sexta-feira, 10 de julho de 2009

RAMOS HORTA PROIBE ENTRADA DE NOVO CORRESPONDENTE DA LUSA

.

PORTUGAL E OS PORTUGUESES
ESTÃO A SER DESRESPEITADOS POR RAMOS HORTA

Sabemos do “desaguisado” que está a acontecer entre a Lusa, agência de notícias de Portugal, e o presidente da República de Timor-Leste, Ramos Horta. Um “desaguisado” preferencialmente oculto, estranho e aparentemente cozinhado a dois, por José Meireles, que foi há cerca de dois meses destacado para Timor-Leste com as funções de Delegado da Lusa, e José Ramos Horta, que por razões obscuras vem desde há tempos desrespeitando todo o trabalho de décadas dos profissionais daquela agência de notícias em todo o processo de Timor-Leste. Aliado a ele está um mau profissional que, uma vez chegado a Timor, é suposto ter oferecido ao PR timorense uma falsa razão para entrar em litigio com a Lusa e assim pretender proibir a entrada de um delegado ou correspondente substituto que cumpra as funções normais e habituais dos jornalistas portugueses que têm sido para lá destacados.

Corre a versão de que foi o próprio presidente timorense que conduziu as conversações que levariam José Meireles a enveredar por supostas megalomanias de perseguições e deslealdades da agência portuguesa. As versões correm apesar de o silêncio estar a ser de ouro. Obviamente que se José Manuel Ramos Horta tivesse razões palpáveis de inculpabilidades da Lusa para tomar a posição que está a tomar não o faria em surdina. Provavelmente enveredaria por uma conferência de imprensa ou uma entrevista convenientemente concedida. Porque certamente tudo não passa de aproveitamento de um psicótico que se encaixa quase na perfeição com a vontade do PR timorense em dominar os profissionais de informação, Ramos Horta não perdeu a oportunidade e optou por querer incinerar a agência a que Timor-Leste tanto deve pela sua dedicação à causa timorense. Agência a que ele próprio tanto deve na sua promoção pessoal para que daí melhor o vislumbrassem e consequentemente a justa causa timorense. No mínimo isto padece de ingratidão e arrogância desmedida.

Como será que Ramos Horta vai explicar a cedência de um gabinete, viatura e mordomias ao ex-delegado da Lusa? A Lusa tem o seu próprio edifício em Díli, construído logo que chegou, quando todos montavam “barracas” provisórias por não acreditarem em Timor e nos timorenses. Se José Meireles não o ocupa é porque não representa a empresa que para lá o destacou. Que serviços está então a prestar ao presidente para ocupar instalações do novíssimo Palácio Presidencial? Estranho. Não seria estranho no reino de Bokassa.

Ramos Horta em várias ocasiões afirmou-se jornalista, será parcialmente verdade, mas creio que exageradamente pomposo, como é seu apanágio. Até foi correspondente da RTP no tempo de Marcelo Caetano, está certo, justifica-se a pomposidade.

Sendo mais ou menos experiente naquela profissão devia de saber que os profissionais da informação estão exactamente em Timor para isso, para informar, para ver e reportar com o máximo de profissionalismo e responsabilidade possível. É aquilo que têm feito. Aliás, não recordo que tenham embarcado em inexactidões ou em algo que não tenha sido a responsabilidade do cumprimento da sua profissão. Talvez, em minha opinião, até tenham sido excessivamente perdulários relativamente ao jornalismo investigativo que optaram por nunca fazer a contento de alguns leitores. Essa não será a sua função por lá, por tal capricharam em cumprir os requisitos profissionais. Bem. Até que apareceu um José Meireles que “suja” o trabalho de tantos e bons profissionais. Trabalho desenvolvido ao longo de tanto tempo.

Não faço ideia se Ramos Horta e todos os responsáveis de Timor-Leste já tomaram consciência do descrédito em que já caíram. Creio mesmo que raros timorenses se aperceberam disso. Se é verdade que a causa timorense galvanizou o mundo e principalmente Portugal, também é agora verdade que a desmobilização já aconteceu e pouco mais resta que uns quantos portugueses e alguns dos outros povos amigos, lusofonia incluída, dispostos a ainda ajudarem naquilo que for necessário. Isso, até a desilusão e o descrédito, nos actuais e tão limitados líderes, os vencer.

O que se diz é que é tempo de meditar e não de fazer como antes, “bluff”, às vezes por ser necessário esconder fragilidades ao inimigo. Mas nem Portugal, nem a Lusa ou os seus profissionais, são inimigos de Timor-Leste, nunca foram, antes pelo contrário.

O que é certo é que os portugueses precisam de um correspondente da Lusa em Timor-Leste. Legitimamente precisamos de ser informados pela agência portuguesa, por muitas razões e também porque, como contribuintes, somos nós com os nossos impostos que juntamente com outros países estamos a suportar as devidas contribuições para a reconstrução do país dos nossos irmãos timorenses. Ramos Horta não está somente a ser ingrato e a desrespeitar a Lusa e os seus profissionais mas também Portugal e os portugueses. Creio que os timorenses também precisam da Lusa no país, será mais um garante da liberdade de imprensa que parecem querer aniquilar. O Nobel da Paz deve repensar e reformular a sua lamentável atitude. Tudo indica.
.

Sem comentários: