quarta-feira, 2 de novembro de 2011

QUEM TEM MEDO DA DEMOCRACIA EM REFERENDOS? OS MESMOS DE SEMPRE!




UM DIA O SOL BRILHARÁ PARA TODOS NÓS

Diz Manuel António Pina em “O Medo da Democracia”, coluna de opinião do Jornal de Notícias, que “Bastou o primeiro-ministro grego anunciar que consultará o povo, através de referendo, sobre as novas e gravosas medidas de austeridade e perda total da soberania orçamental impostas ao país pelos "mercados" e seus comissários políticos em Bruxelas e nos governos de Berlim e Paris para cair a máscara democrática desta gente.”

Pois foi, pois é, não sendo novidade que os jagunços da alta finança mundial (caso de Sarkosy e Markel entre outros) nada têm de democratas e usam a palavra democracia de boca cheia mas de significado vão ou absolutamente adulterado. O mesmo se passa com certos e incertos dos políticos e governantes da praça portuguesa, caso de Cavaco Silva, caso de Passos Coelho, caso de José Sócrates, caso de Paulo Portas, caso de tantos outros vigaristas políticos que subvertem a democracia por troca com as suas vantagens e vantagens de familiares, clientelas, amigos e uma quanta minoria dos que de ano para ano estão mais ricos à custa de tanta exploração, tanta corrupção, tanto roubo.

E a UE? U de União? Mas que União? Mas que suposta solidariedade? Mas que hipocrisia incontida e indisfarçável? Mas que vilania, a dos mais ricos, que mostram à saciedade a sua vontade e prática em se apropriarem dos países do sul, fazerem dos trabalhadores do sul da Europa os novos escravos que lhes bastem para enriquecerem mais os seus minoritários magnatas e os seus próprios cofres!

Ainda no Jornal de Notícias diz Manuel António Pina no segundo parágrafo da sua prosa: “Na pátria da Democracia, o Governo decide-se por um processo democrático básico e Sarkozy fica "consternado" e considera a decisão "irracional" enquanto alemães e FMI se mostram "irritados" e "furiosos" com ela. E Merkel e Sarkozy assinam um comunicado conjunto dizendo-se "determinados" a fazer com que a Grécia cumpra as suas imposições e lhes ceda o que ainda lhe resta de soberania; só lhes faltou acrescentar "queiram os gregos ou não queiram" e mobilizar a Wehrmacht e a "Force de Frappe"...

Por vontade da gula francesa de Sarkosy, ou alemã de Merkel, aliada à pirataria da NATO, por exemplo, não seria de admirar que a Grécia fosse ocupada, o seu povo obrigado a cumprir trabalho forçado e escravo, para além de saquearem museus e todos os valores no triplo ou quadruplo da real divida da Grécia… Exagero? Por muito menos, por mentiras já vimos países serem ocupados. Mentiras que sabemos que foram corroboradas, a nivel de Portugal, por Durão Barroso e Paulo Portas, entre outros, mas que agora estão a beneficiar do favor feito ao invasor norte-americano no Iraque. E Barroso lá vai, lá está, na dita UE de vento em popa, e Portas cá vai, cá está, no governo português, mais conhecido por Bando de Mentirosos. Ora com pessoas deste jaez nos governos, nas direções, nas presidências de organizações e países o que esperamos que possa acontecer aos países, à Europa, ao Mundo? Pautar como se pautam pela vigarice, pela desonestidade, o que podemos esperar de tais salafrários?

No penúltimo parágrafo da referida prosa de Manuel António Pina consta: “Até Paulo Portas, ministro de uma coligação eleita com base em compromissos eleitorais imediatamente rasgados mal tomou posse, está "apreensivo".

Vá, vá… Pina não deve admirar-se da atitude e comentário de Portas. É que ele até foi comedido, por agora. Dele e dos outros sabemos que têm uma ideia distorcida de democracia, sabemos e temos constatado por atos que democratas não são. Ora se não são isso e cabem na perfeição nos referidos no parágrafo anterior… Não sendo verdade mas para rimar apetece dizer que o senhor Pina não atina…

Por fim, no último parágrafo, afirma e questiona o ilustre colunista: “O medo que esta gente, que tanto fala em Democracia, tem da Democracia é assustador. Aparentemente, o projecto de suspensão da Democracia por 6 meses (ou por 48 anos) estará já em curso. Pinochet aplicou no Chile as receitas de Milton Friedman suspendendo sangrentamente a Democracia. Como é que "boys" de Chicago como Gaspar ou Santos Pereira, que chegaram a ministros sem nunca antes terem governado sequer uma mercearia, o fariam em Democracia?“

Medo da democracia? Diga isso a eles, a esses democratas e logo terá a resposta. É que eles na verdade são democratas… só que de uma democracia em que nós não contamos a não ser de quatro em quatro anos, ou de cinco em cinco, na época em que é declarado aberto o vale tudo das campanhas eleitorais, em que os mentirosos, os vigaristas, os parasitas, os filhas e filhas de mal comportadas endrominam os eleitores com aquilo em que são especialistas: iludir, ludibriar, fazer de conta que antes não tiveram responsabilidade nenhuma no caos para onde nos conduziram e ainda mais querem conduzir. Referendos não. Isso retira-lhes poder e pode tronar-se um perigoso hábito. Eles precisam é de caos para atemorizarem, manipularem, e  mesmo nesse caos acelerar o processo de sugarem o que há e o que não há sem qualquer espécie de escrúpulos.

Em sua coluna opinativa Manuel António Pina foi objetivo mas curto. Aqui fica tudo um bocadinho mais grosso… porque a verdade nunca fez mal a ninguém, exceto aos que mentem e nos vigarizam sob o falso pretexto de nos governarem. E será essa prática, deles, que um dia os derrubará. Já esteve mais longe esse momento. Políticos reciclados não houve nunca e não vai haver porque são eles próprios que naturalmente entram em processo de putrefação. É chegado o momento de já nem suportarmos o mau cheiro que paira neste país e no resto de Europa, e no resto do mundo. Um dia… o sol brilhará para todos, tenhamos esperança e façamos tudo que for preciso para que tal aconteça. Por saberem isso é que existe uma minoria que teme a democracia. Só não vê e compreende quem não quer, regra geral esses são analfabetos políticos e cobardes por opção.

*O MEDO DA DEMOCRACIA também está publicado em Página Global

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