sábado, 26 de abril de 2008

REGRESSA O PRESIDENTE DA REPÚBLICA OU UM “PAU MANDADO”?


RAMOS HORTA TERÁ APRENDIDO A “LIÇÃO”?

A chegada do presidente Ramos Horta a Timor-Leste, na próxima quinta-feira, 17, irá ditar um novo ciclo do depauperado sistema político imposto desde 2006 por Xanana Gusmão e pelo próprio Horta. Será um ciclo que pretenderão, mais vez, que seja de paz podre, de hipócritas discursos de perdão, mas que poderá levar aqueles que se empenharam no assassinato do presidente a denunciarem-se. Talvez deixe de haver espaço para a manutenção do silêncio de Xanana sobre o caso, que tem sido bastante misterioso se pensarmos que sempre optou por falar demais e nunca por falar de menos. Fala sempre que lhe convém e neste caso tem parecido que o que lhe convém é estar calado.

Em artigo transcrito no TLN, mais em baixo, Mário Motta, do blogue Portugal Directo, refere que os governos indonésio e australiano poderão ser cúmplices por omissão, pelo menos, em toda a trama que conduziu à conveniente morte de Alfredo Reinado e ao conveniente assassinato de Ramos Horta. Aquele autor faz notar que para Xanana esteve reservado um “atentado de susto” enquanto que para Horta reservaram um verdadeiro atentado e o seu assassinato. Viu-se.
Realmente é inútil Ramos Horta continuar a ilibar aqueles que “pagaram as balas que os médicos australianos lhe extraíram”, como é dito no Portugal Directo.
Ramos Horta tem o dever de pedir a tudo e a todos explicações e exigir uma investigação por entidades internacionais impolutas que também incluam o actual primeiro-ministro nas investigações. As contradições registadas pelas declarações dos que o rodeavam na altura do “atentado” a isso obrigam. O encontro de Hércules, em Janeiro, com Xanana e alguns ministro também, a excepcional e cimentada relação de Xanana com Longuinhos Monteiro também se adicionarmos a coincidência de Angelita Pires ter sido assessora de Longuinhos Monteiro e estar ligada à AUSAID também, mais ainda se considerarmos que era a “amante” de Alfredo Reinado e provavelmente terá sido quem o conduziu à morte por cilada. Uma morte que poderia convir a Xanana Gusmão, se o vídeo divulgado pelo ex-major contiver alguma verdade.

Ramos Horta não pode ignorar estes factos. Para mais porque esteve reunido com Alfredo Reinado ainda em Janeiro passado e certamente que ficou a saber pormenores sobre as declarações insertas no vídeo. Talvez por isso também ele devesse ser cadáver.
Esta é uma mera suspeição de muitas a que podemos chegar, mas um cenário perfeitamente possível, que uma investigação competente e objectiva não poderá ignorar.
O facto de Ramos Horta querer “empurrar” para Angelita Pires um importante desempenho em toda a trama poderá querer dizer que se a investigarem convenientemente poderão chegar a conclusões incriminatórias de quem afinal se senta ao seu lado e certamente senta-se à sua mesa.

Tanto quanto podemos presumir, a recepção ao presidente está em plena produção organizativa. O aparato será enorme e alguns dos que o cumprimentarão poderão ser os “judas” que (à boa moda da Camorra) aparentemente rejubilarão com o regresso de Ramos Horta, são e salvo – não sabemos é até quando.
Parece certo que se Ramos Horta não sair dos parâmetros preconizados por quem o tentou assassinar irá safar-se e poderá cumprir o mandato. Caso contrário… que Deus o acuda.
Saberemos aquilo que irá acontecer nos tempos mais próximos, quando Horta voltar atrás – ou não - com o seu propósito de novas eleições em 2009.
Neste caso, o recuo no propósito corresponderá a salvar a sua vida e terminar “em beleza” o mandato. Caso contrário… Horta que se cuide!
Muitos esperam que tenha aprendido a “lição” e saiba ser um “pau mandado”, à luz das perspectivas atrás citadas.
Vamos ver qual será a sua opção, desejando que a verdade seja exposta e que o presidente recupere totalmente a sua saúde, por ele e por Timor.

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