segunda-feira, 16 de abril de 2012

O GENERAL CANDIDATO E A ESCOLTA MILITAR EM CAMPANHA ELEITORAL TIMORENSE




*AV, em Página Global, 08 março 2012-04-16

O tempo é escasso mas a vontade de participar de forma útil sobre Timor-Leste é bastante… Direi que trago aqui uma opinião sobre a escolta militar do general Taur Matan Ruak… em plena campanha eleitoral. Não só é condenável à luz dos preceitos democráticos pelo custo como pela eventual intimidação que pode causar. Este facto surpreende por certo os que respeitam e estimam o general Taur e têm uma noção de democracia não musculada, independentemente de estarem ou não de acordo com a sua candidatura a presidente da República.

Os que não acreditam podem e devem fazer uma visita ao Timor Hau Nian Doben e logo confirmam o que acima está exposto. Em português podemos ler a tradução de Zizi Pedruco onde consta em dado passo do texto: “O secretário de Estado da Defesa, Júlio Tomás Pinto afirmou que o ex-comandante da Força da Defesa de Timor Leste (F-FDTL), Taur Matan Ruak, tem o direito de ser escoltado por policiais militares, como está estipulado por um decreto-lei.”

Ao que parece tudo porque o presidente da Comissão Nacional de Eleições, Faustino Cardoso, referiu e reprovou o facto de Taur Matan Ruak, candidato a PR, estar a usar “veículos públicos para a sua campanha” eleitoral…

No mínimo o que falta a Júlio Tomás Pinto é decoro. E ao general também. Poderá ter direito a tudo isso, à escolta e a isto e aquilo, até pode ter direito legal a que lhe lavem o rabinho com “bé manas”… (água morna). Mas se tiver decoro, durante um ato político como a campanha eleitoral, deve competir em igualdade de circunstâncias e arcar com a despesa de sua própria segurança como os outros candidatos. Para serem democráticos e honestos os candidatos devem competir sem que sejam os cofres do Estado a suportar despesas para além das previstas e inscritas no processo eleitoral. Imaginando que os escoltas vão fardados e em viaturas militares (é aquilo que se depreende do texto) existe ainda um fator de vantagem suportado pelos cofres da nação ou um fator de intimidação, conforme as cabeças e as sentenças dos que assistem aos comícios ou vêem passar a caravana de Taur Matan Ruak. Depende.

Surpreendidos com esta “nódoa” de Taur podemos, sem esforço, começar a torcer o nariz à presença de um militar no Palácio Presidencial. Quem tem mentalidade para aceitar estas circunstâncias numa campanha eleitoral… Já agora acrescentem uns arrufos de tambores, uma parada e uns toques de cornetim. É o que falta. Enfim, motivo de reservas é. Lamentável, não tanto pelo custo público mas mais pela atitude. E se a escolta está fardada… ainda pior em veículo militar identificado… O general saberá o que se passa? E aceita? Quem diria!

1 comentário:

Anónimo disse...

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