Há dias de manhã que não se pode sair à tarde porque à noite está escuro e não conseguimos ver bem. Vai daí ficamos em casa, quietinhos, que é para não tropeçar nem fazer disparate. É o melhor. Pena que haja os que não obedeçam a esta regra.
Melhor fariam certos e incertos pseudo jornalistas e dirigentes de órgãos de comunicação social que pelos vistos andam por lá a encher chouriços, a ludibriarem-nos, em vez de exercer os seus cargos e as suas profissões com garbo e competência. Ser jornalista, mesmo jornalista, é algo muito bom, apaixonante, é profissão-seiva que corre pelas artérias, oxigénio insubstituível, amigo-amiga, amante que dormita connosco mas que nunca adormece totalmente porque estar atento é sinónimo de melhor exercício da profissão. E mais, e muito mais, tanto que é muito difícil encontrar expressões exatas que traduzam com fidelidade gozos, horrores, emoções e sentimentos. Por vezes, vezes demais, ser jornalista é ser o contrário de todos que nos rodeiam: quando tudo está de cabeça quente o jornalista tem de ter a cabeça fria… Deve ser assim. Pelo mundo e em Portugal há muitos bons jornalistas. Desde os condicionados e com consciência disso, até aos desempregados. Pelo meio e nos “entretantos” estão os das prateleiras, dispensas, cabides, armazéns… Como se diz agora, os stand by… Tudo nos oferece entender que o refugo está ativo e que é o que convém porque são invertebrados, obedecem cegamente e pavoneiam a incompetência, rastejam, e quanto mais rastejam mais depressa os classificam e promovem como capacitados. Tudo isto para trazer à letra deste texto um exemplo e tristeza: o jornalismo está cada vez mais moribundo, a passar-se para o mundo da treta.
Para quem anda longe das redações ou somente nas suas imediações mas que já viu e ainda vê alguns jornalistas de boa cêpa, muitos no fim da linha ou quase, outros a quererem começar, brada aos céus com o panorama atual. Arrepela-se, ao aperceber-se do que vai acontecendo à profissão e à sua regressão aos tempos dos faraós – que dispunham de escribas para reportar o que aos faraós convinha e agradava. Para eles o importante era estar junto aos do topo da pirâmide, ao menos assim podiam colher as sobras faraónicas proporcionadas pelos seus donos.
E mais não é para dizer. O momento é de nojo e luto, como mandam as regras quando alguém fenece, neste caso o jornalismo.
Cumpra-se a divulgação remetendo os interessados sobre o abandono e a treta de jornalismo realizado e por realizar sobre Timor-Leste pela Agência Lusa que a peso de ouro tem delegação em Díli… Através de uma notícia "possivelmente com cinco anos" a Lusa conseguiu trazer para a atualidade que mais militares neozelandeses iam chegar a Timor-Leste. E esta, hem!?
Veja com os seus próprios olhos: NOVA ZELÂNDIA NÃO VAI MANDAR MAIS TROPAS PARA TIMOR, no Timor Hau Nian Doben.
Que tal um pedido de desculpas por isto e pelo modo falho como a Lusa faz informação sobre Timor-Leste em português? Que tal repor o bom-nome e o bom serviço da Agência Lusa?
Como é triste ver o mau estado a que esta profissão chegou.
MAIS TIMOR-LESTE, onde encontra vários textos sobre as falhas da Lusa relativas ao país do sol nascente.
Nota importante:
Posteriormente foi dado conhecimento de que a Lusa se baseou numa notícia de publicação anglófona (australiana ou da Nova Zelândia) que, essa sim, foi a raiz do disparate. O que retira uma elevada percentagem de responsabilidade no erro (mas não na desatenção) da Lusa. Tudo isso foi publicado em Página Global, incluindo a correção a propósito.
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