quinta-feira, 2 de junho de 2011

UNMIT pede desculpas e FRETILIN justifica-se perante “ditador Gusmão”





AS OPOSIÇÕES HONESTAS TÊM DE SER TRANSPARENTES, SEM TEMORES NEM COMPLEXOS

Hoje é Dia Mundial da Criança. E depois? O que é que isso contribui para a felicidade das minorias das elites? O que é que isso contribui para as crianças maltratadas e famintas que existem pelo mundo fora? O que é que isso contribui para julgar e condenar os que fomentam a fome ao apropriarem-se indevidamente dos recursos naturais e mais valias produzidas pelos povos? Este é mais um dia em que crianças morrem de fome e também em que famílias vendem filhos para conseguirem mitigar a fome dos que ainda restam lá em casa. É o caso de Timor Leste. É ver mais em baixo a notícia da Lusa. Mas não é realidade somente encontrada em Timor Leste. Por todo o mundo acontece. Daí saem escravos e escravas sexuais, por exemplo. Escravos de todo o tipo. Há muita fome e todo o tipo de carências em Timor Leste e em contrapartida esvaem-se milhões não se sabe bem em quê. Compete às oposições serem honestas e usarem de toda a frontalidade e transparência para defenderem os interesses prementes do povo timorense já tão massacrado.

Em Timor Leste esta realidade é de há anos. Na primeira edição do Timor Lorosae Nação foi divulgada por imensas vezes a venda de crianças como único meio encontrado para a restante família ir subsistindo. Mal, mas sobrevivendo subalimentada. Não é por acaso que crianças descem à capital, vindas das montanhas, para se prostituírem, venderem fruta, peixe e o que mais seja vendável, em vez de cumprirem as suas vidas escolares, de lazeres e de brincadeiras, convenientemente vestidas e alimentadas. Em contrapartida vimos os filhos das elites a viverem muito acima dos recursos legais obtidos pelos pais ou outros familiares. E se assim vivem é porque são filhos de gentes sem escrúpulos, de hipócritas que se dizem laborar para o bem-estar e para a justiça social mas que esbanjam o que não lhes pertence, sabendo-se que também por isso são contribuintes das carências das imensas famílias timorenses.

Às verdades sobre as realidades timorenses que uma vez por outra surpreendem a opinião pública vimos de seguida, quem nelas interfere e as vincula na divulgação sobre o ditador encapotado (para alguns) Xanana Gusmão e a sua governação, apresentarem desculpas ou sacudirem as responsabilidades de terem sido os veículos da causa de transparência.

Isso mesmo é hoje notícia. A UNMIT, através do expoente máximo seu representante em Timor Leste, Ameerah Haq, apresentou desculpas esfarrapadas sobre notícia de um relatório da ONU em que Xanana Gusmão é apontado como um perigo para o exercício da democracia (ver relacionados em baixo). Foi por uma vez oficialmente mostrado ao mundo o que na ONU consta sobre as práticas de Xanana Gusmão e seus métodos de governação. Outros relatórios existem e até muito mais contundentes e conclusivos. A cobardia da ONU para enfrentar as realidades sempre existiu. Neste caso já existe há tempo demais e se nada fizer de útil, de concreto, os timorenses vão ter muito que penar. É a própria ONU, em África, como em todo o lado, que apoia monstros corruptos e sanguinários, escolhendo o que considera ser o menos monstro (às vezes não) e depois quem sofre são os povos. Isso mesmo é o que se passa em Timor Leste. O futuro o dirá.

E lá foi Haq, em nome da ONU, negar o inegável. Desculpar-se indevidamente, vergonhosamente, submetendo-se à mascarada de democracia e de justiça que existe em Timor Leste quando devia manter a sua posição e até libertar mais um ou outro relatório dos que possui em modo confidencial para sustentar ainda mais o que foi divulgado. Devia fazê-lo em forma de antídoto. Sem receios de provocar o conclusivo inimigo da democracia timorense. Assim, mostrou os seus receios em o provocar e que dessa provocação resultasse algo de mais violento, despoletado por ele e seus obedientes executores. A ONU lembrou-se de 2005, de 2006 e de 2007. Do golpe de estado e consecutiva violência e destruições ocorridas. É a paz podre em Timor Leste, acarinhada pela ONU. Ali como em muitos outros países em que intervém. A própria ONU se transforma em adubo das injustiças ao não enfrentar os ditadores logo que os deteta e são corretamente mencionados nos seus relatórios. Preferindo refundi-los e deixar andar. Contribuindo imenso para o crescente sofrimento dos povos e dos défices de honestidade, de justiça e de democracia. Neste caso é isso que se passa em Timor Leste.

Também a FRETILIN negou ter sido catapulta para a divulgação do referido relatório em que Xanana Gusmão é referido como um inimigo da democracia. Pouco importa se foi ou não foi. Se não foi devia de ter sido. Essa é sua obrigação perante o povo timorense, perante os imensos amigos de Timor Leste espalhados pelo mundo, perante a opinião pública timorense e mundial. Neste aspeto, a FRETILIN ou qualquer outro partido político não têm de se justificar perante Xanana Gusmão e menos ainda perante o seu partido CNRT, fabricado para se apossar do poder na sequência do golpe de estado em 2006, de mãos dadas com Ramos Horta, a igreja de métodos retrógrados e egoístas timorenses, figuras referenciadas como integracionistas do país na Indonésia – à revelia do resultado democrático do referendo. A escória timorense aderiu ao CNRT, à mistura com uns quantos bons filhos de TL. Isso mesmo afirmou Mário Carrascalão por esse tempo. Isso mesmo tem sido demonstrado. Isso mesmo sabiam muitos timorenses e agora ainda o sabem melhor.

Os abespinhados com a divulgação do relatório da ONU, feito por entendidos da ONU que in loco analisaram o que se passava no país e quem é quem nas suas práticas, fazem lembrar as prostitutas que sabendo sê-lo aparentam indignação. Nada mais que isso. Se acaso as inteligências australiana e portuguesa divulgassem publicamente o que têm em “carteira” sobre Timor Leste, Xanana Gusmão caía num ápice do poder de que argutamente se apossou. Era completamente desmistificado. O que o salva é não ter oposições transparentes e a sério. Nada mais que isso. Gusmão não é nenhum papão. Apesar de ter todos os poderes com ele - as forças armadas, a polícia, a igreja romana, empresários desonestos, etc., não é mais poderoso que a Indonésia de Shuarto quando ocupou Timor Leste, e essa caiu.

As responsabilidades de Ramos Horta em toda esta triste realidade timorense vão aumentando. Se não quer ser igualmente trucidado pela indignação do povo tem de deixar de andar enlevado em caridadezinhas e pugnar por que aos timorenses seja proporcionado o que o país possui e lhes pertence de direito próprio e não somente às elites que o rodeiam e que cada vez mais se apoderam daquilo que a todos pertence mas que atualmente é só de alguns, indevida e ilegalmente. A cerca de 80 por cento dos timorenses sobra somente a miséria. Que mau cristão.

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*Também publicado em PÁGINA GLOBAL

3 comentários:

Anónimo disse...

O Antonio, feche a caixa de comentarios.

Para que deixa-la aberta quando apagam os comentarios 'inconvenientes' que contestam as vossas 'verdades'?

a.b.verissimo disse...

Aqui não se apagou nada. Isso lhe garanto. Deve estar a fazer confusão. Além disso, neste meu blogue este post é de hoje e ainda ninguém tinha feito comentários. Veja lá se não está a fazer confusão com o Página Global, que~é de um coletivo de que faço parte. Mas mesmo nesse blogue não apagam comentários. Acho que alguns de vós pensam que sou o que não sou. Lamento.
A verdade é que não suporto politicos e associados malandros e criminosos. Isso é que não. Isso desperta-me o mau feitio e a intolerância política e legislativa.

Contra os que aqui comentam nada tenho. Antes pelo contrário. Afinal são vítimas e enganados. Até um dia.

Saúde!

Anónimo disse...

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