Há algum tempo que o PR Ramos Horta e o jornal timorense Tempo Semanal andam de candeias às avessas. O litigio relaciona-se com um negócio assumido entre Ramos Horta e aquele jornal, com acusações mutuas de incumprimento do acordado. O caso está a ser referido em jornais australianos ao estilo de zangam-se as comadres e talvez se venham a descobrir algumas verdades. Tricas à moda de Timor-Leste que demonstram a pequenez das suas elites.
José Belo, diretor do Tempo Semanal, antes condecorado pelo PR Ramos Horta, em determinado momento da “novela” cujo negócio está a causar prejuízo ao jornal e conduziu à suspensão da publicação, devolveu ao PR a medalha de condecoração com que aquele o tinha distinguido.
Certo é que em 16 de Janeiro podíamos ler em Sapo TL notícia em português, traduzido do tétum em publicação CJITL: “É com enorme tristeza que a direcção e todos os funcionários do Jornal Tempo Semanal anunciam a supensão da publicação devido à falta de verbas. Este mês tivemos que despedir alguns trabalhadores porque já não temos mais fundos para produzir o jornal e pagar as despesas operacionais”, diz o jornal em comunicado.
“Esta suspensão é devido ao atraso no pagamento por parte dos clientes e promessas inerentes. No ano transacto já tínhamos despendido enormes quantias de dinheiro afim de podermos imprimir os jornais e distribui-lo em todas as instituições do governo. No final, recusaram-se a pagar e não tivemos outra solução senão fechar as portas”, salientou.
No entanto, e apesar de no futuro quererem reabrir actividade, nada garante que o mesmo se irá suceder.
No dia anterior a este anúncio, o director do Tempo Semanal, José Belo, acusou Ramos-Horta de não cumprir com a promessa de financiar os custos do jornal, chegando mesmo a devolver a medalha de melhor desempenho no campo dos media, atribuído a esta publicação no ano de 2009.
Em contrapartida, o Presidente da República justifica-se com o não cumprimento do que estava estipulado no contrato, isto é, no envio das notícias às autoridades locais nos distritos.”
“Esta suspensão é devido ao atraso no pagamento por parte dos clientes e promessas inerentes. No ano transacto já tínhamos despendido enormes quantias de dinheiro afim de podermos imprimir os jornais e distribui-lo em todas as instituições do governo. No final, recusaram-se a pagar e não tivemos outra solução senão fechar as portas”, salientou.
No entanto, e apesar de no futuro quererem reabrir actividade, nada garante que o mesmo se irá suceder.
No dia anterior a este anúncio, o director do Tempo Semanal, José Belo, acusou Ramos-Horta de não cumprir com a promessa de financiar os custos do jornal, chegando mesmo a devolver a medalha de melhor desempenho no campo dos media, atribuído a esta publicação no ano de 2009.
Em contrapartida, o Presidente da República justifica-se com o não cumprimento do que estava estipulado no contrato, isto é, no envio das notícias às autoridades locais nos distritos.”
FOLCLORE DO PIOR
Informações colhidas pelo Página Global registaram a confirmação de que a distribuição do jornal Tempo Semanal foi realizada, no cumprimento do acordo, e que o PR ou “foi induzido em erro devido a más informações”, ou "não quer mesmo pagar por se ter arrependido do negócio”. Há ainda uma versão que encontra como justificação para a recusa da presidência proceder ao pagamento do acordado no facto de José Belo apoiar “desde o princípio o candidato Taur Matan Ruak” nas eleições presidenciais que se realizam para o mês que vem. José Belo foi companheiro de Taur na resistência aos invasores e ocupantes indonésios.
Pela certa que “novela” vai continuar. De lamentar a suspensão e eventual desaparecimento do Tempo Semanal. De lamentar que certos costumes de Ramos Horta se mantenham, principalmente a propensão para a balbúrdia, o “diz que disse”, a trapalhada… Algo que mesmo com o passar dos anos parece insistir em manter e refinou. De lamentar que se esqueça que é PR e não o jovem que ia dando "preleções" no ex-jardim do Palácio das Repartições, em Dili, com uma razoável audiência de militares do exército colonialista que o iam aturando, parecia que com gosto.
O tempo deve ser o melhor professor e as trapalhadas não servem a ninguém que prime pela correção. Muito menos quando fica em causa um veículo de comunicação como o Tempo Semanal. Muito menos quando não é dado o devido valor a José Belo, independentemente dos defeitos que possam ser-lhe menos favorável. Nesse aspeto Ramos Horta não pode falar lá do alto, nem como pessoa nem como PR, também tem os seus “telhados de vidro”. Entendam-se. E que o Tempo Semanal volte a ocupar o seu lugar na comunicação social timorense, como deve. Deixem-se de tricas e borrifem-se para a bodega das medalhas. Folclore bom, genuíno, saudável, é o que vem do povo e de mais ninguém. O que está à vista é folclore do pior.
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