domingo, 6 de junho de 2010

FERNANDO NOBRE, PORQUE NÃO?

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Fernando Nobre, candidato presidencial

NOBRE VEREMOS, ALEGRE TRISTE, CAVACO BAFIOSO

As Presidenciais já “mexem” e vêm ainda tão longe no tempo. Dois dos candidatos tiveram pressa em se anunciar e o actual presidente, Cavaco Silva, segue no seu passo a contar com o ovo no cu da galinha. Até hoje não tivemos PR que não fosse reeleito. Quem não acredita que isso vai voltar a acontecer? Os portugueses estão obtusos, alienados, masoquistas, conservadores, asnos, assimilados na aparente dualidade do sistema PS-PSD, sem pensar sequer que existem “mais mundos”, mais alternativas. Os do sistema sabem isso e dominam a comunicação social. Se um povo, os eleitores, não souberem decidir o que lhes convém só resta ver o próprio país a afundar-se. Um país é o seu povo, não é os políticos nem as suas javardas convenções e egoísmos, se o povo for de merda o país é igualmente de merda. Não posso acreditar que faço parte de um povo de merda. Resta demonstrar em eleições que também sabemos subverter o sistema implantado por esta democracia de faz-de-conta, dita de alternância entre dois partidos políticos mafiosos, malandros, sistematicamente prejudiciais aos portugueses. Obviamente que Alegre e Cavaco fazem parte dessa seita politicamente malévola. O que nos resta então por alternativa e fora do sistema até hoje vigente e que tem dado mais que provas de não prestar?

FERNANDO NOBRE, VEREMOS

Fernando Nobre, ou outros que se proponham a varar este atavismo e dislexia que está a atingir o seu nível máximo com os tatebitates de Cavaco Silva – um Salazar do século XXI - são bem aparecidos. Fernando Nobre já deu provas do seu rigor em coisa pequena que se fez grande, a AMI – Assistência Médica Internacional, uma ONG portuguesa. Se perguntarem a quem conhece a AMI e os da AMI, terão por resposta honesta que é ele, Nobre, o elemento mais rigoroso e justo da ONG. Salvo um ou outro desonesto que por lá existe, por ainda não terem sido descobertos, a AMI é uma grande obra. Acreditem que aos desonestos ser-lhes-à apontada a Porta Larga da Porta Amiga. Sei o que estou a fazer aqui constar. Os desonestos na AMI têm sempre os dias contados.

É exactamente isso que pretendemos para Portugal. Resta-nos perguntar se acaso Nobre seja eleito leva para a política da Presidência da República exactamente os mesmos critérios ou se irá aquiescer perante a podridão e pressões dos políticos que dominam este país. Não sabemos. Só podemos futurar com base nas suas práticas anteriores em outros locais. De quem se fará rodear em Belém se for eleito? Recorrerá aos vícios e viciados dos seus antecessores? É que se o fizer nem vale estar para aqui a postar palavras. Palhaços por palhaços que fiquem os do costume. Ao menos não temos a despesa suplementar das maquilhagens. É que estes de agora, e bem conhecidos, estão sempre maquilhados para as palhaçadas. Nem precisam de vestimenta nova. Sempre se poupa alguma coisa. Mais que não seja para eles terem mais para gastar com as suas mordomias.

Fernando Nobre deu hoje uma entrevista à TSF. Podem ouvi-la naquela Rádio Jornal. No site ressalta que “Fernando Nobre acredita na vitória das presidenciais”. Também eu, se os portugueses abandonarem o amorfismo, o transe em que se encontram.

Diz o site da TSF que “O candidato a Belém disse, em entrevista ao programa Discurso Directo, acreditar na vitória nas eleições presidenciais por considerar que é uma alternativa ao actual sistema.” Evidentemente que é essa alternativa. Mas só se não se fizer rodear dos calaceiros, egoístas e mais adjectivos de causar vómitos dos do costume, com vícios de há quase três dezenas de anos. Esta pode ser a incógnita que virá a prejudicar a eleição de Nobre. Terá de explicitar muito bem de quem se fará rodear e se não virá com o papão da instabilidade porque falará verdade, honestamente, se vier a ser eleito. É que precisamos de um presidente sem papas na língua, que desmascare sem dó nem piedade a bandidagem que se acoita nos partidos políticos, em seu redor, assim como em muitas outras corporações de nefastos exercícios. Exactamente os que nos têm levado para o prejuízo.

Nobre é nobre quando diz na entrevista que “Muitos dos descrentes, dos desmotivados, dos esquecidos do sistema, que possivelmente são maioritários no nosso país, acho que vão ter possibilidade de escolha. O meu discurso vai ser muito frontal: se quiserem continuar com o sistema tal qual vigorou até hoje, vão ter esses candidatos”, sublinhou Fernando Nobre.” Se vai ser frontal… talvez seja possível reunir as condições para não dar azo à prossecução que já se adivinha com a continuidade das práticas desonestas do PS e do PSD. Sabendo nós que Passos Coelho é o futuro primeiro-ministro do PSD, refém dos seus maiorais, dos mandantes pardos e baronados, que em bastidores se entendem com os seus iguais do PS, sempre na mira de tirarem vantagens para si e seus séquitos corporativos de Portugal e de além-fronteiras.

Na entrevista Nobre elogiou Passos Coelho dizendo “Sobre o momento político que o país atravessa, o candidato a Belém elogiou o líder social-democrata, Pedro Passos Coelho, por este ter pedido desculpa aos portugueses pelo apoio ao pacote de medidas de austeridade.” E depois: “Gostei que ele [Passos Coelho] tivesse pedido desculpas. Acho que um líder quanto tem que adoptar medidas que não tinha programadas, só lhe fica bem pedir desculpa”. Ver-ouvir na TSF.

Está a começar mal. Se o elogia por uma normalidade, se o faz por uma estratégia política, então pode nem sequer se candidatar. Desses há montes de aldrabões e de interesseiros em Portugal. Chega. Ademais, como é possível elogiar-se a atitude que deve ser obrigatória em mentes sãs, decentes? Temos de elogiar um carpinteiro por cumprir a sua função e pregar pregos? Então também não tem cabimento elogiar um político por ser honesto (se é que o pedido de desculpas foi honesto e não uma autêntica hipocrisia com vista a recolha de dividendos eleitorais). Os políticos devem de ser honestos, os cidadãos devem de ser honestos. Uma república ou uma monarquia honesta é que é um país. O resto é bagunça e o salve-se quem puder. Como actualmente. O resto é sacanagem.

Nobre merece o benefício da dúvida, mas se quer realmente ser e estar fora do sistema não deve de ambicionar apoios político partidários, pelo menos dos habituais sacanas (PS-PSD) e dos emergentes sacanas (BE). Se é para ser candidato fora do sistema e contra ele não deve comprometer-se com forças partidárias apoiantes. De contrário não vale. Ponto final.

MANUEL ALEGRE, TRISTE

Alegre? Que tristeza. Manuel tem tudo a perder e chega à velhice a impor-se na babuja a um partido com maioria de práticas de direita e desonestas, como a direita sabe ser e a esquerda exacerbada e oportunista também. Como os do sistema sabem ser. Alegre está a espezinhar o seu passado são. Só não é crime de lesa-Alegre porque também guarda alguns podres do passado logo ali ao lado, mas parece que tudo se está a misturar e o apodrecimento completo é eminente. Alegre está a suicidar-se, nada mais. Ou então está tantam. Alegre tem uma reforma da RDP e pouco ou nada fez parte da RDP (rádio oficial). O quê? Um ano? Hem? E a consciência Alegre? É sempre a somar. Sempre o egoísmo. Não? E recebe-a. E até aprovou legislação nesse sentido há uma caterva de anos. Que triste, Alegre. O sistema apanhou em definitivo este antifascista. Que triste, Alegre. Essa de dar uma no cravo e outra na ferradura já não resulta, traíste Alegre. Pára, homem de um digno passado e de cada vez mais um triste presente. Pára! Ou então avança… mas expurga-te completamente e fala disso de uma vez por todas, honestamente, sem meias palavras, sem dar uma no cravo e outra na ferradura, como é costume. Depois chamam a isso moderação. Sacanagem política, é o que é!

ANÍBAL CAVACO SILVA, BAFIOSO

Aníbal, e os elefantes que os que votaram nele já tiveram de engolir, está a contar com o ovo no cu da galinha. Na verdade, até agora, todos os presidentes que se propuseram a serem reeleitos têm sido reeleitos. Eanes, Soares, Sampaio, falta Cavaco. Quebre-se o enguiço.

Este tem sido o pior presidente da República que Portugal alguma vez teve no pós-25 de Abril. Titubeante, massarongo, histérico, alarmista por nada ou quase nada. O tipo de indivíduo que só vê números e fala com base em números, até mesmo quando quer referir pessoas. Cavaco é dislexo e deslocado na nossa sociedade e na nossa realidade quotidiana. Está a leste e nem dá uma para caixa. Para muitos é um daqueles mistérios nas razões porque votam nele. Aliás, só uma justificação tem cabimento: métodos salazaristas à moda do actual século que oferecem estabilidade e segurança com base nos números de mentira, em visões falsas e falsos alarmes, na falsa fama de super quando foi primeiro-ministro, quando daquele tipo de super seria qualquer um ao receber oceanos de milhões da CEE. Milhões gastos em alcatrão e betão que agora não podemos comer. Milhões que voaram para os grandes empresários em obras gigantes que pagavam à míngua aos trabalhadores que na realidade as construíram. E agora não podemos comer o alcatrão nem o betão. E a piscina que mandou construir na sua residência de São Bento quando primeiro-ministro? Que visão de justiça e de poupado ascético. Lorpas são os que acreditam nesta dislexia presidencial com o mesmo cheiro a bafio, intenso, da velha primeiro-ministridade. Como Alegre, Cavaco tem no seu currículo colecções de reformas. Mas, afinal, destes políticos desonestos da nossa praça qual será o que não tem currículo semelhante? Justiça e sobriedade, decência e honestidade, para quando? Não vos incomoda receberem injustamente pipas de massa? Pelos vistos não. E até querem sempre mais. É o sistema que criaram para eles próprios e para os que se lhes agregam. Bafio do pior.
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