sexta-feira, 17 de outubro de 2008

SEM FOME E POBREZA NÃO HAVERÁ RIQUEZA CONCENTRADA

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Ontem foi o dia da fome, ou coisa que o valha, hoje é o dia da pobreza, o que vai dar no mesmo, ou quase. Os pobres são mais que muitos e são esses os esfomeados. São esfomeados a todos os níveis mas principalmente têm fome de Justiça, mas para isso os governos não estão cá. Como podem, se deram as mãos à alta finança, aos exploradores, aos causadores da fome. Como podem eles estragar o mercado, as reservas de mão-de-obra dos exploradores. Se não houvesse miséria também não existiriam os donos dos políticos e das grandes fortunas.

Repare-se na fineza, na astúcia, na capacidade de chacina política e intelectual que esses mesmos políticos têm. Olhemos para aquilo que a nova (nova?) imperatriz do PSD, D. Manela, está a fazer em relação ao seu suposto antagonista Pedro Santana Lopes.

Lopes está a ser “empurrado” para se candidatar à Câmara de Lisboa, Pacheco Pereira, diz que ele é a “imagem da derrota” e não apoia, apesar de ser apoiante de Manela, outros estão com Pacheco e desaprovam a escolha e Manela está de pedra e cal apoiando a candidatura de Pedro Santana Lopes. Porquê?

É certo e sabido que enquanto Lopes não tiver um tacho que o satisfaça não se vai calar e continuará a desgastar a imagem de Manela, continuará a chatear tudo e todos no PSD, não se calará. Torna-se evidente que Manela tem de fazer alguma coisa a este incomodativo exemplar das carraças políticas.
“E porque não despachá-lo para a Câmara Municipal de Lisboa”, perguntou Manela aos cacos do seu espelho, que, assustado, se tinha acabado de partir ao reflecti-la.

É assim, na política vale tudo. Santana não presta, pôs Lisboa de pantanas, gastou à toa os dinheiros dos lisboetas… mas a senhora quer despachá-lo para os lisboetas que é para que Santana Lopes não a incomode. Ela está-se nas tintas para a honestidade de fazer a melhor escolha para Lisboa. Ela quer é safar-se. Ela está-se nas tintas em escolher o melhor para os portugueses. Ela quer é safar-se. Ela quer ser primeira-ministra, fazer uma dupla com caduco Cavaco… e então é que vai ser uma grande rebaldaria. Se já há fome passará a haver mais, se há pobreza mais haverá. Em compensação os ricos ficarão mais ricos e disporão algumas migalhas para os repelentes políticos da nossa praça.
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É sempre a mesma coisa, a pobreza e a fome continuarão enquanto existirem exemplares destes para defender os interesses daqueles que nos exploram e especulam por tudo e por nada.
Haja fome e pobreza… para haver riqueza concentrada em meia-dúzia de patrões dos políticos, donos de países e do mundo.
Avante cambada!
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