quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

CAVACO E SÓCRATES ESTÃO A LEVAR-NOS PARA O 24 DE ABRIL

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OS PORTUGUESES ESTÃO A VIVER “ENCARNEIRADOS”

Numa conferência promovida pelos INATEL, sobre o tema proposto “Novas Respostas e Novos Desafios”, o ex-presidente da República, Mário Soares alertou para o facto de Portugal poder vir a conhecer um clima de revolta.

Mário Soares vem tarde. O país já está mais do que revoltado. O país está enojado destes políticos, todos eles. Desde a presidência da República, que se fecha em “assuntos de Estado” e que concorda sistematicamente em sufocar os que produzem, os que trabalham e vivem mal – Novo Código Laboral – até aos do governo, deputados, comissários políticos, etc., etc.

Soares considera que sem transparência tudo pode vir a acontecer. Refere os casos nebulosos no sector da banca, perguntando como é que “as pessoas podem aguentar que o Estado vá salvar um banco onde se sabe que há roubalheiras absolutas e fique tudo na mesma e aqueles continuem a dirigir os bancos depois do Estado lá meter o dinheiro dos contribuintes?”.

Não cabe isso na cabeça de Soares nem na de ninguém com bom senso e que se regule pela honestidade. Coube contudo na cabeça do primeiro-ministro Sócrates e todos os seus coadjuvantes porque eles são a antítese do bom senso e da honestidade. Por via disso foi possível dar cobertura aos banqueiros criminosos. Sabe-se que tão ladrão é o que entra e rouba como aquele que fica à porta. Simples. Por isso o país já está revoltado, enojado.

“Mário Soares afirmou depois estranhar «o clima de silêncio» existente a propósito destes casos com o BPP e BPN”, podemos ler nos jornais, ouvir ou ver na comunicação social. Espera que sobre tudo isto “não haja opacidade”, porque “as pessoas têm de saber o que se passou”.

Ora, ora. Soares é de outros tempos. Bem melhores. Claro que a opacidade existe desde que uma geração nefasta conseguiu alcandorar-se aos vários poderes que nos regem. É uma geração onde predominam os vigaristas, os “salve-se quem puder”, os “se não roubo eu vêm outros e roubam”. Geração nefasta e de muita merda!

Olhai Barrosos, Sócrates, Santanas e os que mais os rodeiam. Olhai e vede porque é que este país caminha para onde caminha. Olhai uma presidência da República amorfa na exigência da transparência e na decência e protecção do Estado, da República. Uma presidência toda encostada à direita mais retrógrada, mais conservadora, mais dos números e quase das pessoas. Por isso tudo está como está.

Soares também fala da justiça. Ele não o diz, mas facto é que também nesse sector estamos convencidos de que predomina a desonestidade. Por isso é que os casos não são “rapidamente esclarecidos”, como Soares acha que deviam. A justiça está entregue a “velhos” conservadores saudosistas do corporativismo e a novatos da tal geração do “salve-se quem puder”.

Há excepções. Pois há. São essas excepções que “tapam” as actividades dos vigaristas, que nos deixam ainda a alimentar esperanças inúteis se tudo continuar como está na sociedade portuguesa e nas instituições que deviam dar o exemplo, bons exemplos, não os péssimos que têm dado, não a mafiosidade que já há tempos conseguimos cheirar.

Ainda salienta Mário Soares o descontentamento entre os militares e falando de assim ser impossível haver confiança “isso gera revolta - e não estamos imunes que isso aconteça em Portugal. Há alguns generais, dois, que eu me lembre dois, que já disseram que é preciso cuidado com as Forças Armadas porque há um certo mal-estar».

O que disse é verdade. Os militares estão descontentes. Mas principalmente porque perderam algumas mordomias que anteriormente tinham e que eram um escândalo. Acresce que os “mais pequenos” foram extremamente penalizados, mas os generais e as patentes próximas continuam a usufruir de mordomias e vencimentos inconcebíveis, até as suas viúvas, algumas fúteis e parasitas, que recebem pensões que são escandalosas, dignas de uma república de bananas.

Era o que faltava, os generais, agora, fazerem um golpe anti-democrático. Um golpe de direita, já se vê. De uma direita muito autoritária, muito anti-democrática, muito como antes mas mais sofisticada. Os generais que se mantenham quedos porque para eles tudo vai bem e o tempo não é de “mamas maiores”. O cuidado que temos de ter é com os generais e os muito próximos, só para que não arrastem os nossos filhos e netos, detentores e usuários das armas, a que as virem contra nós, numa antítese do 25 de Abril.

Será muito útil que Mário Soares, apesar da idade, saiba influenciar como possível, as gerações mais novas, igualmente mal governadas e injustiçadas, para que não consintam que estes atropelos às liberdades e democracia continuem. Os portugueses estão a abdicar dos seus direitos à cidadania. Estão tementes. Estão a ser controlados com os pretextos mais esfarrapados que possam existir. Há uma nova PIDE a emergir e Soares deve falar sobre isso, deve desmascarar o que houver para desmascarar. Pode fazê-lo mais facilmente que nós, plebeus, simples peões neste jogo imundo que implantaram, principalmente que alguns do PS de agora estão a implantar.

Os portugueses estão a voltar a fazer o seu quotidiano “encarneirados”, como antes, também porque Cavaco e Sócrates são o par ideal para rumarmos ao 24 de Abril, isso é o que estão a demonstrar.
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1 comentário:

Anónimo disse...

Na pratica nunca se saiu do 24 de Abril.Tem duvidas?Perguntem ao Povo!

Ze da labia