sábado, 26 de abril de 2008

MAIORIA PARLAMENTAR E MINISTROS ESQUIVAM-SE AO PARLAMENTO?


CONSELHO DE “NABOS MUITO SABIDOS”

“O Conselho de Ministros "deliberou consultar os órgãos judiciais competentes sobre a necessidade imediata de criar uma Comissão Internacional de Inquérito relativamente aos acontecimentos de 11 de Fevereiro", informa também o comunicado oficial.
O Projecto de Resolução no. 9/II, sobre a "Constituição de Comissão Internacional de Investigação aos Factos Violentos Ocorridos em 11 de Fevereiro de 2008", foi aprovado no Parlamento a 03 de Março, com 33 votos a favor, 17 contra e quatro abstenções.”

A propósito de resoluções tomadas ontem pelo Conselho de Ministros do Governo de Timor-Leste deu para perceber que finalmente o uso e circulação de armas vai ser regulamentado por forma a conter a “selva” que até agora o país tem sido nesse aspecto e que lamentavelmente já devia há muito existir em letra de forma legal. Mais vale tarde que nunca.

Curiosamente, emanado desse mesmo Conselho de Ministros também deu para perceber que aquilo que o Parlamento aprova pouco ou nenhum significado tem para os governantes.
A dedução é lógica e está expressa pelo que é afirmado mais acima sobre a deliberação de “consultar os órgãos judiciais competentes sobre a necessidade imediata de criar uma Comissão Internacional de Inquérito relativamente aos acontecimentos de 11 de Fevereiro".
Homessa, mas o Parlamento aprova por um número bastante representativo de deputados e os governantes ainda têm dúvidas da urgência da constituição da referida Comissão de Investigação?
O que teme o Governo? O que teme Xanana, PM, alegada vítima de atentado à sua integridade física? Será que não tem por objectivo esclarecer todas as dúvidas existentes? Então qual é o problema de andarem enrolados como pescadinha de rabo na boca, protelando a constituição da Comissão Internacional Independente? Ou será que a seguir, aprovando-a, vão “manobrar” para que a sua constituição seja “pronto-a-vestir”?

Exactamente por estas e outras “resistências” e demoras na constituição da referida Comissão é que, cada vez mais e mais, as dúvidas crescem e dão lugar a suspeições que se viessem a confirmar-se talvez desmascarassem certos personagens de uma forma categórica, impensável, inqualificável.
Estranho é o facto de um indivíduo inocente – ou indivíduos - aparentemente resistir a uma investigação independente. Agora dependente da decisão de “órgãos judiciais competentes”. Quererá dizer PGR Longuinhos Monteiro?
Pois.
Isto será alguma anedota ou são só os ministros a esquivarem-se, fazendo-se de “nabos” quando afinal são uns “sabidos”?
Assim vai Timor-Leste.

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