domingo, 2 de novembro de 2008

OS CRIMES DOS COLARINHOS “BANCOS”

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Está visto que voltámos à fase das nacionalizações, desta vez para ajudar os do capital a terem mais capital… porque isto está muito mal.

É um fartote de ver estes governantes, empregados dos do capital, a escudarem os interesses dos seus patrões com os orçamentos de todos nós, os fartos e refartos de sermos explorados, oprimidos e prejudicados, para não dizer uma palavra muito feia.

Estou danado, pois claro que estou danado. Estamos danados, pois claro que estamos danados. O caso tem a ver com a nacionalização do BPN – Banco Português de Negócios. Disse Constâncio, maioral do Banco de Portugal, ex-socialista (será que alguma vez o foi?), que o Banco de Portugal “identificou operações de centenas de milhões de euros [no Banco Português de Negócios] que eram clandestinas, que não estavam contabilizadas nas contas do banco”. Disse-o em conferência de imprensa conjunta com o ministro das Finanças deste governo dito socialista.

Porque lhe perguntaram sobre responsabilidades pelo descalabro a que o BPN chegou “Constâncio recusou-se a nomear responsáveis por essas operações, que levaram à situação de pré-falência da instituição, mas excluiu qualquer responsabilidade da actual e anterior administrações, lideradas por Miguel Cadilhe e Karim Vakil, respectivamente”, anunciou o Público.

Constâncio anunciou ou deixou perceber a prática de crimes em barda, crimes de colarinho branco, nesta conferência de imprensa… mas não apontou dedinho nenhum. Nem um nomezinho. Disse apenas que “à nova administração foi exigida a realização de uma auditoria externa, cujas primeiras conclusões já foram enviadas à Procuradoria-Geral da República, disse. No total, estão abertos seis processos de contra-ordenação ao BPN e aqueles que evidenciam potenciais ilicitudes já foram denunciados à PGR, confirmou o governador” , podemos ler no Público de há poucas horas.

Claro, a PGR, os colarinhos alvos dos banqueiros. Os crimes por entender e por resolver, enquanto lhes andamos a pagar fortunas para fazerem justiça mas eles fazem que fazem mas nada fazem… como no caso Casa Pia – que parece estar a parir um grande “nada”, como no futebol do Da Costa e de outros que tais. Majores ou não majores. Maiores são aquilo que eles são, tão maiores que são intocáveis, donos da justiça e do país. Nossos donos sem que pensemos bem nisso, por nossa burrice. Menores, ou menos ainda que menores, talvez ínfimos, é aquilo que somos.

Nem colarinhos brancos, nem colarinhos dos bancos são presos. Eles não podem ir para a prisão nem serem maltratados por estes pederastas da política, das finanças, dos futebóis, das taras que violam crianças ingénuas e inocentes de uma Casa Pia que é isso mesmo: o lugar da merda. O lugar onde os filhos dos plebeus, dos tesos, dos explorados são encafuados e violados… Os colarinhos brancos safam-se impunemente.

Cá para mim este país está a ser uma grande Casa Pia, não é por acaso que já uso cuecas de lata há uns tempos. Já me bastou ser tramado pelo Salazar e ver agora a porcaria de um portas armado em bom para os veteranos mas com o olho no voto, na política fácil, de saldos. Verdade que os outros merdas por isso nunca mexeram uma palha, os tais antifascistas.

Colarinhos brancos mas todos cagádos, isso é certinho. Olhem p’ra eles. Querem uma aposta que este caso de tantos milhões, do BPN, vai dar em nada e que se preciso for vamos ter de trabalhar mais para pagar uma indemnização aos ladrões dos colarinhos brancos?
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