sábado, 18 de julho de 2009

MANIFESTO PARA POLÍTICOS “LAVAREM A CARA”, MAS CONTINUAM OS MESMOS

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Raios que os partam!
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É MELHOR NÃO!

A referência vem em vários jornais, é falada nas rádios e até nas televisões, também na Web, contudo prefiro recorrer ao jornal “Público”, que leio diariamente a par com o Diário de Notícias ou o Jornal de Notícias, no Correio da Manhã vejo as “gordas” e um ou outro texto. O Público, também a par do DN e do JN anda em dificuldades financeiras, os “grandes e sábios” das administrações e gestões dizem-no e nós acreditamos se quisermos. Lembremo-nos de que os de “colarinho branco” parecem que têm um fraquinho por nunca se prejudicarem, por isso o melhor será não acreditar enquanto eles, os “gestores” não deixarem de “mamar” aqueles chorudos ordenados e mordomias habituais e que só mais tarde vimos a saber. Digamos que aproveitam a crise para nos lixarem, ainda mais. Para esse pressentimento vou. Adiante.

Alegando pretenderem “credibilizar debate de ideias nas campanhas eleitorais” saltou de uma caixa de cidadania um grupo de cidadãos, claro, “insatisfeitos com os conteúdos e a qualidade do debate político-partidário”. Diz o Público de ontem, 17, que o tal grupo pretende “lançar para a discussão partidária que antecede as eleições legislativas e autárquicas uma “agenda de prioridades” que vão desde o processo de integração europeia às Forças Armadas, passando pelas políticas sociais, justiça, educação, cultura e ambiente.”

Evidentemente que estamos todos de acordo nesse debate, eu estou, praticamente todos estarão, mas de certeza absoluta que existem os que dizem que estão e não estão. Até porque pensam para com os seus botões que será uma inutilidade porque o povo é bronco e até já tem liberdade a mais e que os intelectuais devem de tratar de coisas do intelecto e deixarem-se de politiquices. Até porque a política é para os políticos e poucos mais.

Porreiro! Vamos lá então ao debate! Quando é e onde? Como vão fazer? Quem vai debater? Não me digam que até vão despachar-se mais rápido com as obras na Praça do Comércio para assentarmos lá arraiais e debatermos o que há para debater com Sócrates, com Cavaco, com Manuela Ferreira Leite, com Paulo Portas, com Pacheco Pereira, com António Vitorino, com Santana Lopes, com Jaime Gama, com Almeida Santos… Com esses gajos todos que estão na política há “séculos” e que até já criaram teias de aranha por há tanto tempo estarem agarrados aquela ocupação que “até lhes traz “prejuízos” e que desempenham sacrificando-se nas carreiras e nas contas bancárias, como vão dizendo. É a vontade do “serviço público” e o apego ao povo e ao país. Serem úteis à comunidade e à Europa, pois, à Europa, também essa. Sim, porque somos um país europeu!

Pois então, se o debate vai ser com os mesmos, se vai ser com os donos, padrinhos e capos daqueles partidos que já nem sabemos bem se fazem parte do espectro político-partidário ou de seitas, é melhor não. Se é para serrar presunto e “lavar a cara” dos mesmos, as únicas caras que vejo sujas, é melhor não. Se é para continuarmos a ter esses e só esses a botar faladura de que passados cinco minutos da intervenção até já nem se lembram do que disseram, é melhor não, se não for para mudar caras, conceitos, práticas e proceder à recuperação do respeito que os portugueses merecem, é melhor não. É mesmo melhor não se não for para dar lugar aos novos, em tudo, e esses penduras se afastarem. Já é mais que tempo. Ou será que ainda não estão satisfeitos com aquilo que têm “mamado”. Irra, é melhor não. Fartos de mentiras andamos nós e de certeza que aproveitarão a boa proposta de um grupo de cidadãos para “lavarem as caras” e não mais que isso. O que virem na proposta será mais uma oportunidade para nos enganarem e falsamente se mostrarem a rejuvenescer na perpetuação dos saltos que dão de uns lugares para outros, dança de cadeiras de que já estamos fartíssimos. É melhor não!

A proposta seria boa, se partíssemos para gente nova sobre quem não tivessem ascendência pessoal e partidária… Fiquemos com a notícia do “Público”.

Intelectuais lançam manifesto
com “questões prementes” destinadas aos partidos políticos

17.07.2009 - 23h13 Maria José Oliveira

Um grupo de 25 cidadãos, “insatisfeitos com os conteúdos e a qualidade do debate político-partidário”, pretende lançar para a discussão partidária que antecede as eleições legislativas e autárquicas uma “agenda de prioridades” que vão desde o processo de integração europeia às Forças Armadas, passando pelas políticas sociais, justiça, educação, cultura e ambiente.

As propostas estão reunidas no manifesto “O nosso presente e o nosso futuro: algumas questões prementes”, um documento de 27 páginas em que é feito um diagnóstico da situação actual de cada área, acompanhado por propostas e perguntas dirigidas aos partidos com assento parlamentar.

Durante esta semana esta “agenda de prioridades para a política pública” será entregue a todos os partidos políticos, avançou ao PÚBLICO Viriato Soromenho Marques, conselheiro de Durão Barroso para a Energia e alterações climáticas, e um dos autores do documento.

Um dos propósitos do manifesto reside precisamente na tentativa de ampliar a temática em discussão nas campanhas, procurando ultrapassar as “receitas já conhecidas” e permitindo uma abertura ampla à participação da sociedade civil. Soromenho Marques afirma ainda que “seria muito positivo” que as propostas elencadas no manifesto contribuíssem para a elaboração dos programas eleitorais de cada partido.

Contra a “excessiva fulanização” da política

Os 25 redactores do documento provêem de diversas áreas (economia, universidade e cultura) e assumem-se como independentes. São eles: Ana Luísa Amaral, Ana Maria Pereirinha, António Pinto Ribeiro, Clara Macedo Cabral, Isabel Allegro de Magalhães, Isabel Hub Faria, Jean Barrocas, Joana Rigatto, João Ferreira do Amaral, João Sedas Nunes, Laura Ferreira dos Santos, Luís Filipe Rocha, Luís Moita, Luís Mourão, Margarida Gil, Maria do Céu Tostão, Maria Eduarda Gonçalves, Maria Helena Mira Mateus, Maria Manuela Silva, Mário Murteira, Mário Ruivo, Miguel Caetano, Philipp Barnstorf, Teresa Pizarro Beleza e Soromenho Marques.

A ideia do manifesto (acessível no site cidadaosdebatempolitica.net) partiu de duas constatações: a cidadania não se esgota nos partidos; e a “excessiva fulanização” da política nacional. Que, explica Soromenho Marques, é já verificável neste período de pré-campanha, em que “não parecem estar em causa as eleições para o Parlamento, mas a escolha de um primeiro-ministro a partir de duas figuras [José Sócrates e Manuela Ferreira Leite]”.

O debate (ou a falta dele) na campanha para as eleições europeias foi determinante para a elaboração do documento, afirma o professor universitário, notando ainda que “nos últimos anos assistiu-se a um esbatimento ideológico”. Esta “corrida para o centro” do PS e do PSD foi tanto mais grave, sustenta, porquanto subsiste no “discurso oficial dos dois principais partidos a ideia falsa de que o esbatimento ideológico dispensa o debate de ideias”.

Um dos propósitos do texto consiste, por isso, na tentativa de interpelar os partidos com quatro dezenas de questões concretas que pressupõem escolhas “distintas e até antagónicas”. “Esta não é uma iniciativa que pretenda subestimar o papel e a relevância dos partidos políticos na vida democrática”, pode ler-se no manifesto.

A menos de dois meses para o arranque da campanha para as legislativas os promotores acreditam que a receptividade dos partidos poderá ser “sistémica”: “Se um ou dois [partidos] adoptarem uma atitude construtiva e suscitarem o debate com alguns dos autores do manifesto isso já vai ser positivo e provocar alguma reacção”, diz Soromenho Marques.
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