Num dos dias desta semana apanhei a voz de alguns deputados a falarem diretamente do hemiciclo em transmissão direta da TSF. Também lá se podia ouvir a voz de José Sócrates, o primeiro-ministro do PS.
Falavam eles, os deputados e os do governo, sobre aumentarem o salário mínimo nacional. O ardor das palavras proferidas era tanto que me despertou o interesse, por pensar que finalmente o salário mínimo nacional ia ser beneficiário de um aumento substancial. Pus-me a ouvir.
Havia os que eram contra por causa da crise em que estão os pequenos e médios empresários, se bem entendi, e o governo a favor porque também iria ajudar os pequenos e médios empresários a suportar os custos do salário mínimo e de muito mais dificuldades resultantes da crise.
E eles lá iam falando, principalmente naquele repetitivo e formalíssimo “senhor presidente, senhores deputados”, ridículo… mas enfim. Em determinado momento Sócrates disse tudo como se fosse o melhor amigo dos trabalhadores e defendia o aumento do salário mínimo nacional com unhas e dentes – de repente admiti que o homem teria enlouquecido.
Percebi que não. Sócrates está no seu perfeito juízo. Parvo estava eu a ser por me admirar daquela conversa para enganar português. O aumento nem chega a um euro diário. Exatamente são 24 euros mensais para aumento do salário mínimo. Mas que vergonha. Aumentam o dinheiro de um café diário, pouco mais, a quem chulam, mas para os bancos, banqueiros e empresários já podem voar milhões e milhões. Palhaços!
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