Não era meu desejo abrir esta minha crónica dominical referindo-me a Timor-Leste mas já vi que a isso não devo fugir devido a razões que a razão compreenderá e os que têm a paciência de ler estes garatujos certamente também. Reparem só: Xanana Gusmão vem a Portugal, está quase a chegar. A recebê-lo terá um primeiro-ministro português à altura e um presidente da República que não lhe fica atrás, somente lhe falta o Nobel da economia, por ai. Vamos lá aos nomes dos bois.
Palavra que não percebo a razão de tanta inquietude pela visita de Xanana Gusmão a Portugal. Que venha e regresse com saúde. Se em Portugal existe quem não concorde com as suas políticas que melhor oportunidade querem para isso mesmo manifestarem-lhe no aeroporto da Portela ou à sua passagem foguete na caravana vip pelas ruas de Lisboa, ou em outra qualquer boa oportunidade?
Como lisboeta, nado e criado, poderei lamentar que mais um ditador se alape na minha amada cidade mas não posso ignorar que ele só aqui estará por uns dias e a tratar de assuntos de Estado, em representação dos interesses dos seus capangas de governo e de presidência da República. Até porque, bem pensado, Lisboa já alojou um ditador de Santa Comba por quase cinquenta anos e está mais que habituada a esses seres repelentes e prejudiciais a qualquer sociedade verdadeiramente democrática. Acresce que Xanana ainda não se pode considerar um verdadeiro ditador mas sim que revela preocupantes tiques disso. Contudo o mesmo é revelado por Sócrates, salvo erro um beirão, que veio para Lisboa fazer engenheirisses, tantas que até passou a engenheiro. Tiques de ditadores não faltam a inúmeros políticos portugueses nesta Lisboa e nos arredores próximos ou mais longínquos. Temos o recente caso de uma iluminada dama chefe do PSD português que atirou o barro à parede para uma suspensão da democracia por seis meses em Portugal. Evidentemente que nada lhe aconteceu. Os lisboetas, os portugueses, estão habituadíssimos à presença de ditadores. O próprio inquilino do Palácio de Belém, Cavaco Silva, teve inúmeros casos de tiques de ditador, ele até era um caso preocupante porque se auto intitulava perfeito ao dizer a célebre frase de elevada auto-estima que mais ao menos era assim: nunca me engano e raramente erro. Vejam lá… E agora – há tempos - os portugueses escolheram-no para presidente da República. Um espanto.
Diga-se de passagem que este PR está muitíssimo bem em Belém, sempre temos que ter por lá alguma figura para decorar. Até condiz com José Sócrates. Melhor irá condizer com a dama da democracia suspensa, Manuela Ferreira Leite, do PSD, provável primeira-ministra dos portugueses que não emigrarem.
Quanto à vinda de Xanana, como se perceberá pelo já descrito, considero normalíssimo que o faça. Até pode acontecer que saia de cá mais sofisticado, a fazer as suas golpadas sem dar tanto nas vistas, também sem fazer correr sangue nem queimarem casas, nem encenarem atentados, nem desacreditarem médicos legistas, nem juízes, nem todos que com brio reportam e agem com verdade e independência, mas porque não lhes agradam são caluniados e até irradiados, desmentidos, desvalorizados, atropelados, às vezes até executados, como dizem que já aconteceu.
Em Lisboa, em Portugal, tudo é muito mais civilizado. Tiques de ditadores é o que não falta, corrupção também, coisas muito mázinhas sim… mas ainda se preza a vida dos oponentes e ainda há liberdade de expressão, etc. É uma democracia made in Portugal que, do mal o menos, pode ensinar coisas boas a Xanana Gusmão, pelo que não se justifica tanto frenesim pela sua visita a partir de depois de amanhã, 25. Xanana Gusmão vem bem. Ladeando Sócrates e Cavaco até vem completar o ramalhete. Já repararam?
Palavra que não percebo a razão de tanta inquietude pela visita de Xanana Gusmão a Portugal. Que venha e regresse com saúde. Se em Portugal existe quem não concorde com as suas políticas que melhor oportunidade querem para isso mesmo manifestarem-lhe no aeroporto da Portela ou à sua passagem foguete na caravana vip pelas ruas de Lisboa, ou em outra qualquer boa oportunidade?
Como lisboeta, nado e criado, poderei lamentar que mais um ditador se alape na minha amada cidade mas não posso ignorar que ele só aqui estará por uns dias e a tratar de assuntos de Estado, em representação dos interesses dos seus capangas de governo e de presidência da República. Até porque, bem pensado, Lisboa já alojou um ditador de Santa Comba por quase cinquenta anos e está mais que habituada a esses seres repelentes e prejudiciais a qualquer sociedade verdadeiramente democrática. Acresce que Xanana ainda não se pode considerar um verdadeiro ditador mas sim que revela preocupantes tiques disso. Contudo o mesmo é revelado por Sócrates, salvo erro um beirão, que veio para Lisboa fazer engenheirisses, tantas que até passou a engenheiro. Tiques de ditadores não faltam a inúmeros políticos portugueses nesta Lisboa e nos arredores próximos ou mais longínquos. Temos o recente caso de uma iluminada dama chefe do PSD português que atirou o barro à parede para uma suspensão da democracia por seis meses em Portugal. Evidentemente que nada lhe aconteceu. Os lisboetas, os portugueses, estão habituadíssimos à presença de ditadores. O próprio inquilino do Palácio de Belém, Cavaco Silva, teve inúmeros casos de tiques de ditador, ele até era um caso preocupante porque se auto intitulava perfeito ao dizer a célebre frase de elevada auto-estima que mais ao menos era assim: nunca me engano e raramente erro. Vejam lá… E agora – há tempos - os portugueses escolheram-no para presidente da República. Um espanto.
Diga-se de passagem que este PR está muitíssimo bem em Belém, sempre temos que ter por lá alguma figura para decorar. Até condiz com José Sócrates. Melhor irá condizer com a dama da democracia suspensa, Manuela Ferreira Leite, do PSD, provável primeira-ministra dos portugueses que não emigrarem.
Quanto à vinda de Xanana, como se perceberá pelo já descrito, considero normalíssimo que o faça. Até pode acontecer que saia de cá mais sofisticado, a fazer as suas golpadas sem dar tanto nas vistas, também sem fazer correr sangue nem queimarem casas, nem encenarem atentados, nem desacreditarem médicos legistas, nem juízes, nem todos que com brio reportam e agem com verdade e independência, mas porque não lhes agradam são caluniados e até irradiados, desmentidos, desvalorizados, atropelados, às vezes até executados, como dizem que já aconteceu.
Em Lisboa, em Portugal, tudo é muito mais civilizado. Tiques de ditadores é o que não falta, corrupção também, coisas muito mázinhas sim… mas ainda se preza a vida dos oponentes e ainda há liberdade de expressão, etc. É uma democracia made in Portugal que, do mal o menos, pode ensinar coisas boas a Xanana Gusmão, pelo que não se justifica tanto frenesim pela sua visita a partir de depois de amanhã, 25. Xanana Gusmão vem bem. Ladeando Sócrates e Cavaco até vem completar o ramalhete. Já repararam?
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