil euros de reforma?
E estes gestores, que mamam que se fartam e que há muito foram assolados pela ganância, como Cavaco, vão ajudar Portugal em quê, a dizer bem de Portugal? Dizer bem para quê se eles são os primeiros a borrifarem-se para o país? Ah! Para captar investimentos, para conferirem “um novo impulso à dinâmica de internacionalização da economia portuguesa”. Talvez do estilo: invistam em Portugal porque as metas de esclavagismo impostas por Passos estão mais que asseguradas em pleno e os portugueses estão a adaptar-se na perfeição a trabalharem sem terem de comer, como o burro do cigano?
Diz a Lusa num dos parágrafos: "O Presidente Cavaco Silva convidou os gestores a não esquecerem o País em que nasceram e a ajudarem Portugal neste momento difícil". Cavaco esquece-se que eles nasceram em Portugal mas que a pátria deles é a do Cifrão? Foi um desperdício, no tempo. Nas palavras e, principalmente, no almoço supimpa que teria sido muito mais corretamente utilizado se Cavaco tivesse convidado umas quantas famílias carentes, uns sem-abrigo… Os que estão na miséria por causa desses tais da pátria do Cifrão.
Mas não. Cavaco dá-se bem é com os da sua laia. Os do Cifrão, os dos Números, os da Alta. Se assim não fosse deveríamos de ver Cavaco seguir um percurso de convidados para sensibilização que passaria por carenciados, por operários (que é praticamente o mesmo que carenciados), por quadros culturais, técnicos e científicos que estão no desemprego (que é praticamente o mesmo que carenciados) e… Pelos portugueses que são desta Pátria e a Pátria, porque não há Pátria sem povo. São esses nunca lhe viram costas.
Como diria o meu avô de bigode farto: “E se ele metesse os almoços para esses gajos do topo num sítio que eu cá sei?”
Porque estou com as mãos no Massa, digo, no Cavaco trago aqui uma notícia muito fresquinha: “«O diploma que sujeita os lanços e sublanços das auto-estradas SCUT do Algarve, da Beira Interior, do Interior Norte e da Beira Litoral/Beira Alta, ao regime de cobrança de taxas de portagem aos utilizadores, foi promulgado em 16 de Novembro, aguardando ainda publicação no Diário da República», lê-se numa nota divulgada no 'site' da Presidência da República.
Na sequência da notícia os utentes algarvios da comissão que contesta esta medida afirmaram que Cavaco mostrou “incoerência na decisão relativamente ao que disse anteriormente”. Desconheço o que Cavaco, algarvio de costados, disse aos seus conterrâneos mas espanta que aqueles não saibam que Cavaco diz uma coisa e faz outra. Quase sempre ele diz o que queremos ouvir mas depois faz o contrário. Já aqui referi isso mesmo por variadíssimas vezes. Não o faria se assim não constatasse.
Repare-se: Na edição de hoje, o semanário Sol afirma que «Cavaco 'bloqueia' diplomas em Belém», referindo que o Presidente da República está a atrasar «um conjunto de leis fundamentais para cumprir o calendário da 'troika', fazendo constantes perguntas e enervando o Governo». Até podemos ver isto como algo parecido com uma certa resistência ou preocupação de Cavaco em defesa dos interesses dos cidadãos… Podemos… Mas quem quer apostar que as tais “leis fundamentais” vão ser promulgadas? A notícia já saiu, não foi? Pois então isso contribui para Cavaco melhorar a imagem. E para eles isso conta. Para os portugueses é mais do mesmo, pagam e não bufam. Farsas como nunca antes imaginámos ver e sentir é o que mais vimos e levamos para a cova deste terrível período de mau presidente e governo ao serviço dos mercados da pátria dos Cifrões, para quem as pessoas não contam e só as citam em falas enganosas por demagogia.
Faltam duas rapidinhas. Cavaco nem sequer merece tanto palavreado. Mas, enfim…
A greve que ontem aconteceu foi algo de grave porque mostrou a este governo que não é desta Pátria que os portugueses estão fartos de serem mal tratados, desconsiderados, vilipendiados, escravizados, ignorados, etc. Foi grave porque a aderência foi enorme segundo várias expetativas e até as minhas, que não conto para nada mas ainda tenho o privilégio de partilhar estas linhas convosco. A gravidade está naquilo que representa abominar uma casta de Mais Sabedores que usam de todos os subterfúgios para esmiuçar os portugueses que ainda trabalham e até os que mesmo desempregados são sugados monstruosamente por impostos e alcavalas nuns parcos géneros alimentícios ou nos transportes públicos. Apesar de anémicos os portugueses têm de andar muito mais a pé, abdicar de quase tudo, das suas casas, até de penicos se acaso forem antigos, em bom estado e descobrirem um antiquário que se disponha a comprar. Dinheiro para papel higiénico também já não há. Diz-se que por esse motivo andam a faltar pedras nos passeios de Lisboa. Isso é lá com o António Costa, do PS e presidente da câmara.
Otelo do bom coração… Foi Mário Soares quem disse, sobre Otelo Saraiva de Carvalho: “Otelo tem "coração muito bom" mas "de vez em quando diz a sua asneira". O título foi retirado do Página Global mas compilado do Jornal de Notícias.
Ainda bem que Otelo tem um bom coração. Desse modo está afastada a possibilidade do Oscar de Abril falecer de ataque cardíaco quando menos se esperar. Otelo pode ter muitos defeitos, quem não os tem? Mas Otelo é uma figura incontornável de valioso contributo para o derrube da ditadura Salazar-caetanista e não vimos que lhe rendam o devido respeito e a devida homenagem. Quer a consciência de Soares proporcionar o seu a seu dono e vem daí enaltecer o valor de Oscar – nome de código de Otelo para o 25 de Abril de 1974 que “calça” com as iniciais e três letras primeiras de CARVALHO.
Ao assistirmos a atirarem-se como gato a bofe quando Otelo fala fica a sensação de que estamos mesmo a regressar a tempos idos e funestos da ditadura, agora mascarada de uma democracia de falácia que na prática vai desaparecendo. Tempos duros, tempos difíceis, tempos tomados é ante pé pelos que têm protagonizado o regresso ao passado, e Cavaco Silva é um deles. Digamos que até é um dos formadores de Passos Coelho e de outros que agora encabeçam o Bando de Mentirosos, como referiu outro homem de Abril, Vasco Lourenço.
Terminada e cumprida, mais ou menos, a proposta inicial. Três, foram a conta que deus fez. Três abordagens, para o longo porque se meteu por aqui a conversa da “pedrinha” ou da pedra no sapato para que saibamos o que são padecimentos. Não para sofrer como o mártir Jesus mas sim porque essa é vontade dos da pátria do Cifrão, dos Troikas, dos do Mercados, dos aviltantes gananciosos que vão fazendo golpe de estado sobre golpe de estado para se apoderarem dos países e dos povos, com o objetivo de escravizarem com a cumplicidade e controle de governos que induzem nos poderes que lhes servem como luvas feitas por medida. Não esperemos que apareça quem nos tire esta pedra do sapato porque somos nós próprios que temos de o fazer. Quanto mais depressa melhor. De que é que estamos à espera?
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