segunda-feira, 20 de julho de 2009

CORRUPÇÃO NA ONU? MAS QUE IDEIA! EM PORTUGAL? NEM PENSAR!

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Hoje é manchete que o ex-ministro de Cavaco Silva, agora Presidente da República, foi constituído arguido no caso BPN, é o segundo ex-ministro de Cavaco Silva que é constituído arguido neste processo, o outro é Dias Loureiro, que Cavaco levou para Conselheiro do Estado quando chegou à Presidência da República.

Evidentemente que o facto de estes dois indivíduos terem sido constituídos arguidos não significa que sejam criminosos, até porque são ex-ministros de Cavaco Silva. No final de contas desculpas lhes serão apresentadas e, não nos admiremos, até uma indemnização. Dura Lex Sed Lex. Claro. Se fossem uns malandros que se “distraíssem” com umas moeditas de euro ou umas notas de carteira surripiada no Metro, isso sim, era um caso bicudo, os criminosos.

Tramado estará quem do Ministério Público se anda a atrever tanto e a incomodar os senhores ex-ministros e outros amigos não alheios para eles. Eles, os que tomam para si as cadeiras do Poder à custa de tantas promessas, falsas, que fazem durante os períodos eleitorais e sempre que isso lhes possibilite subir nas sondagens, ou até por simples alimentação dos seus egos.

Sosseguemos, daqui por uns tempos o caso BPN já não é caso. O BPN? Mas qual BPN? Tal como muitos outros casos já esquecidos.

Mas não é só em Portugal que estes atrevimentos de incomodar indivíduos e grandes estruturas ocorrem. Ainda agora ficamos a saber de um caso caricato e representativo da malandragem que existe na ONU e organismos correlativos.

Há uns tempos foi uma portuguesa, funcionária da ONU, que, valendo-se do correcto e apelando à justiça que todos devemos observar e exigir que se cumpra, denunciou caso de corrupção que se lhe deparou na Organização Meteorológica Mundial, tendo tentado “averiguar desvio de verbas”, o resultado foi ser despedida.

Mas qual corrupção? Mas qual desvio de verbas? O que pretende vossemecê insinuar? Disse-lhe o engravatado de colarinhos alvos alapado na sua cadeira da pele dos “camelos” que morrem de fome na África subsaariana e um pouco aos milhares por esse mundo fora.

O resultado foi a zelosa funcionária ter sido despedida.

Porque não se ficou, porque recorreu ao Tribunal de Trabalho, é notícia que a ONU vai ter de indemnizá-la com 142 mil euros, o que não é nada. Tem de indemnizá-la por despedimento sem justa causa. Quem paga são os países que contribuem para a organização, o que significa uma ridicularia para quem a despediu. Facto é que a corrupção não é julgada, certamente que até é abafada, senão não a teriam despedido. Afinal até sabemos que também nesse aspecto a ONU é um coio de malandros, eles estão por toda a parte.

E pronto, aqui temos. Os bandidos de colarinho branco são imensos e praticamente nada lhes acontece. Antes pelo contrário, vão sistematicamente sendo promovidos ou passando de umas cadeiras ministeriais para outras, ou de altos cargos de umas empresas para outras… e depois regressam a governos ou a organizações internacionais, como a ONU. Ora, se isto não é uma enorme Máfia, o que será? Mas nisto há honestos, dirão. Pois, não sabemos é quais e quem são. Até porque, segundo se sabe e vê, os honestos são despedidos.

Fiquemos com a pequena notícia do Público de hoje, 20, dia em que se comemoram os 40 anos da chegada do homem à Lua. Desde então, os habitantes da Lua ainda não apareceram para cumprimentar os emissários. Pudera, certamente que lá já chegou a versão correcta de que este planeta é governado, gerido e dirigido, por uma enorme percentagem de bandidos. Isso, eles, os lunáticos, não querem lá. Esconderam-se. É o que nos apetece fazer, não temos é onde fazê-lo, nem para onde fugir desta cambada de parasitas.

ONU INDEMNIZA PORTUGUESA
QUE INVESTIGAVA CORRUPÇÃO E FOI AFASTADA

Público - 20.07.2009

A Organização Meteorológica Mundial vai pagar 142 mil euros a Maria Veiga, que foi despedida depois de tentar averiguar o desvio de verbas

O tribunal de trabalho das Nações Unidas deu razão a uma funcionária portuguesa que foi despedida em 2006, depois de ter sido contratada para investigar um caso de alegada corrupção na Organização Meteorológica Mundial.

O painel de juízes atribuiu a Maria Veiga indemnizações no valor de cerca de 150 mil euros por "danos morais e materiais".

"Terá Maria Veiga sido despedida por ter feito o seu trabalho demasiado bem?", chegou a escrever o jornal suíço Le Matin sobre o caso.

O escândalo financeiro na OMM, que tem sede em Genebra, já fez correr rios de tinta em jornais como o New York Times e o International Herald Tribune e arrasta-se, pelo menos, desde 2003.
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