domingo, 25 de abril de 2010

REGRESSO AO PASSADO

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E AGORA O QUE É DIFERENTE?

Ouvimos discursos nesta manhã de Abril que roçam o passado nas palavras enganadoras de Salazar, falta a voz esganiçada do tratante fascista que por mais de quatro décadas fez do país refém, um país de que se arrogava pai, mas era órfão de mãe – a Liberdade.

E era a PIDE-DGS, e era a guerra colonial, e era a Igreja fascista que de mãos dadas com Salazar segurava as rédeas do nosso querer e saber levando-nos por caminhos de penar. E era a fome e a miséria, era o que tínhamos para partilhar. Por uns míseros tostões tínhamos de trabalhar, enchendo a pança a patrões que só nos sabiam explorar. Melos, Espírito Santos, Quinas, Vinhas, Chapalimous… Puta que os pariu mais quem os pôs!

E agora o que é diferente? Digam-me lá, minha gente!

Temos liberdade? Alguma. Pouca. Sim, é verdade! Liberdade de ver e saber sobre os políticos corruptos, trapaceiros, doutores e engenheiros, que se governam dizendo que nos governam. Mentindo e sorrindo em permanente campanha eleitoral. De mãos dadas aos do grande capital.

Agora ministros, de seguida maiorais de empresas dos que servem enquanto estão nos governos em que se governam. Putas promíscuas que vimos sorrir no bordel do parlamento, dos governos, de Belém… Prometer ou vociferar para nos enganar e dar a parecer que nos querem aliviar o sofrimento. Mas isso já os outros faziam sem tanto descaramento.

E agora o que é diferente, digam lá minha gente?

Diferente é isto (por enquanto). Podemos aqui denunciar quase sem correr risco… de irmos parar ao Tarrafal.

É diferente? Melhor? E que tal?
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Todos e tudo está amansado, no caminho do regresso ao passado.

Até quando vamos suportar aquelas grandes putas deste Portugal?
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