NÃO SERÁ MELHOR CORTARMOS A PILA?

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OLHA, QUERIAS!

O papa Bento Dezasseis – eu em miúdo gostava mais do Mercedes 360 SL – disse que a distribuição dos preservativos nada adiantam relativamente à SIDA-AIDS, praga mundial, cumprindo a sua obstinação de ser contra isso e contra o evidente, contra o poupar vidas e contágio de uma doença terrível que assola os humanos. A besta, no seu pior, chegou a África, aos Camarões, e santamente cagou postas de pescada, tal qual Imã fanático.

O Dezasseis tem razão, eu é que não estou para ouvi-lo e ficar manso com tais dizeres e posições de uma Igreja tão afastada dos Cristãos que olham o que os rodeia. A opulência e arrogância do Vaticano em contraste com tantas misérias do Mundo para as quais esta Igreja Vaticanal do Dezasseis se alapa no fanatismo e no fatalismo retrógrado e digno de Hitler ou da Idade Média. O que é que aquele sujeito, tão opulento e “visionário”, está ali a fazer? A representar Pedro? Só se for o Pedro que eu conheci, vendedor de jornais, que era uma besta, que nem de um eléctrico em andamento sabia descer, quando isso era condição fundamental para poder ser ardina. Vai tempos.

Mas o Dezasseis tem razão. Imaginem que os papás dele usavam o preservativo… Olha o que se perdia!

Não quero, porque me indispõe, escrever mais sobre este Dezasseis – setes fora nada – porque detesto não encontrar palavras diplomáticas para o definir. Enquanto pessoa nada tenho contra ele mas enquanto suposto maioral que ocupa a cadeira de Pedro não o acho digno de um mínimo de consideração ou respeito. O que será que ele anda a beber e a fumar?

Poupando-me e poupando os que possam sentir-se feridos pelas minhas palavras retiro-me desta prosa e remeto os que quiserem para as palavras sempre boas, suportáveis, diplomáticas e sabedoras de Fernando Alves, da TSF, em SINAIS, que aborda o tema como só ele sabe. Recomendo. É mais soft. Disso, sobre isto, não sou capaz de tal. Que besta eu fico, de tão cansado de ver tanta hipocrisia

Mesmo, mesmo, só para terminar: não será melhor cortarmos a pila? Olha, querias!

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A TEMPO E NEM DE PROPÓSITO
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Horas volvidas desta minha prosa inflamada, indignada e bestializada pela força das circunstância deparo com uma notícia da Lusa que refere que Espanha vai doar a África um milhão de preservativos.

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Oh Dezasseis, mesmo assim, depois disto, ainda pensas que estás certo e que todos os outros quinquimilhões de humanos é que estão errados? Palavrinha que...

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África: Espanha vai enviar um milhão de preservativos para combater o HIV no continente

ASP - Lusa

Madrid, 18 Mar (Lusa) - O Ministério da Saúde espanhol revelou hoje que vai enviar mais de um milhão de preservativos para África num esforço de combater a propagação do vírus do HIV-SIDA e para fomentar a prevenção da doença.

A medida insere-se num conjunto de iniciativas globais do executivo espanhol, na área da saúde no continente africano, onde tem apoiado particularmente os esforços da organização Médicos do Mundo.

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No que toca aos preservativos o Governo conta lançar nas próximas semanas um concurso público para a sua aquisição, enviando-os depois, "com a maior brevidade possível", para o continente africano.

Em comunicado, o Ministério da Saúde explica que a medida quer reforçar a importância da prevenção através do uso de preservativos que demonstraram ser "um instrumento de eficácia demonstrada" para impedir a propagação da infecção.

A epidemia do HIV em África é uma das principais causas de mortalidade, com dois terços de todas as pessoas infectadas com o vírus no mundo - de um total de 33 milhões - a viverem no continente.

Cerca de 67 por cento das pessoas que vivem com o HIV e 72 por cento das vítimas mortais da SIDA ocorrem nos países da África subsahariana.

Só nesta região do mundo vivem mais de 25 milhões de pessoas com o vírus, estimando-se que mais de 90 por cento dos menores de 15 anos que faleceram devido a esta patologia (dados de 2007) - e de um total de 270 mil - viviam na região.

A distribuição dos preservativos do Governo espanhol deverá ser feita em vários países africanos incluindo Angola, Senegal, Namíbia, Tanzânia, Quénia e Burkina Fasso.
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