terça-feira, 10 de junho de 2008

SÓCRATES VAIADO PELA POPULAÇÃO

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Primeiro-ministro teve de passar por entre milhares de pessoas que lhe demonstraram o seu desagrado pelas políticas do seu Governo.

José Sócrates foi esta terça-feira vaiado por milhares de populares que acorreram às celebrações oficiais do Dia de Portugal, que se realizam em Viana do Castelo, no Terreiro da Senhora da Agonia.
Depois da parada militar habitual nestas celebrações, o primeiro-ministro teve de se deslocar, por entre os populares, cerca de 300 metros, entre o palanque e o pavilhão de exposições, o local da entrega das condecorações.
Durante este percurso, as palavras que mais se ouviram não foram «vivas» ao Dia de Portugal ou ao governante, mas sim «rua, rua» com o primeiro-ministro. Mas também se ouviram palmas.
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Nesta passagem, o chefe do Governo não desarmou na sua pose, tendo respondido à população que o vaiava com acenos e sorrisos. Entre o grupo que o vaiou, estavam cerca de duas dezenas de trabalhadores do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, envergando t-shirts pretas com a frase «Também... somos Portugal».
Na sua passagem por entre estes trabalhadores, José Sócrates ignorou as suas palavras de ordem, postura que, logo de seguida, não o fez Cavaco Silva.
O Presidente da República, que só recebeu vivas da população, parou junto aos manifestantes do sindicato e recebeu deles um dossier com a lista de reivindicações do STAL.



CAVACO E A REFORMA MILITAR
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Antes deste momento, no seu discurso no âmbito das cerimónias militares, Cavaco Silva defendeu que, no âmbito dessas reformas, «a reestruturação em curso das carreiras militares deve ser suficientemente apelativa para garantir a permanência de quadros altamente especializados na instituição e a captação de novos voluntários para preenchimento das necessidades do Sistema de Forças».
Igualmente importante, sublinhou, «é a disponibilização do investimento necessário para assegurar a operacionalidade da força militar». Neste ponto, Cavaco Silva quis realçar que «no cenário de contenção orçamental em que vivemos, o melhor aproveitamento das valências e capacidades existentes nas Forças Armadas, ao evitar a duplicação de estruturas e meios, permitirá libertar recursos indispensáveis à defesa nacional».
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Já antes Cavaco Silva havia dito que «uma política de defesa nacional adequada, moderna e eficiente implica organizar melhor as diferentes responsabilidades, clarificando e ordenando competências evitando duplicações e buscando eficácia, racionalidade e economia de meios».
«Necessário será, de resto, dar continuidade aos esforços do reequipamento, melhorando o nível de realização dos planos de aquisição e manutenção de equipamentos previstos na Lei de Programação Militar», acrescentou.
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Filipe Caetano /Portugal Diário


OS FILHOS DA MÃE JÁ NEM AS MOSCAS MUDAM!
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Ao longo de tantos anos de comemorações do 10 de Junho já deu para ficar farto desta palhaçada.
Ainda adolescente, via as mães e as viúvas dos que morriam na mais que injusta guerra colonial serem condecoradas pelo fascista Salazar, pelos cães fardados, de batina e à civil, que compunham o seu séquito.
Actualmente quase nada mudou, excepto que os "heróis" fazem agora parte das camarilhas instaladas no Poder e vão condecorando-se uns aos outros, quais trates bolorentos dignos do velho de Santa Comba.
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Sócrates foi vaiado e com o seu ar de vendedor intrujão acenou, sorrindo, aos que o vaiavam - talvez pensando na melhor maneira de mais tarde ainda mais os tramar.
"Deixem que logo vos digo", provavelmente pensou e melhor o fará.
"Rua", disseram os manifestantes. Mas qual rua?
Então isso não compete ao Presidente da República que lhe vai aprovando as suas políticas sem quase o contestar e ser a voz institucional em defesa dos portugueses?
O Presidente pouco pode fazer, dirão. Não, o Presidente da República pode e deve criticar e exigir outras políticas ao governo - primeiro em privado, depois publicamente, caso o governo faça ouvidos de mercador. Um PR é para se assumir e nos representar e não para cortar fitas e dizer palavras e tomar atitudes de conveniência!
Portugal está nas ruas da amargura, com fome, maior e mais pobreza, com rotura de produtos nos supermercados, com postos de abastecimento sem combustível, com paralisações laborais, com marchas lentas, com greves aqui e acolá...
Centenas de milhares saem às ruas, contestam, exigem melhores políticas, apelam ao PR e ele... vai sorrindo e desempenha o papel institucional de banana da república?
Por favor, mais do mesmo, não.
É que estes filhos da mãe estão tão descarados que já nem mudam as moscas!
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