domingo, 7 de junho de 2009

Eleições PE - NÃO HÁ MORAL NEM COMEM TODOS, A PALHAÇADA CONTINUA

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EM PORTUGAL DEPUTADOS ELEITOS REPRESENTAM UM TERÇO DOS ELEITORES

NO PE OS DEPUTADOS REPRESENTAM MENOS DE METADE DOS ELEITORES EUROPEUS


Os resultados do PS foram os que eram esperados, caiu redondo. Vital Moreira foi eleito, está aviado. Vamos ver se continua a lamber as botas aos que lhe possibilitaram regressar às actividades político partidárias como “independente” ou se continua a contribuir para a queda do PS a todos os níveis, até na credibilidade dos discursos, ainda piores que os de Sócrates. Nesta campanha fez lembrar uma rameira, o que, para nefasto regresso, foi terrível.

O PSD considera-se vitorioso. Será, pelas suas contas, comparativamente a resultados anteriores e, principalmente, porque o PS foi “punido”. Na generalidade todos se continuarão a “governar” bem.

O desencanto e desconfiança dos eleitores nos actuais políticos europeus foi mais uma vez comprovado, mais de metade dos europeus demonstrou com a abstenção a sua reprovação à generalidade dos políticos que compõem a fantochada daquele Parlamento Europeu e dos partidos políticos que a que pertencem.

Em Portugal ainda foi pior. Quase dois terços dos portugueses optaram pela abstenção. Se forem somadas as expressões nulas dos votos manifestados é provável que um pouco mais de dois terços dos portugueses tenha explicitado a sua repugnância nos actuais políticos e partidos em que se acoitam.

Os resultados foram redundantes na expressa reprovação de quase todos os concorrentes a estas eleições, a nível nacional e nos restantes países que compõem a Europa, contudo se ouvirmos e virmos os políticos falarem ficamos com a sensação de que todos saíram vencedores e que todos tiveram resultados espectacularmente positivos, o que não corresponde à verdade porque não se viu que os eleitores nacionais ou os seus parceiros europeus tivessem participado em número representativo e democrático nas eleições. Se uma minoria votou como podem os partidos considerar-se representantes dos europeus. E em Portugal? Como podem os partidos e os políticos que os integram considerar-se satisfeitos com os resultados, sabendo que na totalidade estão a representar somente dois terços dos eleitores?

Só se compreende que celebrem vitórias porque são as vitórias deles próprios, das suas vidas e bem-estar, das suas impunidades, das continuidades, dos compadrios e promiscuidades - que nos fazem supor estarmos perante gigantescas associações mafiosas onde se lhes convier fazem pactos entre elas por forma a perpetuarem-se no Poder sob o modelo de alternância ou outros.

Estes resultados eleitorais vêm novamente recordar que para estes políticos não há vergonha, não há moral, nem comem todos. Só comem eles e as corporações a quem servem. Os desavergonhados por lá continuarão no PE, no seu reino de hipocrisias e enganos. Alguma decência não lhes faria mal nenhum. Talvez assim não fosse tão flagrante a certeza de que a palhaçada vai continuar. Até quando?

Europeias
Portugal volta a registar taxa de abstenção superior à média da UE

Bruxelas, 07 Jun (Lusa) -- Portugal voltou a registar nas eleições europeias de hoje uma taxa de participação (cerca de 36,5 por cento) inferior à média comunitária (43,4 por cento), mesmo perante um novo recorde de abstenção na União Europeia, segundo dados provisórios.

Nas primeiras eleições para o Parlamento Europeu realizadas a 27, os dados avançados pelos serviços da assembleia apontam para a mais elevada taxa de abstenção de sempre em eleições europeias (cerca de 56,6 por cento), já que, num universo de aproximadamente 375 milhões de eleitores, apenas 161 milhões terão participado nas eleições de hoje.

Mesmo neste cenário, Portugal volta a registar uma taxa de participação ainda menor que a média da UE, "confirmando" uma tendência que se verifica desde 1989, data das primeiras eleições europeias realizadas em Portugal em simultâneo com os restantes Estados-membros.
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